Quando o pedido ficou pronto, Luiz a levou para tomar seu sorvete no mirante da cidade, Sophia ficou encantada, se encostaram no carro e ficaram observando as luzes da cidade lá embaixo, era uma bela paisagem.Sophia:-Nunca vim aqui, é bonitoLuiz:-Já estive aqui algumas vezesSophia:-Sozinho?- Luiz notou um tom sarcástico na voz dela, o que não era comum.Luiz:-Com ciúmes pequena?- Ela mostrou a língua para ela e Luiz gargalhou, a puxando para perto.-Nunca trouxe mulher alguma aqui, o que Alisa disse tem uma ponta de verdade, sempre as levei a restaurantes e alguns eventos, mas nada romântico, nunca tive esse sentimento por nenhuma delas, e antes que sua linda cabecinha comece a trabalhar, nunca disse a nenhuma que as amo, e que não consigo ver minha vida sem que estivessem presentes, essas palavras são somente para você Sophia.-Ela sorriu, sabia que precisava estabelecer confiança em Luiz ou nada daria certo.Sophia:-Com tanto que não minta para mim e não toque em nenhuma delas vou
No caminho de volta para casa, Sophia estava em silêncio, ainda absorvendo as novas sensações, era bom, seu corpo pedia por mais, sua cabeça dizia ser errado, estava lutando contra tudo que foi ensinado a ela, pela mãe e pelo convento, Luiz era como o fruto proibido, toda a ilusão do amor calmo foi emboraele poderia ser a devastação em sua vida e mesmo assim ela sorria para ele.Luiz:- Porque esta quietinha?Sophia:-PensandoLuiz:- Arrependida?Sophia :- Não, não-A rapidez com que ela respondeu, fez com que Luiz percebesse que Sophia gostou, mas estava em conflito.Luiz:- Desculpe o que vou dizer, mas sua mãe colocou coisas na sua cabeça que não eram verdade, e o convento reforçou isso tudo, você não inferior por ter me deixado te tocar, seu coração continua puro, algo que duvido muito que mude algum dia, você é boa, delicada e se preocupa com as outras pessoas.Sophia:-No meu coração sei, mas tem uma voz na minha cabeça gritando, como se eu estivesse ouvindo minha mãe me dizer que so
Sophia foi o resto do caminho pensativa, o que Luiz queria dizer como essa promessa boba?.Quando chegaram ela se apressou a ir para o quarto, mas nem conseguiu fechar a porta, uma grande mão se colocou no batente e ela abriu assustada.Sophia:- Você é doido? Machuquei sua mão?-Luiz segurou o riso e fez cara de dor, entrou no quarto e deixou a porta, sentou na cama.Luiz:- Porque queria esmagar meus dedos?Sophia:- Quem mandou colocar a mão na porta assim?-Ela correu para o banheiro e voltou com uma caixa de primeiros socorros, se sentou ao lado dele-Me de sua mão, me deixe ver o machucado.Luiz deixou que ela segurasse sua mão, Sophia trouxe a mão ele bem próximo ao rosto procurando a lesão.Luiz:- Aqui olha-Foi se aproximando enquanto ela tentava encontrar o ferimentoSophia:- Luiz, não tem nada aqui-Ele aproveitou a proximidade e abraçou Sophia.-Você estava me enganado, que vergonha LuizLuiz:- Sim, estou envergonhado, mas você queria simplesmente bater a porta na minha cara, depoi
Luiz acordou e ficou um longo tempo olhando sua pequena, se lembrou da noite anterior, Sophia havia dado um grande passo de confiança, e ele descobriu que conseguia se segurar, nunca conseguiu ir tão longe, com ela conseguia, existia um fogo imenso, um tes@o que nunca sentiu antes, mas não era só isso, era amor, respeito e carinho, todos esses sentimentos juntos eram poderosos e ele agora entendia, queria cuidar e estar perto daquela mulher, e torcia para que ela fosse louca por ele assim como era por ela.Esperava que ela aceitasse bem a noite anterior, Sophia podia acordar e se arrepender de tudo, mas só saberia quando ela acordasse.Relutou a sair da cama, não queria sair do abraço de Sophia, mas queria mimar sua garota.Foi para cozinha, já não era tão cedo passou boa parte da manhã olhando Sophia dormir.Luiz:-Bom dia, Rita, uma bandeja de café com coisas leves por favor, Sophia bebeu um poucoRita:-Vocês dois estão me saindo uma bela surpresa, ela cortava algumas frutas para col
Com tudo que já havia acontecido em sua vida, Rita estava receosa em tentar se aproximar de alguém novamente, a noite quando deitou em sua cama se pegou pensando nas coisas que a atraia em Tobias e Murilo, os dois homens eram diferentes em algumas questões, mas muito iguais em outras.Murilo parecia ser rustico, o tipo de homem sem limites e que te tira do lugar-comum.Tobias, parecia ter a delicadeza e ponderação de quem já sofreu muito na vida, mas os dois eram igualmente perigosos, o que adicionava ciúmes sem medida e possessividade, era isso que queria para sua vida?Resolveu conversar com cada um deles francamente, não queria espaço para problemas futuros,Pela manhã se levantou cedo e como de costume fez o café dos soldados, Murilo trouxe as garrafas, ela as encheu e devolveu a ele na porta da cozinha.Rita:- Preciso conversar com você- O rosto do homem se iluminou.Murilo:- Pode falar RitaRita:- Não agora, pode ser em um dia mais tranquilo, tenho algumas questões que quero dis
Amira saiu um pouco atordoada, Rita espiou pela porta, ao ver Sula e Vitor riu para menina.Vitor:- Me desculpe senhora, eu queria pedir permissão para levar a Sula a sorveteria na cidade.Amira estava pronta para dizer não, mas Rita entrou no meio.Rita:- Deixe a menina se divertir, ela precisa conversar com pessoas da sua idade, e Vitor é apenas três anos mais velho que ela.Amira olhou para filha, ainda estava incerta, se assustou ao ouvir a voz de Murilo.Murilo:- O que esta fazendo aqui Vitor?-Murilo havia acompanhado a conversa, achou que deveria intervir, não era uma coisa boa deixar uma menina como Sula se envolver com um soldadoVitor:- Estou de folga desde o meio dia, agora são duas horas da tarde, então vou sair e se a senhora Amira permitir, vou levar Sula para tomar u sorvete.Murilo:- Acha que pode chegar e levar a filha dos outros assim Vitor-Amira não gostou do interesse de Murilo, entre ele e Vitor, preferia Vitor que era mais novo e mais tranquilo.Amira:- Pode ir fi
985 palavrasSula e Vitor caminharam algum tempo em silêncio, ela olhava as flores e passarinhos, se encantou com os canteiros de margaridas.Vitor:- Pode me dar um minuto?Volto logo-Sula sorriu e assentiu com a cabeça, sentou em um banco ao lado de um lago, as crianças jogavam sementes para atrais os peixes, sorriu com a cena, se assustou com a súbita aparição de Vitor, ele tinha um buque de margaridas nas mãosVitor:- Vi que você gostou das flores, aqui tem uma lojinha que vende.Sula:- Obrigada, nunca ganhei flores antesVitor:- Gosto quando você sorri-O sorriso dela se alargou, se sentia bem ao lado de Vitor.Sula:- Você é um perfeito cavalheiro Vitor-Ele riu altoVitor:- Não sou não, mas tento, e não se sinta obrigada a nada, estamos nos conhecendo, podemos ir com calma-Essa declaração fez o coração dela se acalmar, queria tirar Murilo da cabeça, mas não magoar Vitor, ir com calma era o melhor, sentia que com o tempo poderia gostar dele.Voltaram para casa quando a noite começava
Rita:-Foi uma noite gostosa-Disse quando entraram no carro.Murilo:- Foi sim, uma noite calma e agradável.Rita sentia uma sensação de calmaria, não achou que seria assim, ficou surpresa com Murilo.Murilo:- Quando podemos sair de novo?Rita:- Não sei, mas aviso -Sorriu.Quando o carro parou, Murilo desceu e abriu a porta para ela, Rita quase se desiquilibrou, pois Murilo ficou parado a sua frente.Murilo:- Posso?-Rir olhava para sua boca-Rita deu um passo à frente e o beijou, era um beijo exigente.Murilo a soltou quando ficou sem ar, Rita respirou profundamente.Rita:-Boa noite, Murilo-Correu para dentro, pensando na noite e no beijo, foi dormir sorrindoMurilo chegou em casa e se jogou na cama os braços cruzados atrás da cabeça, um grande sorriso no rosto, deu um pulo da cama já retirando a roupa precisava de um banho, quando saiu do chuveiro, viu a correntinha que Sula devolveu a ele mais cedo, segurou em sua mão olhando a peça quebrada, suspirou, colocou a peça de volta ao lugar