Acabo pegando no sono e dessa vez é um sono tranquilo e sereno. Na manhã seguinte, acordo bem cedo e ajudo a Maria a colocar o café da manhã.
— Menina, deixa que eu coloco. — Claro que não, Maria, eu faço questão de te ajudar, sem contar que no cronograma do Jacob, a Mila só acorda por volta das 9h e não me custa nada. Mesmo hesitante, Maria concorda em me deixar ajudar a preparar todo o café da manhã e, depois de 15 minutos, a mesa está pronta. Nesse instante, Jacob desce para tomar café. Assim que eu me retiro para ir para a cozinha, ele me chama. — Senta e toma café aqui na mesa. — Não quero incomodar o senhor. — Senta e toma o café comigo. Com um aperto no coração, arregalo levemente os olhos, sem saber se estou mais surpresa com o convite ou com a amabilidade no tom de Jacob. Sento-me na mesa, enquanto ele me serve uma xícara de café, e podemos ouvir o leve murmúrio das árvores pelo vento lá fora. Jacob, na sua habitual postura reservada, curiosamente me pergunta sobre como tem sido minha estadia aqui. Digo que tem sido tranquila e que Maria é uma companhia maravilhosa. Ele então compartilha memórias de quando era criança, crescendo por entre o jardim que cercam a casa. Espontaneamente, ele sorri ao relembrar, algo que, desconfio, não acontece com frequência. - E você oque aconteceu? - Meu pai falou a empresa e minha mãe ficou sem nada,não conseguiu outro serviço então ela se dedicou a confeitaria,taria tudo ótimo se ela não tivesse adoecido quando estava na faculdade,hoje em dia o tratamento dela é bem caro e não há nenhuma chances dela sobreviver sem ele. - É muito triste saber disso,se precisar de algo -Obrigada senhor. Enquanto o sol vai tomando conta do dia, espalhando seus raios mornos pela sala de jantar, noto como pequenos detalhes podem surpreender e mudar a dinâmica de um ambiente. Essa manhã nos deu a oportunidade de criar uma conexão genuína. Entre histórias e momentos compartilhados, descobri um lado mais suave de Jacob. Conforme as horas iam passando, Mila acordou e eu preparei um café da manhã leve e reforçado para ela. "Vamos, gatinha, você tem que comer o mamão, senão não iremos ao jardim", disse eu, tentando convencê-la. "Tá bom, tia Carol", respondeu ela com um sorriso satisfeito Enquanto comia, Mila não parava de sorrir para mim. Maria, a mãe de Mila, estava por perto e comentou emocionada: "Faz muitos anos que não a vejo assim, Carol. Você está fazendo um bem enorme a ela, e nem faz três dias que você está aqui." Maria tinha lágrimas nos olhos, visivelmente comovida. Eu, um pouco constrangida, rebati: "Que isso, Maria. Ela é adorável e faz qualquer um querer estar perto dela. O mérito é todo dela." Depois do café da manhã, levei Mila ao jardim com alguns lápis de cor para desenharmos e uma bola para brincarmos. Aproximadamente uma hora depois, o motorista chegou silenciosamente por trás, chamando nossa atenção: "Bem que escutei alguns risos. Bom ver vocês aqui." Mila, sempre entusiasmada, aproveitou a oportunidade: "Oi, tio Lucas. O senhor já viu minha babá? Ela é tão linda e legal!" Lucas concordou, sorrindo: "Muito linda mesmo." Não pude evitar corar com suas palavras. Aproveitando a deixa, ele propôs: "Então, Carol, que tal sairmos no domingo à meia-noite?" Fiquei surpresa com a proposta direta. "Direto você, Lucas", respondi, sem graça. "Objetivo, eu diria", replicou ele, com um sorriso maroto. Antes que eu pudesse dar uma resposta definitiva, o patrão se aproximou e Mila, em sua habitual sinceridade, não perdeu tempo: "Papai, papai, o tio Lucas vai sair com a Carol. Não é legal?" A expressão do pai mudou imediatamente, e pude notar um olhar sério que parecia encobrir um incômodo... ciúmes, talvez? Engolindo um suspiro, reforcei a ideia: "Claro, à meia-noite de domingo, que é meu dia de folga, senhor." O patrão interrompeu, mais autoritário, quase rangendo os dentes ao falar: - "Eu preciso de você nesse domingo!" Abalada, questionei: "O quê? Combinamos folga aos domingos!" — Ei Mila vamos com o tio Lucas lá vê oque a Maria fez pro almoço? -Ah não agora que tá ficando bom disse Mila rindo -Vem logo sapeca Assim que eles saem eu já começo a questionar,senhor oque vou fazer aqui? -Preciso de sua ajuda pra cuidar de Mila -Nao,não precisa e não soubesse diria que ficou com ciúmes....não sei só isso explica sua reação - Só não quero que meus funcionários se relacionem,falou já irritado -Olha isso não lhe dá o direito a nada,olha na meia-noite eu vou sair e não te interessa oque faço Então ele agarra minha mão e me puxa pra mais perto dele e como um sussurro ele diz:Sou eu que você quer A tensão entre nós é palpável. Meu coração acelera como se estivesse participando de uma corrida. Por um momento, o tempo parece parar e só consigo focar no olhar intenso que ele lança sobre mim. Mas, mesmo com toda essa força invisível nos amarrando, minha mente, teimosa, recusa-se a ceder Recupero o fôlego e meu olhar altivo confronta o dele. "Você é corajoso", eu digo, tentando introduzir uma dose de leveza que não sinto. "Corajoso ou apenas tolo?" Ele responde, um meio sorriso se formando em seu rosto. Tento puxar meu braço, mas ele ainda segura firme. No fundo, sinto a segurança em sua mão forte, mas a confusão se instala. No que ele estava pensando quando tomou essa decisão Mila e Lucas aparecem na porta antes que eu possa responder, a energia muda instantaneamente, desconectando aquele fio invisível e nos remetendo de volta à realidade cotidiana. Lucas, alheio ao embate silencioso que estava acontecendo, pergunta, "Vocês estão bem?". Solto um riso nervoso e confirmo com a cabeça, tentando parecer indiferente, enquanto ele solta meu braço lentamente. Escolho desviar o assunto, "E aí, Mila, como está Maria com seus dotes culinários?" Aposto que superou a si mesma novamente." Ela sorri animadamente, deixando qualquer tensão fluir como uma brisa suave de verão. "Ela fez o melhor macarrão de sempre!" Mila exclama, seus olhos brilhando de entusiasmo. Enquanto nos dirigimos à cozinha, percebo que as relações no trabalho são finas linhas a serem pisadas com cuidado. Caminhando lado a lado, comemos o almoço, permitindo que o riso de Mila dissolva a tensão restante. Porém, sei que nossa conversa está longe de terminar e que atritos dessa natureza só cessam quando se encontra um entendimento e aceitação genuínos entre as partes.Fazia um calor insuportável naquela tarde de sábado. Mila e eu estávamos sem nada para fazer e a piscina era uma tentação irresistível.— Carol, tá fazendo muito calor e não temos lição, vamos pra piscina? — sugeri. — Ah vamos, aproveito pra pegar um bronze — respondeu ela, animada.Corremos para casa e subimos as escadas até o quarto. Coloquei meu biquíni azul marinho, pegamos protetor solar e corremos para a água fresca.Pouco depois, Maria — a governanta atenciosa de sua família — trouxe uma bandeja com limonada e lanches. Relaxamos e nos refrescamos na piscina enquanto conversávamos sobre a vida e planos futuros.Algumas horas depois, deitamos nas espreguiçadeiras para tomar um banho de sol quando, do nada, Lucas apareceu ao lado da piscina.— O dia acaba de ficar melhor — disse Lucas, com um sorrisinho no canto da boca.— Ah Lucas, você por aqui? — perguntei surpresa, mas contente de vê-lo.— E devo dizer que o chefe tá uma arara. Bom, já tô indo e meia-noite eu te pego aqui —
De madrugada, após um dia exaustivo, vou para casa com o intuito de tomar um banho. Estou cansada e emocionalmente desgastada. Ao chegar, decido escutar as mensagens de voz no celular. Entre os recados, estão vários do Jacob.Depois de ouvir todos, vou até a varanda onde minhas roupas a estão na minha varanda e me pergunto como eu não vi elas quando entrei. Apesar do impulso de responder algo significativo para Jacob, sinto-me tão desanimada que apenas envio um "ok" como resposta, sem energia para estender a conversa.Com o coração pesado, sigo para o quarto e publico a notícia do velório da minha mãe, informando o horário e o local onde amigos e familiares podem prestar suas últimas homenagens. Aproximadamente 30 minutos depois, minha tia chega para me buscar.Vamos juntas para o local do velório. A caminho da casa funerária, sinto uma estranha sensação de torpor, como se estivesse andando em um sonho desfocado. No velório, ao lado do corpo da minha mãe, o mundo parece se acabar.Fic
Depois de quatro meses de turbulência emocional, começo a encontrar uma sensação de paz. A saudade da minha mãe ainda pesa no peito, mas ela encontra forças para seguir em frente. Após vender a antiga casa, ela se muda para um novo lar em busca de recomeço.Mila, visita frequentemente, sempre acompanhada de Maria. Embora Mila tente falar do pai dela, a protagonista evita o assunto, ainda magoada por ter sido demitida injustamente sem qualquer investigação dos fatos pelo ex-chefe.Com o apoio constante de sua tia e de Helena, retomo a uma de minhas paixões: fazer bolos. Decido enviar seu currículo para novas oportunidades de emprego, mas sem pressa, respeitando o próprio tempo.Sou interrompida dos meus pensamentos por uma ligação.~Ligação on~- Oi Lucas tudo bem?- Vou bem e você?- Estou melhorando,já quer saber se o bolo pra sua prima tá pronto?digo em tom de brincadeira- Não só estou querendo saber se você vai me dá a honra de comer um xtudo daquele.- Posso pensar no assunto?
Na manhã seguinte, desperto ao meio-dia, ainda meio zonza, no quarto do Jacob. Ambos estavam sem roupa, e as lembranças da noite anterior flutuavam em sua mente como cenas de um filme.Uma leve espreguiçada na cama fez Jacob despertar também. Ele se virou, fitando-a nos olhos com um sorriso preguiçoso. - Bom dia, linda - murmurou Jacob, aproximando-se para selar um beijo suave.- Bom dia, gostoso - respondi, com um brilho maroto no olhar. - Adoraria relembrar a noite passada - provocou, rindo. Jacob arqueou uma sobrancelha, com uma expressão que misturava diversão e desejo.- - Se você quiser, eu quero - disse ele, sua voz carregada de promessas. E como se as palavras fossem mágica, a atmosfera do quarto se transformou novamente.Mas desta vez, havia algo de novo: havia ternura, um toque de romance que não haviam experimentado na primeira vez. Jacob a envolveu num abraço caloroso enquanto seus lábios deslizavam suavemente pela minha pele.Cada toque provocando arrepios de antecipação.
Lucas me acompanha até em casa e vai embora e de longe avisto o carro do Jacob e logo fecho a casa e tranco a porta.Ah hoje não querido,não quero ouvir suas explicações,a única explicação que tenho é que ele ainda é apaixonado por ela. Escuto uma leve batida na porta e logo ele começa a dizer: - Carol,deixa eu te explicar por favor abre a porta.....eu juro que travei. Continuei em silêncio até ele começar a me ligar e ligar sem parar com toda insistência, mais resolvo não atender e coloco meu celular no silencioso e vou me deitar o dia hoje foi bem exaustivo. No dia seguinte resolvo sair pra almoçar na casa da minha tia e coloco novamente meu celular no silencioso. Chegando lá conto pra minha tia tudo que rolou e ela tá perplexa com a cara de pau do Jacob e logo depois trocamos de assunto,pra mim esse assunto já deu. Depois do almoço resolvo voltar pra casa e tirar aquelas roupas da lavanderia.Depois disso ligo pro Uber e peço pra ele levar as roupas no endereço.Foco somente em
~POV Jacob~A noite estava envolta em música alta e o cheiro inebriante de bebidas alcoólicas. O brilho das luzes coloridas pintava o ambiente do bar, onde amigos se encontravam, desconhecidos se encorajavam a trocar palavras, e algumas pessoas se perdiam em si mesmas.Foi nesse cenário que, com certa ironia na voz, ela disse: "Acho que está me confundindo senhor".Com um movimento decidido e uma firmeza insuspeita, repliquei: "Vamos embora." Ao mesmo tempo, agarrei seu braço com a intenção de levá-la para fora do bar. O gesto era impulsivo, talvez até autoritário.Ela, visivelmente irritada e desafiadora, protestou: "Se você não me soltar agora, eu vou gritar, não temos nada e nem vamos ter." Diante dessa declaração, um silêncio seguiu o eco das suas palavras. O olhar entristecido, uma sombra de melancolia passou.Com um movimento distante e resignado, eu a solto. Suas mãos escorregaram do braço dela, cedendo à relutante despedida. E então, como alguém que deixa para trás o que não
Depois de um dia cheio de emoções, decidi que era hora de colocar a cabeça no lugar e pensar bem sobre tudo o que estava acontecendo. Pedi um táxi e fui pra casa, onde me esperava o alívio do meu banho gelado, sempre eficaz na missão de clarear as ideias e trazer uma nova perspectiva.Mais tarde, sentei-me confortavelmente com o celular em mãos, pronto para aquele ritual quase terapêutico de rolar pelas redes sociais. Foi quando algo realmente chamou minha atenção: um anúncio de um espaço à venda, algo que não esperava encontrar assim, ao acaso.Sentia aquele frio na barriga, uma intuição que não aparecia sem motivo. Conferi o valor e percebi que se encaixava perfeitamente no que ainda estava guardado no banco. Sem hesitar, entrei em contato com a dona do local e agendamos uma visita para o dia seguinte, às 14h.Finalmente, um passo concreto rumo a algo novo. Com aquele assunto resolvido, voltei meus pensamentos para Jack e Mila. Fantasiava como seria maravilhoso tê-los por perto, com
Abraço a Mila e dou um beijo nela, sentindo-me grata.Depois de assistir a um filme, coloco Mila na cama.Vou à porta para chamar um táxi e Jack oferece hospedagem.-"Você sabe que pode dormir aqui, né?", diz Jack.-"Eu sei, Jack, mas tenho compromissos amanhã", respondo.-"Eu sei, Jack, mas tenho compromissos amanhã", respondo.-"Se precisar de ajuda, pode me chamar", diz Jack.Dou um beijo em Jack e entro no táxi que chegou.O caminho até em casa é confortável, sinto estar fazendo o certo.Chegando em casa, tomo um banho e me deito.Na manhã seguinte, levanto cedo e começo a fazer os bolos.A manhã é uma correria e não há tempo para mensagens.09h da manhãAs coisas tão uma bagunça na minha bancada,acho que vou contratar alguém pra me auxiliar aqui.Continuo assando as massas e preparando o recheio,quando da um tempo coloco um anúncio precisando de ajudante e logo meu celular lota as mensagens.~Mensagem Jacob~"Parece que a nova empresária não tá tendo mais um tempinho pra responder o