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Qual seria a melhor opção?

Capítulo quatro

LISSA

Depois que o senhor Lombardi saiu, fui me divertir um pouco com os meus amigos, alguns deles: Sidney não estava mais na boate e poderia imaginar onde poderia estar e com quem, Jaime, Diogo estavam dançando com algumas mulheres e essa foi a nossa noite. Agora estou a caminho do escritório com o meu café, usando uma mini saia preta com uma blusa de alça branca e um casaco de napa preto e para fechar com chave de ouro umas botas também pretas.

Ao entrar na sala principal estranho porque Sidney não esta em sua mesa e isso quase nunca acontece, entrando na sala a noto mexendo no celular.

Minutos depois que Sidney saiu do meu escritório fiquei pensando em uma maneira de ajudar sem ter que falar com meus pais, sai de casa aos 18 anos e não falo com meus pais desde então, fui criada e ensinada para matar sem ter sentimentos era uma maquina nas suas mãos, mas quando descobri que me venderam para um velho de 75 anos para pagar uma divida decide fugir e levar alguns documentos que os incriminava, assim consegui os ameaçar para me deixarem livres. Agora para ajudar Sidney preciso voltar para essa vida que deixei há mais de cinco anos.

Flashback

“Mama, você não pode permitir isso”

“Minha querida, não posso fazer nada para impedir isso”

“Ele tem idade de ser meu avô, vocês têm noção disso?”

“PARE DE FAZER TANTO DRAMA, NÓS TEMOS UMA DIVIDA MAIOR QUE NOSSAS VIDAS E VOCE SÓ PENSA EM VOCE MESMA?”

 Meu pai pergunta.

“É SÉRIO QUE O SENHOR ESTÁ DIZENDO ISSO? ACHA QUE É EGOISMO...”

A última coisa que lembro desse dia é de sentir um tapa em meu rosto e ir ao encontro do chão recebendo chutes por todo meu corpo, ainda tenho as marcas, por isso não uso roupas que possam demostrar minhas cicatrizes, esse é o meu medo: casar com um homem que me trate que nem um lixo, não quero passar por isso nunca mais em minha vida.

Sidney trouxe um monte de documentos e tive algumas reuniões pelo resto do dia, mas decido largar mais cedo o meu expediente, preciso pensar em uma forma de ajudar ela, voltando para casa tive uma ideia mas nao sei se será tao boa quanto nos meus pensamentos.

“ Ciao, Ana!”

“Olá, meu anjo. Chegou cedo, quer que eu prepare alguma coisa para você?”

“Não se preocupe tanto, vou subir e deitar um pouco”

Ana trabalha para mim, faz quatro anos e sempre me tratou como sua filha, tem dois filhos na Colômbia, já pedi para me deixar ajudar a trazer eles para Itália mas sempre responde que estao melhor lá, é uma mulher de 56 anos, morena com o cabelo crespo até nos ombros sempre os prendendo, nunca anda sem seus oculos, principalmente o de leitura, aquele é a prioridade. Fomos a cura uma da outra, eramos tão quebradas e colhemos os cacos, nao sei oque faria sem ela em minha vida.

“Ti amo così tanto, non so cosa farei senza di te nella mia vita (eu te amo tanto, não sei oque faria sem voce em minha vida)”

“Yo también te quiero, eres lo que me motiva a seguir vivo.

” Isso nao é justo, eu nao entendi oque você disse_ reclamo fazendo bico que nem uma pirralha mimada.

“Pesquise, esse rostinho bonito e esse cérebro tem que servir para algo”

Oque Ana nao sabe é que eu entendo tudo oque diz em espanhol, mas desde o primeiro dia que ela disse algo fofo, eu finge que nao sabia por medo de nunca mais poder ouvir, sempre fui uma pessoa que achava que nao merecia o amor, todos meus relacionamentos nao faziam nem seis meses, eu era toxica e insegura 90% das vezes por isso desiste de tentar dar certo, procurei um psicologo mas acabei o matando pelo fato de saber muito sobre a minha vida, foi uma morte rapita e sem dor, pago o asilo onde moram seus pais e paguei a operação de sua filha, sei que isso nao vai trazelo de volta mas ajuda a minha consiencia a ficar mais limpa e nao me sentir um monstro como meus pais me chamavam todos os malditos anos que vivi com eles.

Chegando no quarto, vejo que Ana deixou tudo arrumado quem devia chamar de anjo era ela e nao o contrario, depois de um longo banho relaxante deito em minha cama de barriga para baixo e tento dormir, mas os pensamentos invadem minha cabeca, os demonios que eu nunca vou conseguir fugir. Todos os rostos que já matei, nunca tive a coragem de matar idosas e crianças. Que tipo de mae eu seria se matasse inocentes de forma tao fria?

Que tipo de amiga eu seria se nao ajudasse a Sidney neste momento? Ela nunca me pediu nada e a primeira vez que faz isso eu vou negar? Ninguem sabe oque eu passei nas maos de meus pais, ja basta eu saber e carregar este fardo, nao quero que olhem para mim com cara de pena. 

Finalmente consigo fechar os olhos e dormir, nao sei por quanto tempo fiquei a pensar mas sinto alguem me cobrir e darme um beijo, Ana foi o presente de Dio para mim.

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