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O passado ainda machuca

Capítulo quatro

LISSA

Não sei se foi o destino ou o universo está do meu lado, mas meus pais estão agora bem na minha frente, minha mãe sempre elegante com seu nariz empinado observando tudo aos mínimos detalhes, meu pai por outro lado me olha como se fosse um lixo.

“Não vai oferecer nada aos seus pais?”

Minha mãe pergunta.

“Vocês não estão aqui porque sentem a minha falta, vão direito ao assunto”

“Que grossa, não a eduquei desse jeito”

Meu pai resmunga.

“Eu acho que você está confuso querido papai”

“Não estou aqui para uma discussão, em alguns meses você vai se casar e antes que diga alguma coisa, pense em sua amiga qual é mesmo o nome?”

“O que você está dizendo?”

“Somos nós que os pais de Sidney estão devendo e você sabe as regras minha querida, eles podem morrer”

“O que você quer?”

“Que se case com o capo da Itália e nos passe todas as informações que conseguir”

Oque eu posso fazer? As vidas dos pais de minha melhor amiga estão em perigo e eu conheço muito bem as regras das mafias eles podem matar e escravizar eles sempre que quiserem.

“Minha querida, filha. Você vai aceitar sim ou não?”

Minha mãe pergunta.

“Sim e agora saem da minha casa”

“Foi uma grande escolha, minha querida”

Que merda eu fui fazer? Em que lugar eu fui me meter? Droga preciso de um plano.

“Qual é o nome do capo?”

“Acho que você já ouviu falar, Ethan Lombardi” 

Senti meu coração errar a batida, que droga! Eu devia ter desconfiado dele logo de início, os tirei de minha casa o mais rápido possível.

Agora estou em frente as firmas Lombardi, se vou mesmo me casar que seja a minha maneira.   

“Bom dia, gostaria de falar com Ethan Lombardi”

“e quem é você?”

 A funcionaria me olha de cima a baixo com se eu fosse pior que o lixo.

“Tem hora marcada?”

“Não, mas eu gostaria de...”

“Se você é uma das putas que o senhor Lombardi come está perdendo o seu tempo”

Não sei qual foi a pior coisa que ela fez. Mas eu acho que é o meu dia de sorte por que o belo mafioso acabou de entrar e pela sua cara de surpresa poderia jurar que não esperava me ver aqui.

“O que uma mulher tão linda como você, faz aqui no meu humilde escritório?

“Acho que o senhor sabe!”

A expressão em seu rosto muda completamente, acho que não esperava tão cedo por isso.

“Vamos subir!”

Ele diz com toda sua autoridade, o caminho para seu escritório foi em um completo silencio. Entrando em sua sala antes de fechar a porta diz a sua secretaria para ninguém nos incomodar.

“Você deve saber por que estou aqui, capo”

“Vejo que já sabe de tudo, mio amore”

“Quero fazer um novo acordo!”

“e quem disse que eu vou aceitar?” pergunta “Você já é minha”

“Nem vai me ouvir, querido” balança sinalizando 

“Quero que não pague nada aos meus pais e os baixe de cargo, mas o mais importa é salvar a vida dos pais da minha amiga”

“Oque você ganharia com tudo isso?” pergunta

“Nada”

“Duvido que tudo isso não tem um propósito, você acha que eu não sei que os seus pais querem usar você como um bode expiatório?”

“Sempre soube que você era inteligente”

“Se você acha que eu sou algum otário fique a saber que...”

“Que nada, não sou tão idiota de trair a maior máfia de todas” se ele acha que vou ficar com medo está muito enganado.

Não achei que seria fácil, mas o meu querido noivo parece desconfiado da própria sombra, eu tenho que convencê-lo minha amiga não pode perder os pais, não se eu poder evitar.

“Podemos falar de como vai ser?” Pergunto me levantando da cadeira e indo ao encontro de sua estante de bebida.

“Devemos casar no máximo em três meses, terás de ter um herdeiro o mais rápido possível, mas não é obrigatório ter um, sempre serás fiel a mim”

“Você não terá nenhum caso...”

“Claro que terei” como assim? Ele vai poder dormir com metade de Itália e eu serei a chifruda? 

“Se você dormir com qualquer mulher que não seja eu, nunca vás encostar em mim, entendeu?”

“Isso seria uma ameaça?”  pergunta ao tocar minha cintura e apertando a mesma me arrancando um suspiro.

“Um aviso” respondo, viro o meu corpo para olhar nos seus olhos e sua boca está a centímetros da minha.

“Esta brincando com o fogo, eu não divido o que é meu”

“Mas se eu sou sua, por que procurar outras. Será que você não dá conta?” pergunto só para o provocar

“Posso provar o quanto dou conta, mas você aguentaria?” roça seu nariz em meu pescoço, isso está se tornando perigoso. Fecho meus olhos para aproveitar melhor a sensação maravilhosa de que ele me proporciona.

“Depende, mas antes de continuar essa conversa eu preciso trabalhar” 

“Eu posso te levar...”

“Não se preocupe, estou de carro. Nos vemos por aí gato”

“Vai sair assim?” agarra meu braço

“O que você quer?” 

 Pergunto muito interessada.

“Um beijo, um simples beijo”

Me aproximo e dou um beijo em seu rosto, recebo um sorriso divertido

“O que foi? Você não disse onde seria”

“Queres entrar nesse jogo, amore mio?”

“Só se for para ganhar, meu bem” 

saio da sala com um enorme sorriso, gostei desse diálogo. 

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