A cama balançou enquanto Thea tentava abafar seus soluços. O travesseiro estava molhado de todas as lágrimas que ela derramou em silêncio. — Ei, querida, o que houve? — Kai perguntou. Os trigêmeos a acariciaram até que ela pudesse falar. — Eu não me transformei. — Thea finalmente disse. — E se eu for humana? — Então nada muda. — Alaric disse. — Você continua sendo nossa companheira, mesmo se for humana. — Conri disse. — Amamos você, não importa o que aconteça.— Uma humana pode ser ter um Dom da Deusa? — Thea perguntou. — Não vejo por que não. Se lobisomens podem ter humanos como companheiros, o que acontece o tempo todo, então a Deusa pode escolher humanos para serem abençoados. — Alaric disse. — Meus pais são lobisomens, vindos de longas linhagens de lobisomens. Alfas, inclusive. Por que eu não teria uma loba?— Talvez seja magia demais para uma pessoa só suportar? — Conri sugeriu. — Você ainda pode se transformar. Não precisa ser no dia em que faz dezoito anos. — Kai
Thea respirou fundo, com dificuldade, tentando conter o choro. Sua voz ainda tremia: — Ela disse para ser paciente, ter fé, seguir meus instintos. Meu caminho não será fácil, mas sou eu quem tem que trilhá-lo. — Viver no mundo dos lobisomens sendo humana não seria fácil. Seria dolorosamente impossível.— Então, vamos seguir por aí. — Disse o Alfa Ulric. — Seja paciente. Tenha fé. Não sei o que espera por vocês, mas precisam uns dos outros. A Cerimônia de Acasalamento seguirá como planejada.Thea assentiu.— Está bem, querida? — Sua mãe perguntou.Thea assentiu, e sua mãe a soltou. Ambas voltaram para suas cadeiras, mas Conri puxou Thea para o seu colo, segurando-a firme contra ele. Ela não tentou ir para o próprio lugar como faria normalmente, para mostrar respeito no escritório do Alfa. Precisava do conforto dos seus companheiros. Kai e Alaric se posicionaram de cada lado dela, segurando suas mãos.— Esta noite, na cerimônia, você usará vestes cerimoniais. — Disse o Alfa Ulric. — Dir
— Obrigada pelas felicitações de aniversário. Não me transformei. Parece que sou humana. — Thea mandou uma mensagem para Misty.Misty ligou imediatamente.— Você está bem?— Definitivamente não. — Disse Thea.— Não consigo imaginar como você está se sentindo agora.— É uma mistura de sentimentos. Estou chocada e confusa. Envergonhada. Sei que diria para outra pessoa que isso não muda quem ela é, que ainda amamos ela, que ela ainda faz parte da matilha e tudo mais, mas não sinto isso sobre mim mesma. Nunca vou poder participar de todas as atividades da matilha que esperei a vida toda. Estou com o coração partido.— Sinto muito. — Disse Misty.— Tenho medo de ser fraca para o resto da vida. Uma humana não pode competir com um lobo. Sou um peso para a matilha.— Ninguém te vê como um peso. — Disse Misty.— Eles me colocaram em prisão domiciliar por não ter me transformado. Será que vou ficar em prisão domiciliar minha vida inteira?— Eu não sei.Thea respirou fundo e disse:— Pelo lado bo
Alfa Ulric e Beta Walter ajudaram os trigêmeos a se prepararem. O Alfa falou com eles sobre a responsabilidade de cuidar de sua companheira. Eles tinham seus deveres como Alfa, mas a coisa mais importante que fariam era cuidar de Thea. Não sabiam o que o futuro reservava para eles, mas precisavam permanecer fortes.Eles tiveram sua primeira sessão de treinamento transformados como lobos. A competição e o esforço aumentaram sua energia masculina. Quando tomaram banho e vestiram suas roupas cerimoniais, estavam mais do que prontos para marcar e se unir a Thea.Luna Ada e Naomi ajudaram Thea. Elas lhe deram um banho luxuoso e uma massagem para relaxá-la. Arrumaram seu cabelo escuro e sedoso em cachos suaves e o prenderam no topo da cabeça, deixando os ombros à mostra, prontos para serem marcados. Passaram uma leve maquiagem para destacar seus olhos turquesa. Depois, a vestiram com um longo manto elegante, amarrado na frente e que deixava os ombros descobertos para que todos pudessem ver s
— Com prazer, meu amor. — Alaric disse. Ele desamarrou o manto de Thea, abrindo-o, e fez o mesmo com o dele.Ele a beijou, e suas mãos acariciaram seu corpo, provocando arrepios por toda parte. Uma das mãos desceu, acariciando círculos em seu clitóris, enquanto a outra segurou seu seio, provocando-a. Ele beijou seu pescoço, descendo pelo corpo até tomar o outro seio com a boca, enquanto rolava o mamilo entre os dedos. A outra mão sentiu sua umidade crescente.Alaric encostou a testa na dela. — Você está pronta?Ela assentiu. Alaric se posicionou em sua entrada e empurrou suavemente. Thea soltou um gemido leve. Alaric acionou Kai e Conri por meio da conexão mental para que o ajudassem, e os dois vieram ao seu lado, um de cada lado. O toque dos três era elétrico, enviando ondas de prazer através dela.— Faça rápido, como tirar um band-aid, né? — Thea sussurrou.Ela abriu as pernas para ele, uma mão em seu cabelo e a outra segurando seu ombro para se estabilizar. Alaric assentiu. Ele a
Thea soltou o cinto do manto de Conri, envolveu os braços e pernas ao redor dele, e encostou suas testas uma na outra.— Como você está? — Conri sussurrou.— Estou bem. — Ela disse.— Ainda vai doer?— Não sei, mas se eu sentir prazer suficiente, não sinto a dor.Ele sorriu e se inclinou para beijá-la, suas mãos provocando faíscas por todo o corpo dela.— Esperei minha vida inteira para te marcar, Thea Lyall. — Ele sussurrou. — Te amo mais do que qualquer coisa. Agora, todos saberão que você é minha.— Também te amo. Esperei muito por este momento.Ele se posicionou na entrada dela.— Pronta?Ela assentiu: — Sim, Conri. Quero sua marca em mim.Ele entrou devagar, observando seu rosto. Ela estremeceu, e ele parou.— Está tudo bem. — Ela disse. — Continue.Conri empurrou mais fundo enquanto seu polegar fazia círculos em seu clitóris. Ela inclinou os quadris para se ajustar, e ele começou a se movimentar, beijando seu pescoço até o ponto especial de marcação dele. Ele voltou a encostar a
Kai gemeu e sussurrou no pescoço de Thea: — Você é perfeita. — Ele disse. — É como se eu pertencesse a esse lugar.— Você pertence a esse lugar. — Ela respondeu, o sentimento agora era de completude, sem dor, só uma sensação de preenchimento e de faíscas. Ela sentia o pulso dele dentro dela, as paredes de seu corpo se moldando ao redor dele. — O que fez você pensar em me curar assim?— Eu estava pensando no quanto queria você em mim, seu cheiro... Sabia que ainda havia dor com Conri, e quando ele fechou sua marca com a língua, eu soube. Foi o motivo perfeito pra começar te satisfazendo durante a cerimônia.Ela sorriu maliciosa: — Estou louca para te jogar no chão e montar em você agora.Ele soltou um gemido: — Eu amo quando você assume o controle, mas depois, querida. Precisamos fazer isso da maneira correta.— Você sabe, sendo eu humana e você um Alfa transformado, não poderei mais te dominar. — Disse Thea — Você será capaz de fazer o que quiser comigo, e eu serei incapaz de lutar
Thea entendeu que ela e os trigêmeos tinham o poder de formar e fortalecer o laço familiar entre cada membro da matilha. Realizar a Cerimônia de Acasalamento permitiu que a matilhavivenciasse isso em conjunto, fortalecendo ainda mais esses vínculos. Esta era uma matilhaque lutaria uns pelos outros, trabalharia uns pelos outros, ajudaria uns aos outros e amaria uns aos outros.Os trigêmeos retraíram suas presas e lamberam suas marcas até que se fechassem novamente. Os três desenhos se expandiram e se uniram, formando um padrão belo e intricado. Conri se retirou, e Thea desceu de cima de Kai. Todos se levantaram. Os quatro recém-acasalados amarraram seus robes e se voltaram para a multidão. Os trigêmeos tomaram suas posições habituais ao redor de Thea. Kai e Alaric seguraram suas mãos, enquanto a mão de Conri apertava seu quadril.A multidão uivou em celebração e alegria. Metade das pessoas chorava. O Alfa, a Luna, o Beta e a esposa do Beta retornaram ao pódio.— O futuro de nossa mati