O Alfa fez um discurso sobre a natureza sagrada do que estavam prestes a fazer, sobre a permanência daquele momento, e perguntou se alguém queria desistir. Ninguém quis. Ele continuou falando sobre a importância de proteger Thea e o quanto ela era especial. Então, quando chegou a hora, ele orientou que cada um deles se aproximasse, ajoelhasse diante dela e fizesse seu juramento. Um por um, eles se aproximaram, ajoelharam-se à sua frente e disseram estas palavras:— Juro pela Deusa da Lua proteger você com minhas mãos, meu lobo, minha vida. Prometo minha vida ao seu serviço, para fazer o que me pedir, guardar seus segredos, agir como uma extensão de você e agir apenas de forma que traga honra a você.Ela disse a cada homem que aceitava o juramento. Ao último, estava tomada pela energia que preenchia o ambiente. Sentia como se a deusa da lua estivesse presente, unindo todos ali. Quando o último homem se juntou ao grupo, Thea se levantou. Sentiu-se compelida a falar. Não percebeu que isso
Após a cerimônia de juramento, perceberam que todos na sala haviam crescido mais um centímetro. Seus sentidos ficaram mais aguçados. Estavam todos mais fortes. Os homens conseguiam sentir as emoções de Thea, saber onde ela estava.Não havia dúvida em suas mentes ou corações de que Thea tinha um Dom da Deusa, e que tinham feito a melhor escolha ao jurarem lealdade a ela. Não sabiam o que o futuro reservava, mas tinham certeza de que seguiriam Thea até os confins da Terra.Até Thea sabia que era importante para a deusa da lua que as coisas fossem assim. Ela não sabia o motivo, mas era inegável que a Deusa da Lua estava ali com eles.Os novos membros da equipe Delta foram incluídos no rodízio de segurança. Quando não estavam de guarda, seguiam pistas, tentando descobrir quem estava atrás de Thea.Eles continuaram participando das sessões de treino nas primeiras horas da manhã.Thea solicitou todo o currículo da escola sobre o vínculo de companheiros e o revisou, riscando as ideias prejudi
A equipe Delta os rodeou durante toda a noite, mantendo-se à distância para lhes dar a ilusão de privacidade.Thea adormeceu por volta das duas da manhã e acordou ao ouvir Alaric emitindo sons de dor. Ao se sentar, viu-o de quatro, com pelos surgindo em seus braços. As juntas estalavam, ossos se contorciam. Kai e Conri, ao lado dela, observavam atentos. A camisa de Alaric rasgou ao meio enquanto seu corpo mudava de forma e crescia, seguido pelas outras peças de roupa que se despedaçavam conforme ele se transformava. Parecia demorar uma eternidade.Finalmente, ele completou a mudança e um lindo lobo negro, de pelagem com uma camada inferior prateada nas patas, sacudiu o pelo. Ele farejou o ar, virou-se e olhou diretamente para Thea. Com um salto, aterrissou bem na frente dela e pressionou o focinho contra seu pescoço, inalando profundamente. Thea levantou a mão e passou os dedos pela pelagem dele.— Oi, lindão. — Ela sussurrou.O lobo estremeceu, então lambeu o ponto de marcação em seu
Thea olhou para o ombro, observando a mancha roxa que se formava.— Isso é um belo hematoma. — Comentou Kai.— Vou dar o troco nele. — Thea disse com um sorriso desafiador.Kai riu: — Não tenho dúvidas.Algum tempo depois, os dois lobos negros voltaram e se deitaram ao lado de Thea, ofegantes enquanto ela os acariciava. Logo em seguida, chegou a vez de Kai passar pela transformação. A mudança dele foi rápida; ele já estava habituado a ceder o controle ao seu lobo, tornando o processo natural e tranquilo.Kai também assumiu a forma de um lobo negro, com uma camada inferior prateada no peito. Ele se aproximou de Thea, esgueirando-se de forma furtiva, e a empurrou gentilmente para que ela se deitasse de costas. Ele se agachou e se deitou em cima dela.— Ah! Sério? Como é que eu vou conseguir te tirar de cima de mim agora? — Ela brincou.O lobo lambeu o rosto dela, enterrou o focinho em seus cabelos e respirou profundamente. Ele ficou assim por um tempo, imobilizando-a com seu peso.— Voc
— Desculpe também. — Disse Conri. — Acho que o Caleb achou que estava te dando uma massagem.— Talvez só deva fazer isso quando eu estiver na forma de lobo? — Disse Thea. — Sim. — Disse Conri. — O Damon estava usando o ponto de marcação para te acalmar e depois para tentar fazer você se transformar. — Disse Kai. — Desculpe por ele ter sido muito brusco.— Está tudo bem, pessoal. — Disse Thea. — Me contem sobre a conexão mental e como é correr como um lobo! — Vamos comer enquanto falamos. — Disse Conri. — Estou morrendo de fome.Eles vestiram um short de basquete e se aconchegaram perto de Thea. Tiraram comida e bebidas e comeram enquanto descreviam as coisas. — A primeira coisa foi sentir seu cheiro, Thea, — Disse Alaric. Ele deu uma mordida em seu pêssego. — A propósito, acho que descobri por que todos nós amamos pêssegos. — Sim. — Disse Conri. — Seu perfume. Você cheira a pêssegos. — É delicioso. — Disse Kai. Ele se inclinou e cheirou seu pescoço. — O Axel ficou louco. —
— Pessoal. — Disse Thea. — Precisamos deixar a equipe Delta comer e descansar.— Vocês não querem esperar até você se transformar? — Disse Kai. — Podemos simplesmente voltar quando isso acontecer. — Disse Thea. — Certo. — Disse Conri. — Devemos deixar essas coisas aqui? — Disse Alaric. — Não acho que precisamos. — Disse Thea. Os trigêmeos limparam o local, tiraram os shorts e se transformaram em lobos. Caleb se deitou e olhou para Thea. Ela subiu em suas costas. Damon e Axel pegaram cada um uma bolsa na boca e correram de volta para a casa da matilha. Os trigêmeos mudaram de volta para a forma humana na borda das árvores e colocaram os shorts. — Vocês querem se conectar mentalmente com a equipe Delta, dizendo a eles para entrarem e comerem? — Disse Thea. Os olhos de Alaric se embaçaram. — Feito. Deusa, é tão bom poder fazer isso. Mal posso esperar para ouvir você na minha cabeça. — Ele a abraçou e beijou seu pescoço, respirando seu perfume. — Mmm. — Disse Thea. — Eu ta
A cama balançou enquanto Thea tentava abafar seus soluços. O travesseiro estava molhado de todas as lágrimas que ela derramou em silêncio. — Ei, querida, o que houve? — Kai perguntou. Os trigêmeos a acariciaram até que ela pudesse falar. — Eu não me transformei. — Thea finalmente disse. — E se eu for humana? — Então nada muda. — Alaric disse. — Você continua sendo nossa companheira, mesmo se for humana. — Conri disse. — Amamos você, não importa o que aconteça.— Uma humana pode ser ter um Dom da Deusa? — Thea perguntou. — Não vejo por que não. Se lobisomens podem ter humanos como companheiros, o que acontece o tempo todo, então a Deusa pode escolher humanos para serem abençoados. — Alaric disse. — Meus pais são lobisomens, vindos de longas linhagens de lobisomens. Alfas, inclusive. Por que eu não teria uma loba?— Talvez seja magia demais para uma pessoa só suportar? — Conri sugeriu. — Você ainda pode se transformar. Não precisa ser no dia em que faz dezoito anos. — Kai
Thea respirou fundo, com dificuldade, tentando conter o choro. Sua voz ainda tremia: — Ela disse para ser paciente, ter fé, seguir meus instintos. Meu caminho não será fácil, mas sou eu quem tem que trilhá-lo. — Viver no mundo dos lobisomens sendo humana não seria fácil. Seria dolorosamente impossível.— Então, vamos seguir por aí. — Disse o Alfa Ulric. — Seja paciente. Tenha fé. Não sei o que espera por vocês, mas precisam uns dos outros. A Cerimônia de Acasalamento seguirá como planejada.Thea assentiu.— Está bem, querida? — Sua mãe perguntou.Thea assentiu, e sua mãe a soltou. Ambas voltaram para suas cadeiras, mas Conri puxou Thea para o seu colo, segurando-a firme contra ele. Ela não tentou ir para o próprio lugar como faria normalmente, para mostrar respeito no escritório do Alfa. Precisava do conforto dos seus companheiros. Kai e Alaric se posicionaram de cada lado dela, segurando suas mãos.— Esta noite, na cerimônia, você usará vestes cerimoniais. — Disse o Alfa Ulric. — Dir