— Podemos dar uma volta? — Disse Arella.— Esperem um segundo. — Disse Thea para as meninas. Ela se virou para os refugiados. — Se acomodem. Vão para o treinamento da matilha. Nos vemos no jantar da matilha hoje à noite. Os refugiados concordaram.— Luna, Alfas, o Alpha Sharpe está nos portões. — Um dos guardas no portão os conectou mentalmente.— Mandem ele entrar. — Disse Alaric por conexão mental. — Pai, Alpha Sharpe está aqui. Nos encontra no Boticário? — Chego logo. — Disse Alpha Ulric por conexão mental.Thea se virou para as meninas.— Como foi a aula de leitura? — Disse Thea.— Gostei. — Disse Ophelia.— Nunca fizemos nada parecido. Tinha tantas pessoas. — Disse Cassandra.— O que vocês aprenderam? — Disse Thea.— Aprendemos a Canção do Alfabeto. — Disse Arella. — E como são as letras, e que sons elas fazem. — Tivemos que desenhar também. — Disse Cassandra.— Aprendemos a segurar um lápis. — Disse Ophelia. — Fizemos todas as letras.— Como vocês seguram um lápis? — Thea diss
PONTO DE VISTA DE XAVIERAquela vadia. Thea Lyall. A ruína da minha existência.Meu pai ficou no meu pé desde que o Alfa de New Dawn ligou para ele e contou o que eu fiz com Thea. Não importou que ela estivesse pedindo por aquilo. Ninguém deveria saber porque meu comando Alfa deveria ter funcionado com ela. Tinha algo errado com ela. Nenhuma mulher deveria ser capaz de resistir ao comando de um homem.Tudo estava bem até aquele dia. Escondi bem minhas intensões. Fiz a maioria das coisas que meu pai desaprovaria na cidade. Ninguém tinha ideia do que eu estava fazendo. Era disso que eu precisava até assumir o cargo de Alfa. Então, nada mais importaria. Assim que ele passasse o título para mim, eu seria mais forte do que ele. Eu poderia matar meu pai, e ninguém mais seria capaz de me desafiar. Até então, eu tinha que saciar minhas necessidades onde ninguém veria. Depois que consegui meu tom Alfa, eu podia fazer coisas pequenas em casa e na escola, e não precisava me preocupar em ser pe
PONTO DE VISTA DE XAVIEREsperava que não houvesse vida após a morte. Fiquei profundamente decepcionado.Acordei no escuro, com pesos pressionando ao meu redor de todos os lados.Fazia sentido que eu fosse para o inferno depois do que fiz. Pensei que deveria ter fogo e enxofre. Talvez os lobisomens fossem para um inferno diferente, um lugar frio, úmido, escuro e pesado. Somos animais quentes e macios. Vivemos em matilhas. É o que precisamos. Aqui estava eu, com frio e sozinho com meus pensamentos. Era o que eu merecia. Nada para me distrair das coisas horríveis que fiz.Não conseguia nem me mover. A escuridão era pesada. Eu estava com frio até os ossos. Não conseguia distinguir o que era para cima do que era para baixo. Era como flutuar na vastidão do espaço, mas o vazio ao meu redor era firme e imóvel. Era uma sensação estranha. Eu me senti tonto, como se estivesse girando. Como você pode cair dentro de algo sólido?Não sei quanto tempo fiquei suspenso na escuridão fria. Comecei
— Vampiros! — Conri gritou em conexão mental para a equipe Delta, Alpha Ulric e Beta Walter.— Estamos chegando. — Todos disseram em conexão mental.Conri alertou os patrulheiros, mas disse para eles ficarem em seus postos e vigiarem caso vampiros atacassem de outras áreas.Os guardas da equipe Delta se aproximaram de Thea e das garotas.— Não, rapazes. — Thea disse em conexão mental. — Tem alguém que precisa de ajuda. Posso sentir.— Thea, estamos quase na fronteira. — Disse Alaric. — Seu colar está brilhando. Devíamos voltar. Pelo menos, esperar por reforços. — Está tudo bem. — Disse Thea. — Não há más intensões. — Thea se agachou, as garotas deslizaram de suas costas e ela voltou à sua forma humana. — Estou indo. — Disse Thea em voz alta.Caleb rosnou.— Venham comigo se quiserem. — Disse ela. — Meninas, fiquem atrás dos lobos. — Ela caminhou em direção ao chamado. — Estou aqui! — Thea gritou. — É Thea. Estou indo!Toda a matilha sentiu algo sobrenatural tentando cruzar a fronteira
Kai se transformou na sua forma humana assim que Alpha Ulric, Beta Walter, Alpha Sharpe e o resto da equipe Delta chegaram correndo em direção ao grupo em forma de lobo.— Por que isso importa? — Kai disse em voz alta.— Olhe para ele. — Disse Thea. — Está imundo, com sujeira nas unhas. Cavou para fora do seu túmulo, mas não há sangue nele. Ele não se alimentou. Ele é um vampiro recém-nascido e não se alimentou.Antes que alguém pudesse reagir, Thea cruzou a fronteira, saiu das terras da matilha e foi para fora da segurança da barreira. Ela se ajoelhou na frente de Xavier. Ele olhou para ela, esperançoso.Kai seguiu Thea e ficou ao lado dela, pronto para lutar. Caleb e Axel se moveram para trás de Xavier, prontos para atacar. Todos os outros se aproximaram, prontos para um embate.Xavier tirou sua camisa suja de terra e sangue e a ofereceu a Thea. Era a camisa que ele estava usando enquanto estava amarrado ao poste, com sangue que vazou dos buracos onde costumavam ficar seus caninos. E
Depois que Xavier foi trancado em uma cela de masmorra, Thea mandou a cozinha enviar qualquer sangue animal que eles tivessem. Ela passou o sangue pelas barras e colocou no chão da cela.— Beba, Xavier. — Disse Thea. — É sangue de porco.Xavier balançou a cabeça. — Eu só quero morrer. — Disse ele.— Acho que devemos dar a ele o que ele quer. — Disse Kai em conexão mental. Todos que estavam na floresta estavam na masmorra, observando.— Eu não vou deixar você morrer. — Disse Thea.— Então me deixe ir para que eu possa encontrar alguém que me mate. — Disse Xavier.— Não. Não vou deixar você ir até que não queira morrer.— Por quê? — Disse Xavier.— Porque você não é mais um monstro. — Disse Thea.— Sim, eu sou.— Você ainda quer machucar as pessoas? — Disse Thea.— Não, mas agora sou um vampiro, e vampiros são máquinas de matar.— Você matou alguém desde que se transformou? — Faz apenas um dia. — Disse Xavier.— A maioria dos vampiros recém-nascidos já teria se alimentado
— Nunca imaginei que teria essa conversa. — Disse Thea.— Parece sério. — Disse Alessia e colocou seu longo cabelo ruivo atrás da orelha.— Você sabe que Xavier morreu na quinta-feira passada depois que o pai dele arrancou seus caninos. — Disse Thea.— Sim. — Disse Alessia.— Bem, o que você não sabe é que fui até Brilho da Lua e o visitei antes de ele morrer. Eu estava com amnésia, e queria saber por que ele fez as coisas que fez, o porquê de ele ser do jeito que era. Usei meu Dom da Deusa nele. — Thea explicou o que ela encontrou e o que ela fez para consertar. — Eu sabia que ele estava morrendo, mas eu não podia deixar ele daquele jeito. Talvez tenha sido uma forma de praticar também. Ainda estou aprendendo sobre o dom, mas eu nunca tinha usado antes disso. Eu sabia que se eu errasse, não importaria porque ele estaria morto em breve.— Você está dizendo que ele era um psicopata porque ele tinha danos cerebrais? — Alessia disse.— Basicamente, sim. Depois que curei seu cérebro, ele d
— Quero muito fazer isso! — Disse Alessia. — Sinto que estou cumprindo um propósito ajudando os novos membros da matilha. Talvez porque eu seja uma, e estou muito feliz aqui. Quero que todos saibam que este é o melhor lugar. Sim, farei isso oficialmente. Mas você não precisa me pagar.— Quantas vezes você acorda à noite para ajudar alguém?Alessia balançou os ombros.— Exatamente. É um trabalho em tempo integral. — Disse Thea. — Você precisa ser compensada.— Está bem. — Disse Alessia.— Então, está bem. — Disse Thea, sorrindo. — Vamos fazer assim.Alessia sorriu.— Quero ter certeza de que você ainda se sinta segura aqui. — Disse Thea. — Há algo que eu possa fazer para que se sinta mais segura? Não quero prejudicar nosso relacionamento.— Está tudo bem, Luna. — Disse Alessia. — Me sinto segura aqui. Não sei se é seu Dom da Deusa ou se é só você, mas você foi capaz de ver todos nós, ômegas e escravos, como algo mais. Você nos deu a chance de ser outra coisa. Como eu poderia não retribu