O grupo começou a andar. Thea chegou perto de Alessia e tocou seu braço para ela andar mais devagar. Quando estavam atrás do grupo, Thea sussurrou para que apenas Alessia pudesse ouvir.— Aquela garota de Lua Crescente, você a reconhece?— Nunca vi nenhuma escrava ou ômega parecida com ela. — Alessia sussurrou de volta.— Tenho a sensação de que ela é uma espiã. — Disse Thea. — Sabe de algo?— Faria sentido. — O que acha que devemos fazer com ela?— Perguntar se ela quer desertar de verdade ou voltar de mãos vazias?Thea balançou a cabeça. Ela correu até a garota.— Ei, o que seu Alfa diria se soubesse que você estava desertando? — Thea disse a ela.— Ele provavelmente me mataria. — Ela disse.— Você tem família em Lua Crescente? — Thea disse.— Sim. — Por que você os deixou lá? — Eles queriam ficar. — Mas concordaram com você indo embora?— Acho que sim. — A garota disse, com seus braços se mexendo.— Qual é a patente dos seus pais? — Somos ômegas. Thea não precisava que Alessia
— Podemos dar uma volta? — Disse Arella.— Esperem um segundo. — Disse Thea para as meninas. Ela se virou para os refugiados. — Se acomodem. Vão para o treinamento da matilha. Nos vemos no jantar da matilha hoje à noite. Os refugiados concordaram.— Luna, Alfas, o Alpha Sharpe está nos portões. — Um dos guardas no portão os conectou mentalmente.— Mandem ele entrar. — Disse Alaric por conexão mental. — Pai, Alpha Sharpe está aqui. Nos encontra no Boticário? — Chego logo. — Disse Alpha Ulric por conexão mental.Thea se virou para as meninas.— Como foi a aula de leitura? — Disse Thea.— Gostei. — Disse Ophelia.— Nunca fizemos nada parecido. Tinha tantas pessoas. — Disse Cassandra.— O que vocês aprenderam? — Disse Thea.— Aprendemos a Canção do Alfabeto. — Disse Arella. — E como são as letras, e que sons elas fazem. — Tivemos que desenhar também. — Disse Cassandra.— Aprendemos a segurar um lápis. — Disse Ophelia. — Fizemos todas as letras.— Como vocês seguram um lápis? — Thea diss
PONTO DE VISTA DE XAVIERAquela vadia. Thea Lyall. A ruína da minha existência.Meu pai ficou no meu pé desde que o Alfa de New Dawn ligou para ele e contou o que eu fiz com Thea. Não importou que ela estivesse pedindo por aquilo. Ninguém deveria saber porque meu comando Alfa deveria ter funcionado com ela. Tinha algo errado com ela. Nenhuma mulher deveria ser capaz de resistir ao comando de um homem.Tudo estava bem até aquele dia. Escondi bem minhas intensões. Fiz a maioria das coisas que meu pai desaprovaria na cidade. Ninguém tinha ideia do que eu estava fazendo. Era disso que eu precisava até assumir o cargo de Alfa. Então, nada mais importaria. Assim que ele passasse o título para mim, eu seria mais forte do que ele. Eu poderia matar meu pai, e ninguém mais seria capaz de me desafiar. Até então, eu tinha que saciar minhas necessidades onde ninguém veria. Depois que consegui meu tom Alfa, eu podia fazer coisas pequenas em casa e na escola, e não precisava me preocupar em ser pe
PONTO DE VISTA DE XAVIEREsperava que não houvesse vida após a morte. Fiquei profundamente decepcionado.Acordei no escuro, com pesos pressionando ao meu redor de todos os lados.Fazia sentido que eu fosse para o inferno depois do que fiz. Pensei que deveria ter fogo e enxofre. Talvez os lobisomens fossem para um inferno diferente, um lugar frio, úmido, escuro e pesado. Somos animais quentes e macios. Vivemos em matilhas. É o que precisamos. Aqui estava eu, com frio e sozinho com meus pensamentos. Era o que eu merecia. Nada para me distrair das coisas horríveis que fiz.Não conseguia nem me mover. A escuridão era pesada. Eu estava com frio até os ossos. Não conseguia distinguir o que era para cima do que era para baixo. Era como flutuar na vastidão do espaço, mas o vazio ao meu redor era firme e imóvel. Era uma sensação estranha. Eu me senti tonto, como se estivesse girando. Como você pode cair dentro de algo sólido?Não sei quanto tempo fiquei suspenso na escuridão fria. Comecei
— Vampiros! — Conri gritou em conexão mental para a equipe Delta, Alpha Ulric e Beta Walter.— Estamos chegando. — Todos disseram em conexão mental.Conri alertou os patrulheiros, mas disse para eles ficarem em seus postos e vigiarem caso vampiros atacassem de outras áreas.Os guardas da equipe Delta se aproximaram de Thea e das garotas.— Não, rapazes. — Thea disse em conexão mental. — Tem alguém que precisa de ajuda. Posso sentir.— Thea, estamos quase na fronteira. — Disse Alaric. — Seu colar está brilhando. Devíamos voltar. Pelo menos, esperar por reforços. — Está tudo bem. — Disse Thea. — Não há más intensões. — Thea se agachou, as garotas deslizaram de suas costas e ela voltou à sua forma humana. — Estou indo. — Disse Thea em voz alta.Caleb rosnou.— Venham comigo se quiserem. — Disse ela. — Meninas, fiquem atrás dos lobos. — Ela caminhou em direção ao chamado. — Estou aqui! — Thea gritou. — É Thea. Estou indo!Toda a matilha sentiu algo sobrenatural tentando cruzar a fronteira
Kai se transformou na sua forma humana assim que Alpha Ulric, Beta Walter, Alpha Sharpe e o resto da equipe Delta chegaram correndo em direção ao grupo em forma de lobo.— Por que isso importa? — Kai disse em voz alta.— Olhe para ele. — Disse Thea. — Está imundo, com sujeira nas unhas. Cavou para fora do seu túmulo, mas não há sangue nele. Ele não se alimentou. Ele é um vampiro recém-nascido e não se alimentou.Antes que alguém pudesse reagir, Thea cruzou a fronteira, saiu das terras da matilha e foi para fora da segurança da barreira. Ela se ajoelhou na frente de Xavier. Ele olhou para ela, esperançoso.Kai seguiu Thea e ficou ao lado dela, pronto para lutar. Caleb e Axel se moveram para trás de Xavier, prontos para atacar. Todos os outros se aproximaram, prontos para um embate.Xavier tirou sua camisa suja de terra e sangue e a ofereceu a Thea. Era a camisa que ele estava usando enquanto estava amarrado ao poste, com sangue que vazou dos buracos onde costumavam ficar seus caninos. E
Eles sentiram o cheiro da excitação dela. Não havia dúvida de que os futuros Alfas sabiam que ela os queria, e isso era proibido.Thea, a filha do Beta, treinava todas as manhãs com os trigêmeos idênticos Alaric, Conri e Kai, os futuros Alfas da alcateia deles, Novo Amanhecer.Naquela manhã, Thea estava prestes a prender Kai quando Conri e Alaric agarraram seus braços por trás e a seguraram firme.— Vamos lá, Kai! — Disse Alaric. — Equilibramos a luta para você.— O que é isso? — Disse Thea. Ela tentou soltar os braços do aperto deles, seu rabo de cavalo de cabelos castanhos balançando de um lado para o outro.— Você não nos sentiu atrás de você? — perguntou Conri.— Eu pensei que vocês estavam observando, não tramando. — Ela continuou a lutar contra o aperto deles. — Não é justo. Os meninos ganham força e músculos quando entram na puberdade. As meninas ganham peitos. São inúteis!Os olhos azuis cristalinos de Kai foram para o peito dela e escureceram. — Eu não acho que peitos
Thea correu para a escola. Ela não podia correr o risco de encontrar os trigêmeos na casa da alcateia. Ela foi ao vestiário feminino para tomar um banho.O que havia de errado com ela? Ela nunca ficou excitada enquanto treinava antes. Ela sempre foi profissional. Ela guardava isso para o seu tempo a sós.Sim, os trigêmeos estavam ficando mais musculosos desde que entraram na puberdade, e agora podiam realmente prendê-la, e sim, ela secretamente gostava disso. O segredo era a palavra-chave. Ela queria que seus futuros Alfas ficassem mais poderosos. Ela também queria que eles estivessem em cima dela. Esse era o verdadeiro motivo pelo qual às vezes eles conseguiam prendê-la. Thea permitia. Eles não deveriam saber nada disso. Ninguém deveria.Ela deveria ser a próxima Beta, a Beta deles. Ela não podia complicar esse relacionamento bajulando-os. Uma Beta não podia estar apaixonada por seus Alfas. Ela nunca conseguiria a posição se agisse como uma cadelinha apaixonada ao redor deles ou se