Caminhando pela vila, Thor sentiu duas mãos pequenas cobrirem seus olhos.— Advinha quem é? — Uma voz doce e familiar o desafiou.Thor reconheceu imediatamente a voz como sendo de Sofie. Ele se virou para ela e viu um sorriso nos lábios dela.— Isso é para você! — Sofie entregou uma flor a Thor, uma lembrança simples, mas significativa.Thor aceitou a flor com gratidão, surpreso com o gesto gentil de Sofie.— A que devo esse presente tão bonito? — Thor perguntou, curioso.Sofie olhou nos olhos de Thor com seriedade.— Você me perdoou de verdade, pelo que fiz no dia do nosso casamento? — Ela perguntou, ansiosa por uma resposta sincera.Thor sorriu ternamente, tocado pela pergunta de Sofie.— Claro que sim, Sofie. Eu nunca menti para você. Lilith é parte do meu passado, e ele não voltará jamais.Então, Sofie fez uma pergunta que pegou Thor de surpresa.— Você se casaria comigo, Thor? Mesmo que fosse para salvar a minha vida?Thor ficou em silêncio por um momento, processando a pergunta.
Jane estava preocupada com a situação, especialmente após ver Anthony defender Zúria e depois sair correndo para procurá-la. Ela tinha esperanças de que, um dia, conseguiria ouvir de Anthony o que tanto desejava, mesmo que a vida os tivesse separado. Suas visões estavam confusas, mas ela acreditava que elas a guiariam no caminho certo.Gustave a abraçou e deu um beijo em seu pescoço, e Jane sorriu.— Você viu Félix? — Gustave perguntou.— Vi mais cedo, mas depois não o vi mais.— Ele tem andado estranho, Jane, parece distante o tempo todo!Jane refletiu por um momento.— Deve estar envergonhado por ter contado segredos que não diziam respeito a ele. Seja o que for, saberemos em breve. Félix é um grande fofoqueiro.Anthony estava contente por ver os jovens se unindo em matrimônio, cheios de sonhos e esperanças. Isso o fazia lembrar de muitas coisas do passado.— Fico feliz em ver Thor se unir a Sofie finalmente, ela é uma boa moça. — Ele disse, aproximando-se de Elizabeth, que estava s
Delilah sentia uma grande vontade de ficar sozinha com Allan e descobrir até onde iria esse sentimento que a fazia pensar nele o tempo todo. Ela propôs que eles morassem na cabana que pertencera à sua família, uma maneira de manter as memórias de seus pais vivas e de seguir em frente. Era também uma forma de dar continuidade à sua família através dos netos que esperava ter um dia.— E então, vamos para casa? — Delilah convidou, entrelaçando seus dedos aos de Allan. O padre observava-os de longe, consciente de que eram o casal mais improvável daquele decreto.— Quer mesmo ir para casa agora, Delilah? — Allan perguntou, engolindo em seco.— Quero sim Allan. Preciso descansar um pouco. Dançamos bastante e a bebida já acabou. Além disso, a noite está prestes a começar.— Eu só quero falar com Sandra e o padre antes de irmos. Preciso agradecê-los por tudo.— Claro, e eu vou agradecer a Jane e Gustave também. — Delilah concordou, sorrindo para Allan.Allan sentia uma profunda gratidão por tu
A cada dia que passava Dana sentia mais vontade de acabar com tudo e deixar de ser amante de Zayon, se perguntava por que Lilith não regressava e tomava de uma vez seu lugar de rainha. Assim, Sue e ela manteriam Zayon longe de ambas!Ela parou, se lavou querendo arrancar a própria pele até ouvir uma voz a lhe clamar:— Pare Dana! Vai se ferir!— É isso que eu quero Sue, prefiro morrer do que seguir levando esse inferno de vida. Hellen teve sorte de ter sido purificada pelo fogo… é preferível isso do que continuar nesse tormento!Sue correu e a abraçou, choraram juntas naquele esconderijo imundo onde foram jogadas por Zayon. Já não importariam as consequências, fugirão dali custe o que custar.Na cabana de ZúriaDaniel rabiscava o chão, deixou aquele desenho e correu para se deitar. Zúria foi ver do que se tratava o desenho, era um menino de mãos dadas com duas pessoas a quem ela deduziu ser pai e mãe.— Daniel está começando a sentir amor por eles, não posso crer que depois de tudo… v
Radesh e Zayon voltam para o castelo, o súdito entrega Sue e revela que Dana fugiu.— Prenda essa idiota com os outros na masmorra, espero que a devorem até não sobrar nada! — Zayon deu a ordem e foi se trancar em seu quarto, precisava pensar e para isso tinha que estar sozinho. Radesh também estava assustado com a ideia de Lion ainda estar vivo e vivendo entre os humanos.Radesh estava profundamente preocupado com a situação. Ele acreditava que Lion havia sido totalmente corrompido pelos prisioneiros que ele costumava odiar. A entrada de Eugênia em Sangria tinha sido um desastre, rompendo o acordo e deixando-os sem os soldados das sombras que tanto precisavam. Agora, estavam enfrentando os desafios trazidos por essa guerra imprevista e afrontando os prisioneiros de maneira inesperada.Jane estava imersa em seus estudos de magia, buscando respostas para suas visões e premonições. A quietude que pairava sobre a casa desde o casamento de Delilah a fazia sentir-se solitária. Quando ouviu
Enquanto isso…Sue, seguia presa com as demais criaturas na masmorra. Eles se recusaram a se alimentar dela e aos poucos quando os mais fracos morriam, a única alternativa era comer. Ela resistia bravamente a fome e ao sofrimento, Zayon se negava a lhe dar o perdão e tirá-la desse sofrimento. As areias do tempo corriam contra ele, acreditava que em breve Lion retomaria o poder e era justamente isso que ele estava se organizando com Anthony, Gustavo e Jane para tentar retomar Sangria.— Isso seria loucura, ainda mais com a maioria das mulheres grávidas! Eu sabia que esse decreto era a maior estupidez desse mundo.— Chega de ficar na defensiva, está na hora de revidar. Eles estão fracos, são poucos… sabem que se soltarem seus prisioneiros eles se juntarão a nós. São apenas quatro Lycans, Radesh o rato de confiança e Zayon! Basta que sejamos inteligentes. — Jane os encorajou.— Considerando a ideia de atacarmos, quando e como faríamos isso? — Gustave perguntou.— Dando a eles um presente
Dana vivia escondida em uma caverna, uma situação terrível, mas ainda preferível a viver sob o domínio de Zayon em Sangria. Para sobreviver, ela se dedicava à caça de animais e frequentemente se escondia nas proximidades da vila, perambulando furtivamente pelas árvores.Em um desses momentos, enquanto estava escondida nas árvores, observou um jovem casal. Eles pareciam felizes e brincavam juntos. Ao vê-los, Dana sentiu uma intensa vontade de ser como eles, de ter uma vida apesar dos perigos que a cercavam. Sonhava secretamente em recuperar sua humanidade e poder levar uma vida mais feliz. Nesse momento, encontrou refúgio em uma casa construída nas árvores, escondida da vista de todos.Sofie e Thor estavam correndo pela floresta em direção à sua casa na árvore. Enquanto observavam a cabana, Thor propôs subir para se lembrar da sua lua de mel.— Vamos subir um instante? Quero me lembrar da nossa lua de mel. — Thor disse, olhando para a casa da árvore.Sofie respondeu com um sorriso.— V
As mudanças estavam ocorrendo, especialmente no que dizia respeito ao relacionamento de Lion com Eugênia. Enquanto a conversa sobre Dana e seu papel na vila prosseguia, eles ouviam atentamente.— Ela ficará na igreja, no lugar de Allan… a igreja do padre se tornou um tipo de purgatório para onde famintos e lobisomens vão para descobrir se realmente podem coexistir conosco! — Thor sugeriu.— Sim, até que chegue a hora de colocar o plano em prática. Antes disso, ela não saberá de nada… apenas por precaução. — Anthony acrescentou, e Sofie acompanhou Dana até a igreja.Dana estava desconfortável na igreja, mas o padre a apresentou a Sandra, que também fugira de Sangria. Sandra fez questão de deixar clara a diferença entre suas posições na antiga sociedade.— Essa é Sandra, ela vivia como você em Sangria e era uma faminta! — O padre apresentou-as.Dana respondeu prontamente:— Não, padre, eu não vivia como ela. Dana se deitava em ouro junto a Lion, enquanto eu e os outros comíamos carne un