Delilah pensou que devia ter acreditado nas forças do oculto, nada disso trouxe Walter e ainda fez mal a Eugênia e Elizabeth que era como uma tia. Arrependida, Delilah chegou a pensar que o melhor era ter morrido com seus pais, pensou não haver lugar para ela na vila, ninguém se importaria e achava até que gostariam se ela desaparecesse.Deus, no que estou pensando? Mas, será que seria tão difícil assim tirar minha própria vida? Existe alguma maneira indolor de fazer algo assim? — Disse ela, entristecida. — Não, preciso limpar minha mente e me esquecer do que consegui fazer. Matar animais para saciar a fome do mal, espero que Deus algum dia possa me perdoar por isso. Farei o que Gustave me mandou, vou orar todos os dias até tirar da minha cabeça esses pensamentos horríveis de suicídio e talvez até, com eles, o amor por Walter possa ir embora de dentro de mim!Um vento gelado invadiu o quarto de repente, ela se embrulhou e tentou adormecer pelo menos um pouco. Acordou e já estava à noi
As horas passaram lentamente enquanto Elizabeth e as outras mulheres permaneceram do lado de fora da igreja, orando fervorosamente pela libertação de Delilah. O sol, encoberto por nuvens sombrias, adicionou uma sensação de apreensão ao ambiente.Dentro da igreja, a atmosfera estava tensa. Padre Van Marx, Allan, Gustave, Thor e Lion reuniram-se em volta de Delilah, que estava claramente possuída por uma entidade maligna. As portas foram fechadas para evitar interferências externas durante o exorcismo.— Precisamos orar! — Anthony exclamou, enquanto todos dentro da igreja se preparavam para a difícil tarefa que tinham pela frente. O relógio marcava 16:20, mas a escuridão das nuvens parecia anunciar um confronto espiritual ainda mais sombrio. Elizabeth temia pela alma de Delilah e esperava que a luz da fé prevalecesse sobre as trevas que a envolviam.Padre Van Marx se preparou para o desafio de realizar seu primeiro exorcismo. Vestido com seu amito e estola, ele rezou a Deus pedindo forç
Ainda sentindo seu corpo estranho, Delilah percebe que Sandra lhe disse que, há poucos minutos, era o receptáculo de um demônio e que o padre realizou um exorcismo. Isso explica o medo e a sensação de estar sendo observada o tempo todo desde que começou a fazer magia negra contra Eugênia. Delilah decide se banhar, sente uma dor entre as pernas e não tem certeza do que conseguiu fazer enquanto seu corpo estava tomado, lembrando-se de poucas coisas como se tivessem sido outro dos seus pesadelos.Havia sangue, mas Delilah sabia que era normal, já que menstruou há uma semana, e alguns alimentos a faziam ter alguns escapes de sangue, não era sempre. Mas vês ou outra acontecia. Delilah se seca e faz uma oração silenciosa, decidindo que não pode mais fraquejar na fé, pois o mal se mostrou forte e poderoso demais para que algum dia ela ainda possa brincar com ele.Ao sair do banheiro, Delilah percebe que Sandra havia preparado comida para ela.— Nem sei como agradecer por tudo que você tem fe
Lilith estava satisfeita por ver Zayon pedindo sua ajuda. Ela sabia que essa era a oportunidade perfeita para se infiltrar na vila e assegurar que todas as mulheres fossem mortas. Zayon subestimava sua inteligência, mas Lilith estava determinada a não perder seu lugar no trono para ninguém, especialmente para Eugênia ou qualquer outra mulher humana.Ela reconhecia o poder das mulheres em dar à luz, mas estava determinada a impedir que isso acontecesse. Lilith tinha planos sombrios para a vila e para Zayon. Ela aguardava ansiosamente o momento em que Thor a levaria de volta à vila, esperando que ele continuasse sendo o tolo de sempre e a levasse para lá.[...]Thor estava ansioso para começar uma nova vida ao lado de Sofie e deixar para trás todas as dores e os erros do passado. Ele sabia que não podia continuar sendo prisioneiro de suas ações anteriores. Thor estava determinado a se tornar um homem forte e seguir em frente, buscando ser como seu pai, onde quer que ele estivesse e quem
Elizabeth estava radiante com o casamento de seu filho mais velho. Era um sonho realizado vê-lo encontrar o amor e construir uma família com Sofie. Ela parou em frente a ele e cuidadosamente ajeitou sua camisa, enquanto lágrimas de felicidade escapavam de seus olhos.— Mãe, por favor, hoje é um dia de alegria. — Thor gentilmente secou as lágrimas dela.— É que eu me sinto orgulhosa de te ver construir a sua vida, desejo que você tenha toda a felicidade do mundo. — Elizabeth expressou seus sentimentos com um sorriso emocionado.Anthony sentia amor por Thor, e apesar de seu enteado não acreditar, ele estava feliz em vê-lo se unindo a uma boa moça como Sofie. Desejava profundamente que Thor fosse amado e que pudesse construir uma família no alicerce do amor, mesmo que ele próprio se sentisse um usurpador como pai, sabendo que Thor o odiava.Na igreja, Anthony estava ao lado de Elizabeth, pronta e deslumbrante como sempre. Apesar da complicada dinâmica com Thor, ele estava ali para apoiar
Anthony estava em uma luta interna consigo mesmo enquanto percorria os corredores da vila. Seus pensamentos estavam tumultuados, e o conflito em seu coração era evidente. Ele sabia que não podia ceder às tentações, mesmo que a sedução de Sandra fosse irresistível.Decidido a enfrentar seus próprios demônios, ele se dirigiu à casa de Sandra com um objetivo claro em mente. Precisava ter uma conversa séria com ela, deixando claro que não podia continuar com aquele relacionamento secreto que estava destruindo sua vida e seu casamento com Elizabeth. Anthony estava disposto a lutar contra seus próprios desejos e buscar uma maneira de se salvar da armadilha que ele mesmo havia criado.Thor estava deitado em sua cama, incapaz de encontrar o sono, atormentado por seus pensamentos e sentimentos conflitantes. A recusa de Sofie em se casar com ele havia sido um golpe devastador em seu coração, e ele não conseguia compreender totalmente os motivos por trás da decisão dela.As lembranças do passado
Zayon estava repleto de preocupações, questionando se Lilith teria sido bem-sucedida em sua missão de infiltrar alguém na vila ou em enganar Thor para obter informações cruciais. A seu pedido, ele havia ordenado que Sue e Dana fossem enviadas para um local distante em Sangria, afastando-as do castelo, mas mantendo a possibilidade de visitá-las quando bem desejasse.Radesh, seu leal subordinado, quebrou o silêncio que envolvia Zayon com sua preocupação.— Não sei mais o que fazer com aqueles transformados, senhor — declarou Radesh, buscando orientação.— O que houve desta vez? — indagou Zayon, demonstrando interesse.— O de sempre. Já os torturamos, cortamos os dedos, açoitamos... Mas eles persistem em se recusar a se curvar e a servi-lo. Acredito que devemos eliminá-los de uma vez por todas, queimá-los.— De jeito nenhum. Eles servirão de uma forma ou de outra, Radesh.— O problema em manter o animal enjaulado é que sua raiva só aumenta a cada dia, meu amo! — argumentou Radesh, preocu
Aquele encontro casual na floresta permanecia fresco na mente de Félix, e ele não conseguia tirar aquela mulher de seus pensamentos. Cada detalhe, desde seus lábios até sua pele macia, continuava a atormentá-lo. No entanto, ele não entendia por que ela se recusava a se juntar a eles ou permitir que ele falasse dela para os outros na vila. Mas, enquanto ela estivesse disposta a lhe dar o que ele queria, Félix não se importava em manter esse segredo.Seus devaneios foram interrompidos por Anthony, que o trouxe de volta à realidade.— Assim você não vai pegar nada! — Anthony sorriu enquanto observava Félix puxar sua linha da água, revelando que não havia peixe algum.— Já pensou no que vai fazer quanto a Sandra? Não faça essa cara de surpresa. Todos na vila notam como ela olha para você. Chega um momento na vida em que um homem precisa aproveitar a chance que tem.Félix ponderou a pergunta de Anthony antes de responder.— Sandra é uma boa mulher, e o que ela é sem a magia de Jane não me