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05 - Greta Leblanc

Greta Leblanc

Havia um misto de felicidade e ainda sentia o corpo quente que estava em cima do meu. Ísis estava radiante e mesmo que houve várias dúvidas rondando a nossa cabeça nesse momento, sabia que Vandon e Thalan estavam tranquilos. Fungo e sinto quando a sua cabeça sai de cima do meu corpo.

O lobo avermelhado parecia estar sorrindo em minha direção e vejo a sua língua enorme lambendo o meu focinho, o que deixa Ísis em um estado de êxtase e não posso negar que fiquei da mesma forma que ela naquele momento. Estava tão relaxada que sentia o meu corpo voltando para a sua forma humana. Sorrio para Vandon e vejo os espasmos trazendo Thalan para mim.

— Oi? — Digo envergonhada.

— Boa tarde! — Thalan diz e me puxa para dentro de seus braços.

Assim que ele fala me assusto, não havia percebido o tempo que passamos aqui na sua toca, tento levantar e o ouço quando começa a rir, aos poucos vou relaxando ao seu lado. Não deveria estar aqui…

— Seu rosto fica linda quando está nervosa e com as preocupações rodeando sua cabeça! — Ele afirma.

Tento negar, mas Thalan ergue a sua mão e retira uma mecha de cabelos que estavam caídos pelo meu rosto. Posso sentir o quanto ele estava tranquilo o que foi me relaxando o suficiente para que ele se sentasse a minha frente. Como a boba apaixonada que sempre fui começo a admirar o seu corpo. 

“Ele é lindo!”

Nossa alcateia foge das regras na maioria das alcateias seguem. Não somos obrigados a uma cerimônia de acasalamento na frente de todos, o que acontece entre um par de lobos fica de mútuo acordo entre eles e o Alfa da alcateia.

Talvez por saber que Thalan é o próximo a liderar a nossa alcateia me sinto confiante com o que acabou de acontecer entre a gente, assim com os sentimentos que sinto por ele parecer recíproco.

— Quer se alimentar um pouco ou prefere conversar? — Thalan me pergunta e sigo o seu olhar.

Vejo uma bandeja de comida que tinha ali perto da grande cama e fico indecisa sobre o que ele pergunto, estou sentindo fome, mas o desejo de saber o que acontecerá a partir de agora é diferente.

Volto a olhar para ele e posso ver o seu rosto o conforto de algo que deve estar imaginando, não faço ideia do que esse homem e seu lobo tem em mente para mim, mas pelo visto, eles tem algo planejado ou pelo menos uma leve ideia de algo.

— Prefiro conversar, quero entender o que acabou de acontecer aqui entre a gente… — Digo e o vejo rir

Thalan é um homem lindo, com a sua pele em um moreno e com os seus olhos sedutores, quase consegue fazer com que o desejo e o tesão que sinto faça esquecer a necessidade de conversar, para apenas ficar olhando para o seu corpo lindo. Para todos os músculos que ele exibe com tanto gosto.

Suspiro ao apertar as minhas coxas para controlar o desejo de sentar nele assim que observo a sua ereção começando a inchar.

— Se continuar a me olhar assim não vamos conseguir conversar… — Ele diz com um sorrisinho de lado.

Reviro os olhos tentando controlar a minha excitação, mas me surpreendo e acabo rindo quando ele me puxa para um beijo, passo os braços por seu pescoço e deixo que ele me conduza novamente para ao lugar de prazer. Relaxo contra o seu corpo quando sinto as costas tocando na coberta e lá estávamos deitados outra vez.

— O que aconteceu? — Pergunto de uma vez, assim que ele afasta seus lábios do meu.

Via em seu rosto que ele estava tranquilo e de certa forma parecia tranquilo com o que acabamos de fazer, mas ainda há algo dentro de mim, que estava agitado como se houvesse uma preocupação que é necessário ser observado com atenção.

— Aconteceu que escolho você para ser a minha companheira e lutarei para meu pai aceitar o que aconteceu entre a gente! — Ele fala com tanta ênfase que acabo desconfiando.

Conheço nosso pai tão bem quanto o seu próprio filho, sei muito bem que Thalan deveria estar na reunião do conselho que deveria estar acontecendo hoje. E não aqui comigo. O que faz a minha confiança nele diminuir só um pouquinho.

Me aconchego em seus braços, sentindo a sua mão subindo e descendo pela pele do meu braço, enquanto brinco com os pelos ruivos do seu peito. Sei que há muito o que se pensar e sei também a importância de Thalan para a alcateia.

— Mas e se não for aceito, nem por nosso pai ou pelos anciões? — Minha pergunta faz com que ele comprima os lábios.

Observo-o me dando um lindo sorriso e me apertando contra o seu peito quente. Suspiro ainda sentindo as incertezas sobre como será sua conversa com nosso pai Hazel. Talvez ele não se importe, mas aqueles anciões…

— Não acredito que eles serão contra o que aconteceu hoje entre mim e você estamos falando sobre a minha vida e escolha! — Noto o timbre da sua voz ficando diferente.

O que Thalan não está considerando que não sou uma loba comum, dentro de mim há algo que é um mistério para todos. Eu posso sentir que não sou um lobo ômega o que seria a parceira perfeita para Thalan, há dentro de mim o desejo pelo comando, o prazer em ter lobos aguardando minhas ordens. Talvez se descobríssemos sobre a minha linhagem poderia saber porque desejo tanto liderar. 

— Não tenho essa mesma confiança Thalan. — Falo voltando os pensamentos para a nossa conversa.

Mantenho os meus olhos cravados nos dele, ouvindo a minha loba rosnando em minha cabeça, dizendo que devo confiar nas promessas que ele está fazendo nesse momento. Mas o meu racional humano sabe o quanto é arriscado confiar completamente agora nele, sem ter conversado antes com nosso pai Hazel.

Ficamos por várias horas ali conversando, vimos amanhecer conversando sobre como Thalan conversaria com o nosso pai para oficializar o nosso compromisso e mesmo nenhum dos dois querendo dormir nos rendemos ao cansaço e me aninho em seus braços para dormir sentindo o seu carinho. 

Não demora muito e acordo com o barulho incessante do telefone de Thalan que estava próximo a minha cabeça. Thalan me puxou para mais perto decidido em não atender a chamada. Sorrio quando os seus lábios grudam nos meus e em um movimento rápido ele já estava entre as minhas pernas.

Ofego ao sentir uma leve dor quando a sua ereção entrar sem pedir permissão, deslizo as mãos por seu peito, sentindo os movimentos lentos e cuidadosos que Thalan está fazendo. Passo minhas pernas por sua cintura e aproveito tudo o que ele está me entregando.

Fechos os olhos com prazer, começava a sentir o meu corpo se preparando para explodir em um orgasmo intenso. Mal conseguia abrir os olhos rendida aos diversos toques de Thalan. Sorria ao sentir a sua língua passeando por meus seios. Ergo a mão para tocar em seu rosto e a sensação dos pelos de sua barba, causam um formigamento por todo o meu corpo.

Elevo o meu quadril ao seu encontro e tento controlar o desejo de ter um novo orgasmo, mas o homem com um sorriso convencido em cima de mim deixa claro que deseja sentir a explosão que necessita ser liberado.

— Isso amor, goze para mim, me molhe… — Ele pede sussurrando e dando leves mordidas em meu ombro.

— Thalan, é intenso demais… — Digo sentindo os espasmos controlando as minhas pernas.

Ainda estava desnorteada quando o telefone dele volta a tocar, abro os olhos e olho na direção do aparelho em cima do móvel ao lado da cama.

— Só depois de deixá-la saciada! — Ele diz puxando o meu queixo em sua direção.

Sorrio e o seu beijo consegue fazer com que esqueça o toque inconveniente que tocava próximo de nossas cabeças. Quando ele se afasta para recuperarmos o ar, vejo o seu rosto retorcido com o prazer que sentia. Seus lábios estavam abertos e seus movimentos se tornaram ainda mais rápidos e pude sentir os jatos do seu gozo me preenchendo.

Sorrio e passo a mão pela lateral do seu rosto, secando o suor que escorria pela sua pele avermelhada, tão linda que me deixava desejosa por mais uma rodada.

— Foi mara… — Fui interrompida com o toque do telefone.

— Preciso atender, prometo que assim que desligar serei seu novamente. — Ele diz com um sorriso.

Ainda conectados pelo nó que nos unia, Thalan ergue a mão e alcança o aparelho e atende sem ver quem ligava.

— Thalan Roux! — Ele diz e beija os meus lábios cuidando para não deixar o seu corpo pesar sobre o meu. — Desculpa pai, estou na minha toca estava…

Fico atenta a conversa que parecia, ser bem mais urgente do que imaginava, Thalan mantém os olhos fixos nos meus e tento não ouvir o que nosso pai dizia do outro lado da linha.

“Preciso que venha com urgência, acabamos de receber uma ameaça de guerra, pare o que está fazendo e venha para a sede agora mesmo”

— Tudo bem, em poucos minutos estarei aí! — Thalan diz e o vejo desligando o aparelho e o jogando sobre a cama.

Começo a relaxar minha musculatura para deixar que ele se erga da cama, na ligação nosso pai parecia estar aflito e preocupado, se ele chamou Thalan a essa hora o assunto é sério.

— Se acalme, o seu corpo não vai me largar se estiver preocupada e com pensamentos criando vários cenários de risco! — Ele diz com uma risada.

— Estou calma! — Digo irritada.

O vejo estreitar olhos como se estivesse me desmentindo e esperando que realmente me acalmasse. Reviro os olhos e o vejo rir, Thalan esfrega a ponta de seu nariz em meu pescoço começando a me relaxar de verdade.

— Seu corpo é maravilhoso e mais tarde terei ainda mais dele aqui em nossa toca, em nossa cama! — Ele afirma sugando o lóbulo da minha orelha.

Não demora muito o seu nó se desfaz dentro de mim e o deixa livre para se erguer da cama e ir se arrumar para ir em direção ao centro da cidade para se encontrar com nosso pai.

— Quer vir comigo? — Ele pergunta e sinto o sono se aproximando.

— Talvez seja melhor ficar aqui, a conversa deve ser sobre a formação de um conselho de guerra, não é bom ser vista por lá nesse momento. — Digo sendo realista.

— Tudo bem, então descanse que quando voltar trago o nosso almoço! — Ele diz antes de sair da cama.

Fecho os olhos e sinto o cansaço me tomar, me tragando para um sono tranquilo, onde via o bosque ao nosso redor em tons mais alaranjados, como se as árvores estivem passando pela troca das folhagens. Consigo ouvir os uivos de vários lobinhos e o de Thalan no fundo do bosque, enquanto corria para salvar alguém que precisava de mim.

— Durma meu amor… — A voz estava distante e não tenho forças suficiente para sair daquele momento.

Continuo correndo nas margens do lago, vendo a nossa deusa Selene, sua luz não estava como das outras é como se ela naquele momento estivesse se apagando para mim, escondendo a sua graça e me deixando sozinha…

“Perigo, acorde”

Ísis me acorda e posso sentir o pânico sobre a minha pele…

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