Nas profundezas dos escombros do castelo de Luminari, uma cela escura abrigava um dos seres mais malévolos já conhecidos: Herlon, o Senhor das Trevas. A escuridão era tão densa que parecia ter uma consistência própria, sufocando qualquer esperança ou luz que ousasse tentar penetrar naquele ambiente. Herlon, com seus olhos brilhando em um vermelho infernal, estava em uma espécie de transe, sua mente enviando ondas de energia negra para além das barreiras da cela, tentando atrair mais seguidores das trevas para libertá-lo.Herlon nunca dormia. Sua existência era um ciclo interminável de malícia e crueldade, e naquele momento, ele estava focado em um novo plano. Ele imaginava como seria estar livre novamente, trazer de volta o caos e o sofrimento para a terra. Ele destruiria tudo e todos, consumindo cada ser mágico ou não com sua escuridão. Contudo, para seus seguidores, ele prometia poder e glória, manipulando-os com falsas promessas para atingir seus próprios objetivos.Severus, um dos
Vanessa entrou no escritório com um sorriso caloroso, cumprimentando a todos na sala. "Luke, acho que deixei meu brinco cair aqui ontem à noite," disse ela, lançando um olhar casual ao redor do local. Seus olhos percorriam rapidamente a sala, avaliando a disposição dos móveis e a presença dos demais.Luke, distraído com papéis em sua mesa, respondeu sem levantar os olhos: "Pode procurar, Vanessa."Santos, que estava na recepção com Luke e Trevan, estreitou os olhos ao ouvir isso. Se Hellen tinha suas reservas sobre Vanessa, ele também não tinha razões para confiar nela. Santos observava cada movimento de Vanessa com desconfiança, sua intuição alertando-o de que algo estava fora do comum. "E o que ela estava fazendo em seu escritório?" perguntou ele a Luke com um tom de suspeita.Luke esfregou a testa, tentando se lembrar. "Acho que foi durante a reunião de ontem," murmurou ele, mais para si mesmo do que para responder a Santos.Trevan, que observava a interação, interveio com uma obse
Hellen finalmente chegou ao escritório, sentindo o peso das últimas discussões e do ambiente tenso que cercava a alcatéia. Ela evitou olhar diretamente para Luke, decidida a não começar mais uma briga. Seus olhos procuraram rapidamente por Glória, que estava arrumando alguns papéis na mesa ao lado."Glória, vamos visitar o centro de ômegas e a creche hoje. Preciso de uma distração," disse Hellen, tentando soar mais animada do que realmente estava.Glória olhou para Hellen com preocupação, mas assentiu, percebendo que a amiga precisava de algum tempo longe de tudo aquilo:"Claro, Hellen. Vamos, será bom para você se distrair um pouco."Enquanto Hellen e Glória saíam do escritório, Luke estava completamente absorto em sua própria batalha. Ele nem sequer notou o casaco diferente pendurado em sua cadeira, um detalhe que poderia ter desencadeado mais um conflito com Hellen. Seu foco estava em uma tela cheia de rostos de alfas de todo o mundo, discutindo estratégias e preparando-se para o p
O dia passou sem que Hellen se aproximasse de Luke, e ele, embora desejasse resolver a situação, passou quase toda a tarde fora, checando as fronteiras. O trabalho de patrulha e supervisão exigia sua atenção, e ele sabia que a segurança de todos dependia de sua vigilância constante. Enquanto isso, Edgar permanecia no escritório, coordenando as comunicações com os clãs vampíricos e as matilhas de lobos.Em um momento de distração geral, Vanessa, sem que ninguém a notasse, esgueirou-se para dentro do escritório de Luke. Ela pegou de volta sua jaqueta, agora impregnada com o cheiro dele. Com um sorriso satisfeito, tocou o lenço que estava usando no pescoço, lembrando-se das marcas da noite anterior com Logan. Aquela noite seria crucial, e Logan a ajudaria a alcançar seus objetivos durante o jantar.Naquela noite, o Conselho da Aliança, assim como os conselhos dos lobos e vampiros, jantariam juntos para discutir assuntos de segurança. Luke, enquanto patrulhava as fronteiras, não conseguia
Hellen olhou para Vanessa com olhos flamejantes de raiva:"E posso saber por que esta jaqueta está impregnada com o cheiro do meu companheiro?" perguntou, sua voz carregada de uma fúria que parecia prestes a explodir.Vanessa, sempre teatral, levou a mão ao lenço em seu pescoço. O gesto foi o suficiente para Hellen avançar rapidamente e arrancar o lenço sem hesitação. O que Hellen viu a fez estremecer de ódio: o pescoço de Vanessa estava marcado com chupões e arranhões, evidências claras de uma noite intensa.Antes que Glória pudesse intervir, Hellen agarrou Vanessa pelos cabelos, puxando-a com força. Vanessa, surpreendida pela força de Hellen, tentou resistir, mas a força era avassaladora. Os olhos de Hellen brilhavam em um vermelho profundo, emanando uma aura de poder que fazia tudo ao seu redor tremer. Vanessa sentiu como se o próprio chão estivesse se desfazendo sob seus pés e, pela primeira vez, seu joguinho parecia estar escapando de seu controle.Vanessa começou a se arrepender
Vanessa, sentindo a pressão aumentar, tentou mais uma vez se soltar:"Por favor, Hellen! Eu juro que não fiz nada com ele!"Hellen apertou os lábios, sua mente um turbilhão de emoções conflitantes. Parte dela queria acreditar nas palavras de Vanessa, mas a outra parte, a parte dominada pela fúria, se recusava a ceder:"Então explique essas marcas!" ela exigiu, sua voz carregada de desespero e raiva.Vanessa soluçou, incapaz de formular uma resposta coerente. Ela olhou para os outros presentes, buscando ajuda, mas encontrou apenas olhares de horror e medo."Hellen, pare!" gritou Glória novamente, sua voz desesperada. "Você vai matá-la!"Mas Hellen não conseguia ouvir. Ela estava perdida em um mar de emoções, uma tempestade de raiva que a consumia por completo. A aura vermelha ao seu redor brilhava com uma intensidade assustadora, como se o próprio poder da Lua de Sangue estivesse sendo canalizado através dela.Luke, determinado a não desistir, se levantou com a ajuda de Edgar:"Precisa
Luke ficou parado, a fúria ardendo em seus olhos enquanto confrontava Vanessa com uma pergunta carregada de suspeitas:“E posso saber como sua jaqueta tinha meu cheiro?” A sala estava tensa, todos os olhares fixos na interação.Vanessa, cujo coração batia freneticamente, sabia que qualquer erro poderia expor suas verdadeiras intenções. Mantendo a compostura, ela respondeu com a voz ainda embargada por lágrimas forjadas:“Eu esqueci ela no seu escritório quando fui procurar o brinco. Depois, voltei e peguei. Se ela tivesse me deixado explicar, teria dito isso a ela.”Um ancião, respeitado tanto entre os lobos quanto entre os vampiros, não conseguiu se conter e murmurou em desaprovação:“Ela é um perigo para si mesma e para todos nós.” Suas palavras aumentaram a tensão no ambiente.Luke, cujos olhos brilhavam um vermelho intenso de raiva, respondeu com um rosnado ameaçador:“Não se esqueça de que está falando da sua luna, velho.” O tom autoritário de sua voz deixava claro que ele não to
No coração da Itália, em uma série de noites misteriosas e silenciosas, um movimento incomum começou a tomar forma. Clãs inteiros de vampiros, que há séculos viviam discretamente entre os humanos, começaram a organizar suas mudanças. De norte a sul, de Veneza a Roma, os vampiros fechavam suas casas, mansões luxuosas e casas de campo isoladas. As cidades tranquilas que habitavam estavam começando a se perguntar sobre o que causou essa súbita partida em massa de seus residentes noturnos, tão discretos e enigmáticos.Os humanos especulavam em murmúrios nervosos, enquanto observavam ruas vazias e casas fechadas, tentando entender por que tantos indivíduos deixaram suas vidas para trás de uma só vez. As teorias variavam desde uma crise econômica até rumores de uma epidemia repentina, mas a verdade era muito mais obscura e sobrenatural.Os vampiros estavam obedecendo a um chamado antigo e poderoso. O Rei Vampiro Edgar, uma figura lendária entre seu povo, havia convocado todos os clãs para s