Hellen começou a chorar, seu corpo tremendo com a força de suas emoções. Luke, sem pensar duas vezes, soltou um palavrão e a puxou para um abraço apertado. Ela se aninhou contra ele, sentindo a segurança e o conforto que só seu companheiro poderia oferecer."Dilan contou a verdadeira história da minha mãe", Hellen desabafou entre soluços. "Ele me disse que... que meu pai verdadeiro foi responsável pela morte dela e de muitos outros lobos inocentes."Luke a manteve em seus braços, segurando-a firme enquanto ela chorava. Ele não disse nada, apenas a segurou, deixando que suas lágrimas molhassem sua camisa. Sentia a dor dela como se fosse sua, o vínculo entre eles tornando cada lágrima uma punhalada em seu próprio coração."Eu não sabia o que fazer", continuou Hellen. "Não sabia como lidar com tudo isso. A ideia de que Dilan não é meu pai e que meu verdadeiro pai é... é o culpado por tanta dor. Eu só queria fugir, me esconder de tudo."Luke acariciou seu cabelo suavemente, seus dedos tra
Enquanto isso, em outro ponto da floresta, Severus corria freneticamente, tentando encontrar a trilha de Hellen antes que fosse tarde demais. Sua mente estava um turbilhão de pensamentos e emoções, cada passo ecoando sua frustração crescente. Subitamente, ele parou, sentindo uma presença gelada e opressora à sua frente.O Sacerdote Negro estava ali, parado com sua figura imponente envolta em uma aura de trevas tão densas que pareciam absorver a própria luz da lua. Seus olhos brilhavam com uma malevolência fria, fixados em Severus com uma intensidade que fez seu sangue gelar."Seu imprestável, o que pensa que está fazendo aqui?" A voz do Sacerdote Negro era baixa, um sussurro mortal que reverberava na mente de Severus como um trovão distante.Severus sentiu as trevas se fechando ao seu redor, esmagando-o com uma força opressiva. Ele tentou invocar suas próprias trevas para se defender, mas era como tentar apagar um incêndio com um balde de água. A força do Sacerdote Negro era avassalad
Antes que Ravena pudesse sair completamente da floresta, o Sacerdote Negro ergueu as mãos, invocando sombras tenebrosas que se entrelaçaram em suas pernas. Ravena tropeçou e caiu no chão, seu coração batendo freneticamente enquanto tentava se libertar. As sombras se enredaram em torno dela, apertando com uma força sobrenatural.A cena era grotesca e horripilante. As sombras pareciam ter vida própria, movendo-se com uma malevolência intencional. Ravena tentou gritar, mas antes que pudesse emitir um som, as mesmas sombras se infiltraram em sua boca. Ela se debateu violentamente, mas era inútil. As sombras estavam sugando sua energia vital, drenando-a lentamente enquanto ela lutava em vão.Seu corpo começou a enfraquecer, seus movimentos ficando mais espasmódicos e descoordenados. A força vital de Ravena estava sendo arrancada de dentro dela, deixando-a apenas com uma casca vazia e sem vida. Seus olhos perderam o brilho, e sua pele começou a empalidecer, enquanto as sombras continuavam s
O ar estava carregado de tensão, e a dor no rosto de Edgar era palpável. Cada interação entre Luke e Hellen parecia agravar ainda mais sua agonia. Ele não podia suportar a visão de Luke, abraçando e confortando Hellen, quando ele acabara de perder o amor de sua vida. A dor se transformou em raiva, e sem pensar, Edgar partiu para o ataque."Luke, cuidado!" gritou Hellen, mas Luke já estava se movendo. Ele afastou Hellen com um gesto rápido, transformando-se em seu lobo preto antes que Edgar pudesse alcançá-lo. O rei vampiro avançou com uma velocidade impressionante, seus olhos ardendo de dor e fúria.A batalha começou ferozmente. Luke, em sua forma de lobo, movia-se com agilidade e precisão, esquivando-se dos ataques violentos de Edgar. Os dentes afiados de Luke reluziam à luz da lua, e seus olhos dourados estavam fixos em Edgar, determinados a não revidar, mas a se defender e proteger Hellen.Edgar atacava com uma força brutal, cada golpe carregado de desespero e dor. Suas garras cort
Com um rugido conjunto, Luke e Edgar ordenaram a seus seguidores que parassem a luta. O som ecoou pela floresta, e tanto lobos quanto vampiros pararam abruptamente, seguindo o exemplo de seus líderes. Luke, com a voz firme, disse:"Vamos trabalhar em conjunto para vingar Ravena. Agora, vamos preparar um enterro digno para ela."Edgar apenas assentiu, voltando para junto do corpo de Ravena. Com uma delicadeza incomum para um vampiro de sua força, ele a pegou nos braços e a levou para dentro da casa. Ravena gostaria de uma cerimônia vampira, ele sabia disso. Olhando para seus homens, ele ordenou:"Façam uma pira perfumada para ela."Os vampiros assentiram em silêncio e começaram a providenciar a pira. Cada um deles sabia da importância de honrar Ravena e respeitar a dor de Edgar.Dentro da casa, Edgar colocou o corpo de Ravena em uma mesa, preparando-se para o último adeus. Ele a banhou cuidadosamente, suas mãos tremendo enquanto lavava cada parte de seu corpo. Em seguida, vestiu-a com
O dia seguinte ao enterro de Ravena foi sombrio e silencioso. A dor da perda pairava no ar, e todos se recolheram em seus quartos, cada um lidando com seu luto à sua maneira. Os curandeiros haviam confirmado o que muitos temiam: Ravena havia sido morta por artes das trevas. Essa revelação trouxe não apenas tristeza, mas também uma preocupação crescente, pois sabiam que havia um traidor ou traidores entre eles.Edgar era um poço de tristeza. Trancado em seu quarto, ele mal comia ou falava. A morte de Ravena havia quebrado algo dentro dele, e ele se afundava cada vez mais em sua dor e desespero. Seus olhos, outrora brilhantes e cheios de determinação, estavam agora opacos e vazios. Ele passava horas encarando o vazio, lembrando-se dos momentos que compartilhara com Ravena, cada lembrança uma facada em seu coração.Hellen, por mais que tentasse, não conseguia esquecer as palavras de Edgar. A culpa começou a crescer dentro dela, corroendo sua paz de espírito. Luke fazia o possível para co
A relação de Dilan e Hellen estava abalada. Por mais que ele tentasse se aproximar dela, Hellen tinha erguido barreiras intransponíveis. O golpe mais doloroso para Dilan foi quando Hellen parou de chamá-lo de "pai" e começou a chamá-lo de "Alfa Dilan". Ele sofria visivelmente com a situação, seu coração pesado com a distância crescente entre ele e sua filha adotiva.Dilan se lembrava dos dias em que Hellen o olhava com admiração e amor, quando ela corria para ele com qualquer problema ou alegria. Agora, a frieza em seus olhos o machucava mais do que qualquer ferida física. Ele passava horas tentando pensar em maneiras de reconectar com ela, mas todas as suas tentativas eram recebidas com indiferença ou resistência.Enquanto isso, Santos também enfrentava dificuldades. Ele tentava conversar com Hellen, explicar sua versão dos acontecimentos e reconquistar a confiança dela, mas Hellen se recusava a ouvi-lo. A mera presença de Santos parecia intensificar sua dor e raiva, e ela evitava qu
Hellen sentia o peso das palavras não ditas pairando sobre ela enquanto caminhava ao lado de Luke pela floresta. O ar fresco da manhã envolvia-os, mas seu coração estava tenso com a iminente conversa com Santos. Luke, atento aos arredores, finalmente os conduziu a uma clareira ensolarada onde Santos já aguardava, uma figura imponente entre as árvores.Luke deu um passo para trás, dando privacidade a Hellen, embora permanecesse próximo o suficiente para agir se necessário. Hellen e Santos se encararam por um momento, ambos ponderando sobre o que dizer primeiro. As palavras de Luke ecoaram em sua mente: resolver pendências antes de assumir o cargo de Suprema Luna."Você se parece muito com sua mãe", disse Santos suavemente, quebrando o silêncio tenso que os envolvia.Hellen desviou o olhar por um instante, a dor e a raiva se misturando dentro dela:"A mãe que você matou", respondeu ela com a voz trêmula, olhando de volta para Santos com intensidade.Santos não tentou se aproximar, saben