Antes que Ravena pudesse sair completamente da floresta, o Sacerdote Negro ergueu as mãos, invocando sombras tenebrosas que se entrelaçaram em suas pernas. Ravena tropeçou e caiu no chão, seu coração batendo freneticamente enquanto tentava se libertar. As sombras se enredaram em torno dela, apertando com uma força sobrenatural.A cena era grotesca e horripilante. As sombras pareciam ter vida própria, movendo-se com uma malevolência intencional. Ravena tentou gritar, mas antes que pudesse emitir um som, as mesmas sombras se infiltraram em sua boca. Ela se debateu violentamente, mas era inútil. As sombras estavam sugando sua energia vital, drenando-a lentamente enquanto ela lutava em vão.Seu corpo começou a enfraquecer, seus movimentos ficando mais espasmódicos e descoordenados. A força vital de Ravena estava sendo arrancada de dentro dela, deixando-a apenas com uma casca vazia e sem vida. Seus olhos perderam o brilho, e sua pele começou a empalidecer, enquanto as sombras continuavam s
O ar estava carregado de tensão, e a dor no rosto de Edgar era palpável. Cada interação entre Luke e Hellen parecia agravar ainda mais sua agonia. Ele não podia suportar a visão de Luke, abraçando e confortando Hellen, quando ele acabara de perder o amor de sua vida. A dor se transformou em raiva, e sem pensar, Edgar partiu para o ataque."Luke, cuidado!" gritou Hellen, mas Luke já estava se movendo. Ele afastou Hellen com um gesto rápido, transformando-se em seu lobo preto antes que Edgar pudesse alcançá-lo. O rei vampiro avançou com uma velocidade impressionante, seus olhos ardendo de dor e fúria.A batalha começou ferozmente. Luke, em sua forma de lobo, movia-se com agilidade e precisão, esquivando-se dos ataques violentos de Edgar. Os dentes afiados de Luke reluziam à luz da lua, e seus olhos dourados estavam fixos em Edgar, determinados a não revidar, mas a se defender e proteger Hellen.Edgar atacava com uma força brutal, cada golpe carregado de desespero e dor. Suas garras cort
Com um rugido conjunto, Luke e Edgar ordenaram a seus seguidores que parassem a luta. O som ecoou pela floresta, e tanto lobos quanto vampiros pararam abruptamente, seguindo o exemplo de seus líderes. Luke, com a voz firme, disse:"Vamos trabalhar em conjunto para vingar Ravena. Agora, vamos preparar um enterro digno para ela."Edgar apenas assentiu, voltando para junto do corpo de Ravena. Com uma delicadeza incomum para um vampiro de sua força, ele a pegou nos braços e a levou para dentro da casa. Ravena gostaria de uma cerimônia vampira, ele sabia disso. Olhando para seus homens, ele ordenou:"Façam uma pira perfumada para ela."Os vampiros assentiram em silêncio e começaram a providenciar a pira. Cada um deles sabia da importância de honrar Ravena e respeitar a dor de Edgar.Dentro da casa, Edgar colocou o corpo de Ravena em uma mesa, preparando-se para o último adeus. Ele a banhou cuidadosamente, suas mãos tremendo enquanto lavava cada parte de seu corpo. Em seguida, vestiu-a com
O dia seguinte ao enterro de Ravena foi sombrio e silencioso. A dor da perda pairava no ar, e todos se recolheram em seus quartos, cada um lidando com seu luto à sua maneira. Os curandeiros haviam confirmado o que muitos temiam: Ravena havia sido morta por artes das trevas. Essa revelação trouxe não apenas tristeza, mas também uma preocupação crescente, pois sabiam que havia um traidor ou traidores entre eles.Edgar era um poço de tristeza. Trancado em seu quarto, ele mal comia ou falava. A morte de Ravena havia quebrado algo dentro dele, e ele se afundava cada vez mais em sua dor e desespero. Seus olhos, outrora brilhantes e cheios de determinação, estavam agora opacos e vazios. Ele passava horas encarando o vazio, lembrando-se dos momentos que compartilhara com Ravena, cada lembrança uma facada em seu coração.Hellen, por mais que tentasse, não conseguia esquecer as palavras de Edgar. A culpa começou a crescer dentro dela, corroendo sua paz de espírito. Luke fazia o possível para co
A relação de Dilan e Hellen estava abalada. Por mais que ele tentasse se aproximar dela, Hellen tinha erguido barreiras intransponíveis. O golpe mais doloroso para Dilan foi quando Hellen parou de chamá-lo de "pai" e começou a chamá-lo de "Alfa Dilan". Ele sofria visivelmente com a situação, seu coração pesado com a distância crescente entre ele e sua filha adotiva.Dilan se lembrava dos dias em que Hellen o olhava com admiração e amor, quando ela corria para ele com qualquer problema ou alegria. Agora, a frieza em seus olhos o machucava mais do que qualquer ferida física. Ele passava horas tentando pensar em maneiras de reconectar com ela, mas todas as suas tentativas eram recebidas com indiferença ou resistência.Enquanto isso, Santos também enfrentava dificuldades. Ele tentava conversar com Hellen, explicar sua versão dos acontecimentos e reconquistar a confiança dela, mas Hellen se recusava a ouvi-lo. A mera presença de Santos parecia intensificar sua dor e raiva, e ela evitava qu
Hellen sentia o peso das palavras não ditas pairando sobre ela enquanto caminhava ao lado de Luke pela floresta. O ar fresco da manhã envolvia-os, mas seu coração estava tenso com a iminente conversa com Santos. Luke, atento aos arredores, finalmente os conduziu a uma clareira ensolarada onde Santos já aguardava, uma figura imponente entre as árvores.Luke deu um passo para trás, dando privacidade a Hellen, embora permanecesse próximo o suficiente para agir se necessário. Hellen e Santos se encararam por um momento, ambos ponderando sobre o que dizer primeiro. As palavras de Luke ecoaram em sua mente: resolver pendências antes de assumir o cargo de Suprema Luna."Você se parece muito com sua mãe", disse Santos suavemente, quebrando o silêncio tenso que os envolvia.Hellen desviou o olhar por um instante, a dor e a raiva se misturando dentro dela:"A mãe que você matou", respondeu ela com a voz trêmula, olhando de volta para Santos com intensidade.Santos não tentou se aproximar, saben
O Sacerdote Negro, oculto nas sombras, observava a cena entre Hellen e Santos. A fúria imensa queimava dentro dele ao ver a reconciliação entre pai e filha. Qualquer dúvida que ele ainda tivesse sobre usar Hellen para libertar Herlon evaporou naquele instante. Sem fazer barulho, ele se virou e começou a caminhar rapidamente pela floresta.Seu manto escuro se misturava com as sombras enquanto ele se movia agilmente entre as árvores, seus passos firmes e decididos. Ele conhecia cada caminho oculto, cada passagem secreta daquela floresta. Ao chegar à entrada escondida do porão onde realizava seus rituais das trevas, ele parou por um momento, observando a pesada porta de madeira, quase invisível para olhos não treinados.Empurrando a porta com força, ele entrou no porão sombrio, iluminado apenas por algumas tochas espalhadas pelas paredes. O ar estava denso, impregnado com o cheiro de incenso e velas queimando. Ele começou a andar de um lado para o outro, acendendo as velas vermelhas e pr
O sábado amanheceu ensolarado, e a pequena cidade de Forks estava em pleno frenesi. Era um dia de grande importância para o reino sobrenatural, um dia que seria lembrado por gerações. Os preparativos para as cerimônias estavam em andamento há semanas, e finalmente, o momento havia chegado.No centro da cidade, uma grande praça havia sido transformada em um espaço grandioso e majestoso. Um palco imponente foi montado, erguendo-se acima da multidão. Feito de madeira escura e enfeitado com detalhes dourados, o palco era uma obra de arte em si. Ao redor dele, arcos floridos de rosas vermelhas e brancas, simbolizando o equilíbrio entre força e pureza, formavam um cenário deslumbrante.Ao fundo do palco, uma cortina de veludo vermelho profundo caía em cascata, adicionando um toque de realeza à atmosfera. As laterais do palco eram adornadas com estandartes que exibiam o brasão do reino, um lobo imponente sob a lua cheia, cercado por estrelas brilhantes. Os estandartes tremulavam suavemente c