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Tentando Esquecer
De volta a Forks Vanessa entrou no quarto de Luke com passos silenciosos, fechando a porta atrás de si. O quarto estava mergulhado na escuridão, com apenas a luz fraca da lua infiltrando-se pelas frestas das cortinas. Luke estava sentado na beira da cama, suas feições rígidas e os olhos perdidos em pensamentos sombrios."O que foi, meu amor? Não consegue dormir?" Vanessa perguntou com uma voz suave e insinuante.As imagens do momento intenso que Luke havia vivido com Hellen no banheiro ainda o atormentavam. Ele sentia uma necessidade urgente de esquecer Hellen, de apagar aquelas lembranças. Talvez, se ele dormisse com Vanessa, conseguisse provar para si mesmo que poderia se sentir da mesma forma com ela, que poderia se libertar da obsessão por Hellen."Vem aqui," ele disse, a voz grave e carregada de uma determinação fria.Vanessa percebeu que ele ainda estava sem roupa e sorriu vitoriosa. Ela se aproximou lentamente, seu corpo movendo-se com uma graça sedutora, e sentou-se no colo de
Determinação e Desafios
Luke acordou na manhã seguinte com uma decisão firme em sua mente: enterrar tudo o que sentia por Hellen. A noite com Vanessa tinha sido um fiasco, um lembrete amargo de que seus sentimentos por Hellen eram mais profundos e complicados do que ele gostaria de admitir. No entanto, ele estava determinado a não deixar isso transparecer. Levantou-se e foi direto para o banheiro, tomando um banho longo e frio na tentativa de apagar as memórias incômodas que ainda ecoavam em sua mente. Enquanto a água escorria pelo seu corpo, ele colocou uma máscara de tranquilidade, tentando convencer a si mesmo de que podia seguir em frente.Vestido e com uma expressão serena, Luke desceu para a cozinha. Preparou um café da manhã simples, embora a comida mal tivesse sabor para ele. Seus pensamentos estavam fixos em um único objetivo: manter Vanessa por perto como um escudo contra qualquer aproximação de Hellen. Em sua cabeça, Hellen não teria coragem de se aproximar dele se Vanessa estivesse ao seu lado. E
Reação a Rejeição
Uma dor lancinante tomou conta de Hellen, como se seu peito estivesse sendo rasgado ao meio. Sally, dentro de sua mente, uivava em dor e desespero. Hellen caiu de joelhos, e o som do baque fez Luke se virar para trás. Seu lobo, Tron, rosnando furiosamente dentro dele, exigia que ele fosse verificar o que estava acontecendo. Mas antes que ele desse o primeiro passo, Mike, que tinha acabado de chegar, correu em direção a Hellen. Ao vê-la suando frio e gemendo, ele não pensou duas vezes. Pegou-a no colo e tentou correr com ela, mas o corpo dela ardia como se fosse incendiá-lo vivo. Literalmente, ele a jogou longe.O barulho de Hellen se chocando contra o chão foi como agulhas perfurando o coração de Luke. Era como se, se ele não parasse o sofrimento dela, ele mesmo morreria. Uma multidão começou a se formar em volta dela enquanto ela gemia e se contorcia no chão. Alfa Dilan e seu filho Trevan foram chamados. Ao ver sua filha daquele jeito, Dilan soltou um uivo de dor. Trevan correu para
Herlon
No fundo de um buraco profundo nas ruínas do castelo de Luminária, na França, uma escuridão espessa e densa prevalecia. Ali, onde a luz nunca brilhava e a morte nunca chegava, a vida era apenas uma semi-vida, cruel e dolorosa. Três seres se encontravam aprisionados naquele abismo sombrio.Hércules e sua filha, Valesca, haviam sido lançados nessa prisão eterna por Morfeu, o rei dos vampiros, como punição por seus crimes. Hércules, outrora um ser de imenso poder, havia sido responsável por duas grandes guerras no mundo sobrenatural, tentando espalhar a escuridão e o caos pelo mundo. Sua filha, Valesca, partilhava de suas ambições e crueldades. Morfeu os condenara a nunca morrer, mas também a nunca mais ver a luz do dia.Décadas se passaram. Séculos se arrastaram. Hércules, no entanto, não desistira de buscar uma maneira de escapar. Cada dia, cada hora, ele conjurava mais e mais trevas, tentando acumular poder suficiente para libertar a si mesmo e a sua filha daquela prisão sem fim. Seus
A Caçada às Crianças da Lua Vermelha
Por muitos anos, um grupo dedicado de seguidores das trevas, liderados por Severo, investigava incessantemente a chave para libertar Herlon de sua prisão. Suas pesquisas os levaram à descoberta de uma antiga profecia, que falava de um ser singular, uma criança gerada sob a luz da Lua Vermelha. Esta criança, nascida da ruptura do vínculo entre seus pais, possuía o poder único de abrir a cela que aprisionava Hércules, Valesca e Herlon.A lua de sangue, conhecida também como a Lua Vermelha, era um evento raro, que acontecia uma vez a cada muitas décadas. Durante essa fase, a energia mística no ar se tornava intensa, e qualquer ser sobrenatural concebido sob essa lua adquiria habilidades extraordinárias. Era dito que apenas uma criança nascida sob essas circunstâncias específicas, durante a última Lua Vermelha, teria o poder necessário para quebrar os selos da prisão mágica.Severo, um homem obcecado pelo poder e pela promessa de domínio absoluto que a libertação de Herlon traria, estava
Não me Merece
Luke sabia que não podia deixar o pai e o irmão de Hellen pensar que ele a assumiria e a marcaria como sua companheira. Hellen era um perigo para ele e para o reino. Aproveitando que ela estava dormindo, ele finalmente soltou a mão dela e declarou:"Não vou rejeitá-la, mas também não vou marcá-la."O clima na sala tornou-se imediatamente tenso. Dilan e Trevan ficaram furiosos com as palavras de Luke, mas ele continuou:"Hellen já me provou por duas vezes que é promíscua. Ela deve estar sentindo a forte conexão comigo, mas isso não a impediu de se atracar com Mike uma vez, quando achou que eu não estava vendo, e a outra na minha frente. Sei que estou falando da filha e da irmã de vocês, mas sou o futuro rei alfa. Não posso me dar ao luxo de ter a pessoa errada como luna."Dilan, fervendo de raiva, respondeu:"A pessoa errada? Ora, convenhamos, você por acaso se guardou para sua companheira? Pelo que eu saiba, não. Agora quer jogar a culpa na moral da minha filha quando é claramente a s
A Ameaça em Volterra
Volterra, uma cidade pitoresca e enigmática na região da Toscana, na Itália, era conhecida por sua rica história e arquitetura que misturava o clássico e o moderno. Suas ruas estreitas de paralelepípedos serpenteavam entre edifícios antigos de pedra, alguns datando de séculos atrás. O ar era carregado com uma aura de mistério e beleza, reforçada pelo clima temperado da região.No coração de Volterra, erguia-se um edifício charmoso e imponente que refletia a essência da cidade. Suas fundações eram de pedra calcária, esculpidas com detalhes intrincados que mostravam cenas de batalhas e vitórias antigas. As janelas altas e estreitas, com vitrais coloridos, adicionavam um toque de modernidade ao edifício, enquanto os arcos e colunas remanescentes lembravam a arquitetura romana.Esse edifício era agora o lar de Edgar, o novo rei dos vampiros. Edgar, um líder severo e implacável, havia assumido o trono após a última grande praga que dizimara quase todos os que ele amava. O trauma dessa perd
Cura
De volta a Forks, três dias se passaram e Hellen se recusava a sair de casa ou do quarto. Ela e Sally, sua loba interior, estavam lambendo suas feridas. Todo mundo sonhava em encontrar seu companheiro e como seria quando isso acontecesse, mas no caso dela, o companheiro idiota não a queria. Restava para ela deixar tudo para trás e seguir em frente, mas ela e Sally precisavam de tempo para assimilar tudo aquilo, para assimilar a dor. Por isso, Dylan e Trevan não a pressionaram a voltar para a escola; eles simplesmente esperavam pelo tempo dela.Em seu quarto, Hellen estava deitada na cama, olhando para o teto. As cortinas estavam fechadas, impedindo a entrada da luz do sol. Ela suspirou profundamente, sentindo a dor que parecia nunca ir embora."Sally, eu sinto muito," murmurou Hellen, sentindo a angústia de sua loba. "Eu queria poder fazer isso desaparecer."Sally reclamava em sua mente, "Se eu pudesse pelo menos correr, sentir a relva sob minhas patas... faz séculos que você não se t