Felipe Não pude deixar de ouvir a conversa de Kate quando percebi que tratava-se de Allana e que bom que eu permaneci ali, porque ela não ia me contar.Apesar de não ter entendido claramente o que falaram, pois só ouvi o que minha irmã dizia, entendi que Igor fez algo grave e por conta disso Allana saiu sem ao menos trocar de roupa e isso me preocupou muito e me fez querer saber mais. A confrontei por ter mentido para mim e saí depressa para a praia do Recreio, pois é a que fica em frente ao edifício, afinal, ela saiu a pé e com certeza não foi muito longe. Segui dirigindo no asfalto e prestando atenção naquela imensidão de areia e água para ver se a encontrava, mas nem sinal! Continuei por mais alguns metros e logo à frente a vi sentada em uma pedra, estacionei e fui até lá. Ela estava tão distraída, olhando a escuridão do mar que nem me viu chegar.— Sabia que é perigoso ficar sozinha aqui à noite? — Perguntei sentando-me ao seu lado e ela me olhou visivelmente surpresa. — O que
AllanaLevei um baita susto ao ver Felipe sentando-se ao meu lado na praia e confesso que meu coração bateu descompassado. Não esperava que ele iria aparecer e muito menos tentar me beijar. Juro que tremi!Seguimos para a casa de seus pais e após cumprimentá-los, me desculpei e agradeci por estarem me ajudando e Kate me chamou para subir. Chegamos em seu quarto e ela insistiu que eu tomasse um banho para tentar relaxar um pouco, atendi ao seu pedido e logo terminei. Vesti a roupa que ela havia separado para mim e saí do banheiro.— Como se sente? — Ela perguntou ao me ver retornando ao quarto.— Mais leve… obrigada por tudo que estão fazendo por mim.— Não se preocupe e vem me contar tudo com calma. — Bateu a mão na cama, convidando-me a sentar e eu fui, então bateram na porta e eu senti um enorme frio na barriga. — Entre! Cláudia entrou com a bandeja de comida e só então pude respirar aliviada.— Com licença, senhoritas! Kate, sua mãe pediu que eu trouxesse o jantar. — Pode deixar a
FelipeApós a conversa com Kate, desci e fiquei esperando para saber se eu poderia falar com sua amiga e após incontáveis minutos, ela finalmente chegou com a resposta.Conversei com Allana e tentei novamente uma aproximação, mas ela se esquivou outra vez e eu me controlei. Não posso insistir em nada, muito menos no estado em que ela se encontra, então logo me despedi e saí.— E aí, como foi? — Kate perguntou ao me ver chegar no primeiro piso.— Bem… ela está mais tranquila e eu já vou. — Não vai jantar, filho?— Não, mãe! Perdi a fome. Amanhã venho tomar café com vocês. Boa noite! — Dei um beijo nela.— Bom… já que ninguém mais vai jantar, então vamos nós dois, Elisa! — Meu pai pronunciou ao levantar-se do sofá e minha mãe concordou, então ele advertiu. — Felipe, juízo! — Eu assenti.— Pode deixar, pai! Boa noite! — Os dois seguiram para a sala de jantar e minha irmã me fez uma pergunta. — Agora pode me explicar por que pediu a Cláudia para arrumar seu quarto, se você vai para o ap
Continuação… FelipeEstava sentado na sala, esperando todos descerem para o café, enquanto pensava na conversa que tivemos ainda a pouco e em como eu gostaria de poder ter evitado tudo isso, até que voltei à realidade com Ayla, que aliás acabou de chegar, me interrogando.— Fe, o que faz aqui tão cedo? Aconteceu alguma coisa? — Perguntou e vi Allana apontar no topo da escada junto com minha outra irmã.— Sim, mas depois a Kate te explica! Já tomou café?— Ainda não! Vou me trocar e já desço.— Ok! E vê se para de dormir fora de casa! —Ela fez-se de desentendida e subiu correndo e as três se cumprimentaram. — Onde estão nossos pais? — Kate indagou e eu respondi ao ver os dois saindo do escritório.— Aí vem eles… Fomos para a mesa e esperamos que Ayla se juntasse a nós e assim que ela sentou-se, começamos a nos alimentar. Allana quase não comeu, e assim que todos terminaram ela quis ir embora.— Elisa, Humberto, obrigada por terem me recebido em sua casa e
AllanaFelipe chegou e eu agradeci a Deus, pois já não tinha mais forças para tentar me soltar das mãos de Igor. Aquelas mãos asquerosas que ele passava em meu corpo sem cessar, as mesmas mãos nojentas que rasgaram minha blusa e ao mesmo tempo apertavam meus seios como se fossem um objeto, enquanto ele se esfregava no fino tecido de minha calcinha, me fazendo senti-lo duro e me causando repulsa. Os dois entraram em luta corporal e eu me assustei ao ver aquela cena bem à minha frente e por mais que Igor merecesse a surra que estava levando, eu não aprovo violência e com a força fora do comum que Felipe batia nele, precisei intervir, ou ele não iria parar.— Por favor, Felipe, pare! Vai matá-lø! — Pedi desesperadamente ao vê-lo desferindo um soco atrás do outro no rosto de Igor e ele atendeu meu pedido.— Some daqui seu desgraçadø e não volte a se aproximar dela de novo! Você nunca mais vai machucá-la! Entendeu? — Ordenou ao sair de cima de Igor e ele levantou com a mão na boca e o nari
FelipeConfesso que quando presenciei aquela cena, a vontade que tive foi de matá-lø, mas ao ouvir Allana pedindo desesperadamente para que eu parasse, me controlei e saí de cima dele. Tudo que eu não quero é assustá-la mais, então o coloquei para fora e fiz o que pude para acalmá-la.A mesma foi tomar banho e eu cuidei de todo o resto e assim que terminei de limpar a desordem que fizemos, chamei o chaveiro e reclamei com o síndico, que ficou responsável por tomar as decisões cabíveis.Logo ela voltou, com os cabelos molhados e um cheiro maravilhoso que exalava de sua pele e invadiu todo o ambiente. Isso é uma tortura, meu Deus!!! Como é bela!!!Ela insistiu para que eu a deixasse limpar o machucado em minha sobrancelha e é claro que eu concordei. No início disse que estava bem e que não havia sido nada demais, mas foi só para não preocupá-la! A verdade é que está doendo pra caralhø e tudo que mais quero é que suas delicadas mãos cuidem disso o quanto antes! O problema é que bem na ho
Continuação…. Felipe— Obrigado! É o que eu mais quero! Pensei bem e optei por não falar que ela é a dona de meu coração, pois não quero que rejeite minha companhia e depois de tudo que ouvi, acho que é exatamente o que ela faria. Em resposta, ela apenas sorriu e em seguida se levantou.— Vou tomar um analgésico, minha cabeça está doendo. Quer um? Acho que você vai precisar…— Eu aceito! Permaneci no mesmo lugar enquanto ela foi até a geladeira e voltou trazendo-me um copo de suco e um comprimido.— Aqui está!— Obrigado! Está se saindo uma ótima enfermeira, viu?! — Nós rimos e eu engoli o remédio.A conversa estava tão agradável que nem vimos a hora passar e quando nos demos conta, já passava do meio dia. A convidei para irmos almoçar, mas ela disse que não queria sair porque estava com receio de encontrar Igor, então liguei no restaurante e pedi comida.Não demorou muito e o pedido chegou. Desci para receber, nós comemos e depois limpamos a cozinha, j
AllanaAo sentir o toque de Felipe enlaçando minha cintura fiquei tão anestesiada que nem consegui pensar. Por um momento achei que meu coração fosse pular para fora do peito e quando meus olhos desviaram para seus lábios, ele finalmente me soltou e nesse momento surgiu um misto de insatisfação e alívio.Sim, é uma loucura e não sei explicar o porquê disso, mas por mais que minhas pernas estivessem trêmulas e que não seria correta a atitude que talvez viesse a seguir, quando senti suas mãos afastando-se de minha pele fiquei decepcionada! Peguei o copo de sua mão e fui servir-lhe outra bebida.Aproveitei para tomar outra dose enquanto servia o copo dele, pois isso me ajudará a relaxar um pouco, afinal, a tensão desse dia aumentou, mas agora por motivos diferentes… Agora tenho certeza de que realmente ele mexe comigo.— Aqui está! — Pronunciei voltando para a varanda, entreguei-lhe novamente a bebida e me sentei.— Obrigado! Mas você não disse que ia me acompanhar? Não estou vendo seu