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Lorenzo,

Meus sapatos afundavam nas poças de sangue e suor que haviam se acumulado ao longo da tortura de Nico. Eu deveria sentir alívio, deveria sentir algo próximo à paz, mas tudo o que me restava era um vazio silencioso que fazia cada respiração parecer um esforço inútil.

A vingança, a tão esperada vingança, havia finalmente sido realizada. Nico Benedetti estava morto, e suas últimas palavras ainda ecoavam na minha mente, perturbando qualquer noção de triunfo que eu esperava alcançar. Ele riu até o fim, como se soubesse que, de algum jeito, já havia vencido.

Eu entrei no carro, com Vittorio ao meu lado, seu rosto contorcido em uma expressão que misturava preocupação e hesitação. Ele sabia que havia algo errado. Eu sabia que havia algo errado. E, no entanto, não tínhamos mais nenhum alvo para apontar nossos dedos.

— Está feito? — perguntou Vittorio, em um tom cauteloso.

Eu não respondi imediatamente. Olhei para as minhas mãos, ainda manchadas com o sangue, o mesmo sangue que, por ta
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