Eu não faço ideia de por que ele está me beijando. Mas não dá para não corresponder quando as mãos dele passeiam pelas minhas costas e me puxa contra o corpo dele.
Ele tem um beijo quente e preciso, do tipo que me faz ter várias sensações diferentes ao mesmo tempo e uma delas é querer que ele não pare de me beijar.
Minha cabeça está girando quando ele afasta sua boca da minha e fica bem próximo do meu rosto, olhando sério para minha expressão ainda confusa.
Ele se afasta devagar e eu fico olhando em sua direção uns segundos. Em seguida minha única reação é abrir a porta sair de sua casa.
...
Eu fico de frente a porta do carro por uns segundos olhando para o nada e pensando no que aconteceu. Mas eu acabo desistindo, abrindo a porta do meu carro e saindo daqui o mais rápido que eu posso.
...
Quem dera eu conseguisse dormir. Eu fico rolando na cama de um lado para outro, eu não quero pensar no que aconteceu, mas as cenas ficam indo e vindo na minha cabeça. Se ele me odeia tanto, por que então me beijou? Por que ele me beijou?
Eu realmente não entendo. O problema é que eu nunca vou saber, porque não vou mesmo voltar aquela casa outra vez, jamais e dessa vez é serio.
...
__Ele fez o quê?
__Me beijou.
Dayna me olha horrorizada e rindo ao mesmo tempo, dizendo em seguida:
__Isso é épico!
__Por favor, não conta para ninguém.
Eu digo olhando em volta do bar lotado de pessoas da universidade, que ela me fez vir com ela depois que saí do trabalho.
Ela continua:
__Claro que não, mas me conta, como foi?
__Como foi o quê?
__Como o quê? O beijo, oras.
__Bem, eu não sei, eu estava irritada demais.
Ela me olha com ironia e diz:
__Sério, Harper?
Eu reviro meus olho, tomo um longo gole da minha vodca com limão e digo:
__Tá, talvez tenha sido bom.
Ela ri.
__Eu sabia, você é a primeira pessoa a negar que ele é atraente.
__Eu não disse isso. Bem, eu achei ele atraente sim a primeira vez que o vi, juro, ele apareceu lá na minha frente todo gostoso e me olhando daquela forma...
Dayna ri e eu continuo:
__Mas quando ele me olhou um pouco mais e abriu a boca, bem, eu me arrependi por ter sentido isso.
Dayna ri ainda mais dizendo:
__Falta de sexo, amiga.
Eu digo:
__Hey, não faz tanto tempo assim.
Ela ainda me olha querendo rir outra vez enquanto leva a boca o drink na cor vermelha que ela está tomando.
Eu continuo:
__Bom talvez faça e por isso eu tenha achado ele tão gostoso quando o vi.
__Isso é realmente algo bom de se ouvir.
Eu prendo minha respiração, porque reconheço essa voz.
Ele continua:
__Olá meninas!
Juro que meu corpo fica gelado enquanto vejo os olhos da Dayna brilhando enquanto olha alguém que está atrás de mim.
Ela me olha rapidamente, ergue o olhar acima de mim, sorri e diz:
__Professor, Sebastian.
Eu juro que eu quero muito morrer agora.
Quando reúno qualquer gota de dignidade e me viro, me preparando para o olhar arrogante dele, para minha surpresa ele está sorrindo. Um sorriso bem parecido com o do meu sonho e que eu nunca havia visto pessoalmente.
Ele diz:
__Oi Harper, tudo bem?
Eu estou muito confusa agora e sei que ele notou isso, mas eu apenas sorrio e ele segue no mesmo tom sorridente dizendo:
__Não se esqueça da nossa aula daqui a meia hora.
Ele é louco?
Ele acha mesmo que vou voltar lá?
...Eu resolvo ir pra casa depois do que aconteceu, tenho certeza que ele me ouviu e por mais que Dayna diga que não e acabe rindo depois, eu acho melhor me esconder para sempre em casa a partir de hoje.
Minutos depois de alimentar George, meu celular vibra sobre a mesa de centro da sala. Eu pego o celular na esperança de que seja Dayna confirmando que o professor não nos ouviu ou que ele tenha se mudado da cidade para bem longe e que eu nunca mais vá encontra-lo na vida.
Mas é uma ligação que chega, e é de alguém que eu menos esperava na vida, do professor Sebastian.
__Sabe que eu não gosto muito de atrasos, então por que ainda não chegou?
Estou boquiaberta depois de ouvir isso. Respiro fundo, crio coragem e digo em seguida:
__Eu nunca disse que iria.
Ele acha mesmo que vou voltar ali depois de tudo o que aconteceu?
Ouço ele respirar fundo e dizer firme:
__Podemos agir como adultos e terminar a sua última aula?
Acho que para ele aquele beijo não teve significado ou importância. Ou ele apenas está querendo concertar algo que fez e se arrependeu.
Bem, se ele pode agir assim, eu também posso. Vou provar para ele que não dei a mínima também, indo para essa aula.
O problema é que ainda estou morrendo de vergonha em saber que que ele me ouviu dizer que achei ele gostoso.
...
Assim que ele abre a porta, me pede para entrar. Eu sei que estou vermelha eu posso sentir meu rosto queimando. Ele ignora isso e eu me sinto agradecida, porque ele apenas disfarça o olhar do meu rosto.
Ele não tem aquele sorriso de hoje mais cedo e nem tampouco aquela cara amarrada de sempre.
Acho que estamos em um ponto de equilíbrio, mas ele bem que poderia ter agido assim desde o começo.
...
Gosto do clima mais suave entre nós, enquanto ele explica as equações que ainda faltam para encerrar definitivamente nossas aulas.
Ele não respira fundo ou revira os olhos enquanto eu digo que tenho uma dúvida.
Eu até exagero questionando algumas coisas que já sei, mas mesmo assim ele me explica com atenção sem nunca menosprezar o que eu sei.
Eu até diria que ele hoje está uma das pessoas mais compreensivas e confortáveis de se passar um tempo juntos.
Ele me pega olhando para ele enquanto penso nisso e quando acho que ele vai fazer uma de suas reclamações sobre eu estar aérea, ele apenas escolhe não dizer nada.
Ele corrige as últimas equações que fiz e diz:
__Bom, é isso.
Fico olhando em sua direção enquanto ele continua:
__Suas aulas terminaram. Você é uma ótima aluna, vai se sair bem no próximo semestre.
Eu ouvi direito? Ele está mesmo me elogiando?
E ele sorri meio tímido.
Mas o que está acontecendo?
Só consigo me sentir surpresa e dizer meio sem graça:
__Obrigada.
Recolho minhas coisas e quando vou coloca-las na minha mochila ele diz:
__Quer sair para um jantar comigo?
Paro instantaneamente o que estou fazendo, olho para ele incrédula e apenas sorrio, fingindo que ele não disse realmente isso.Então recomeço a guardar minhas coisas.Mas segundos depois ele continua:__Então? Você vai aceitar ou não?Eu termino de guardar minhas coisas e digo:__Você não precisa fazer isso para se redimir. Não vai mudar o que penso a seu respeito e te indicar para outra pessoa como o melhor professor do mundo.Ele sabe que estou sendo irônica, vejo isso em seu rosto e gosto de deixar ele assim.Me viro para sair, mas ele diz antes que eu avance até a porta:__Se você aceitar, te explico por que te beijei.Eu paro imediatamente. Achei que ele nem estivesse mais pensando nisso.Mas depois de olhar para ele ali parado no mesmo lugar me olhando e esperando uma resposta, eu digo:__Acho que eu não quer
Eu me viro para ele ao ouvir isso e digo:__Você tem ideia do quão bipolar você é?Ele apenas me olha sério e diz:__Eu sei.Que ótimo, ele sabe.Eu apenas digo:__Ótimo! Então procure ajuda.Mas quando vou me virar para sair, ele segura meu braço me fazendo virar e ficar cara a cara com ele e com nossos corpos muito próximos um do outro.Seus olhos estão olhando dentro dos meus agora e minha respiração só vai ficando cada vez mais pesada, por causa da proximidade em que nos encontramos.Ele então diz bem devagar:__Eu sei que você também está atraída por mim.Eu engulo em seco, um segundo e então digo soando pouco confiante:__Acho que eu posso superar isso.Ele se aproxima ainda mais e fica a centímetros do meu rosto, sua boca está roça
Eu fico olhando meio sem graça para ele e pergunto:__ Como achou meu endereço?Ele responde:__Eu tenho meus contatos.Não digo nada mais pela surpresa mesmo.Ele parece meio impaciente, mas mesmo assim sorri e pergunta:__Por que está ignorando as minhas ligações?Eu fico ainda mais sem graça e sei que estou vermelha agora.Apenas digo:__Me desculpa, eu...Mas ele me interrompe perguntando:__Eu posso entrar?É melhor resolvermos isso logo, então apenas digo:__Claro.Ele entra e eu fecho a porta pedindo para que ele se sente, mas ele não faz isso, apenas ainda está me olhando quando eu me viro e ele diz:__Eu realmente preciso de uma resposta sua. Então por favor me diga que pensou sobre o que eu te propus?Respiro fundo e digo:__Okay. Acho que pensei e minha r
Ele demora mais alguns minutos, enquanto diz:__Eu moro sozinho, mas confesso que meu cardápio é bem restrito.Eu sorrio e digo:__Pelo menos você sabe preparar alguma coisa. Na verdade eu compro todas as minhas refeições.Ele ri e diz:__Sério?Balanço minha cabeça afirmativamente, enquanto observo ele sorrindo e trabalhando na sua cozinha. Ele realente não lembra nem um pouco aquele cara rabugento que eu conheci no primeiro dia em que nos falamos. Jamais imaginei naquela tarde que algo como isso que está acontecendo agora, aconteceria entre nós.Ele vem até a mesa com uma macarronada com almondegas que parece muito apetitosa e também com uma salada pra acompanhar. Ele se senta e diz meio envergonhado:__Eu não sabia se você gostava de macarronada, então fiz salada. Um dos dois você deve gostar.<
Entro no meu carro e vejo ele fechar a porta. Pelo menos agora eu posso pensar direito, porque ele realmente me deixa toda eufórica.E é pensando nisso que estou muito irritada comigo agora. O que foi que eu fiz? Será mesmo que foi a melhor escolha do mundo não aceitar isso?Eu fico lembrando dele, daquele sorriso, do cabelo, das coisas que ele faz com o meu corpo só por estar tão perto de mim e...Eu passo as mãos em meu rosto e digo pra mim mesma:__Burra, burra, burra!Eu devia ter aceitado a proposta dele, porque afinal de contas ainda estou aqui pensando nisso e nas várias maneiras de realizar o que ele me propôs. Bato minhas mãos algumas vezes de frustração no volante do carro, até que uma delas acerta a buzina fazendo um barulho enorme.Ergo minhas mãos no ar e digo:__Droga!Já vou tentar sair daqui o mais
Sua boca vai deixando meu corpo marcado. É quente quando seus lábios deixam beijos molhados entre meus seios, descendo pela minha barriga e é frio quando cada parte que ele passou ainda quer que sua boca permaneça ali e ele vai descendo enquanto suas mãos acompanham sua boca pelo meu corpo. Eu tento manter meus olhos nele, mas as sensações me fazem erguer minha cabeça ao mesmo tempo que preciso fechar meus olhos, mesmo que sem querer fazer isso.Ele chega a uma parte que eu sei agora que não vou resistir e talvez eu grite ou comece a gemer bem mais alto que com certeza eu já estou fazendo, mas ele desvia seus lábios e sua boca assim que chega bem próximo de onde eu desejo que ele estivesse agora. Abro meus olhos e vejo que ele sorri e me olha, segura minhas coxas e as beija delicadamente, enquanto as afasta uma da outra e vai subindo sua boca e sua l&iacut
Chego em casa depois do trabalho e estou realmente cansada dessa rotina sem graça. Eu costumava adorar chegar em casa e não ter muita coisa pra fazer. Hoje só quero achar alguma coisa que me mantenha longe do meu telefone ou os pensamentos bem distantes de ontem a noite.Depois de tentar editar sem muito sucesso umas fotos antigas, ligo a TV e deixo meio alto de uma forma que mantenha meus pensamentos ocupados. Não adianta muito ainda mais depois que me telefone toca algumas vezes e eu vejo o número dele na tela.Deixo tocar. Porém ele não desiste facilmente e liga mais uma vez. Mordo meus lábios olhando para meu aparelho vibrando sob a mesa da sala e me questiono por que eu estou agindo com tanta infantilidade? Foi uma noite boa? Não. Foi uma noite ótima. Quero fazer de novo? Sei que essa resposta fica sendo sim com alguns porém e até mesmo não.Me canso de ficar te
Ele calmamente segura a minha mão e me faz seguir ele rumo a uma direção que nunca fui antes. Ele não está ligando se alguém está olhando ou não para nós dois ali de mãos dadas,gosto disso. Chegamos em uma porta nos fundos do bar,ele abre a porta e diz:__Conheço a dona do bar e ela sempre me deixa passar por aqui na chegada e na saída. Gosto de entrar sem chamar muita atenção nos lugares. Eu nem digo nada,nunca pensei que ele fizesse esse tipo de coisa,nem achei que ele tivesse vida social assim como eu. Ele é meio surpreendente isso posso dizer como toda a certeza.Saímos onde parece ser os fundos do bar,uma rua escura e sem muito movimento. Ele me encosta na parede e começa a me beijar como se sua sanidade dependesse disso,eu não costumava gostar de ver esse tipo de coisa e ele está me