No dia seguinte, Paula recebeu uma visita totalmente inesperada.— Senhor Antônio, entre por favor e não repare na bagunça, cheguei de viagem recentemente e ainda não tive como colocar ordem tudo isso.— Você deve saber o motivo que me traz até aqui. Infelizmente seu pai já não paga o aluguel há dois meses, a situação está complicada para todo mundo e eu já não tenho mais como esperar. — disso o homem, claramente relutante.— O senhor não sabe como me envergonha saber disso, achei que o atraso era apenas referente a esse último mês.— Não, seu pai todo o tempo, pagou da forma que quis. Sempre deixava acumular, inventava várias desculpas, peço perdão pelo que eu vou dizer, mas preciso que vocês deixem a casa em uma semana!Paula ficou muito surpresa por mais que soubesse que o pai havia cometido um grave erro ao negligenciar o pagamento do aluguel, não pensou que a situação se arrastava há tanto tempo.— Por favor, senhor Antônio, como eu disse ao senhor, acabei de chegar de uma viagem
Sheila estava inconformada com a maneira fria de Robson, cada vez que ele recusava manter relações sexuais com ela isso aumentava o ódio que ela estava nutrindo pela amante. Pensou em várias formas de se vingar dele e isso envolvia até mesmo procurar um caso fora do casamento. Faria sua última tentativa antes de apelar para algo mais radical.Ela tentou seduzi-lo usando uma lingerie bem sexy. Em algumas noites ele havia dormido no quarto de hóspedes para que ela pudesse consolar Jonas, mas ela achou que já havia cuidado do filho o suficiente e tinha certeza de que ele preferia ver pai e mãe juntos.Ele estava no quarto de hóspedes ainda dormindo e em poucas horas sairia para o trabalho, Sheila se aproximou e entrou embaixo dos lençóis. Enfiou a mão na calça do pijama dele e começou a masturbá-lo, Robson ficou excitado... Paula adorava despertá-lo assim.— Hmmm princesa, continue!Ele quase falou mais do que deveria, se afastou dela e coçou os olhos.— Sheila?— Claro, por que ficou tã
PaulaNão entendi porque Tamara estava querendo me tirar dali naquele mesmo instante, mas assim que olhei para os lados e percebi que todas aquelas pessoas sorriam e apontavam para mim, eu senti que algo terrível estava prestes a acontecer.— Vejam só quem acabou de chegar? A modelo mais comentada da faculdade!Carol se levantou do meio da plateia, era uma das colegas que nunca gostaram de mim e sempre compartilham boatos sobre a reputação de todos, e a minha era a favorita delas.— Do que você está falando? — perguntei, dando dois passos em direção a ela.— Não dê ouvidos a isso, Paula, por favor, vamos sair daqui agora.Tamara quis me puxar pela mão, mas perto o bastante daquela garota, puxei o celular da mão dela e olhei o motivo de todas as risadas.Senti tudo ficar escuro de repente.[...]Robson segurou Paula antes que ela caísse, os comentários maldosos e os sorrisos não cessaram.— Alguém pode me dizer o que diabos está acontecendo aqui? — gritou ele, enquanto pegava a garota
Assim que Carlos entrou no quarto de Paula se deparou com uma cena aterradora, a garota havia tomado todos os remédios que havia encontrado na casa e escada desacordada.Ele ficou desesperado e pediu ajuda, logo nos vizinhos chamou o resgate, que alegou imediatamente para o hospital. O sentimento de culpa tomou conta dele, naquele momento pensou que, se a perdesse, sua vida não teria mais sentido.Paula foi levada ao pronto-socorro, o mesmo hospital público de onde Carlos havia saído sem sequer receber alta.Ele ficou apreensivo na sala de espera, caminhando de um lado para o outro e aguardando notícias. Alguns longos minutos mais tarde, o médico apareceu.— Por favor, doutor, não diga que é minha filha que está morta, não quero que ela tenha deixado esse mundo levando a última frase que eu disse a ela.— Primeiro preciso que o senhor mantenha a calma, esteve aqui poucos minutos atrás tratando um pico de hipertensão. Sua filha está viva e, infelizmente, ficará bem, realizamos uma lavag
Paula e Carlos estavam indo para a rodoviária, onde pegariam um ônibus para partir em direção ao interior, Tamara havia dado uma carona para eles em seu carro e aproveitou para se despedir da amiga. Alguns minutos depois, o ônibus chegou e as duas deram um forte abraço.— Sinto tanto por você estar indo embora desse jeito, amiga, quero que saiba que se precisar de qualquer coisa pode entrar em contato e estarei aqui de braços abertos esperando para que você volte logo.— Não tenho palavras para agradecer por tudo que você tem feito por mim. Antes de tudo acontecer, você já me aconselhava e tentava me tirar da situação em que eu estava entrando. Já chega de lamentar, preciso me reconstruir e longe daqui eu tenho certeza de que será mais fácil.— Não chorem mais, meninas, temos que ir agora e acho que esse é o nosso ônibus. Vamos, filha?Os dois entraram no ônibus e Tamara os viu partir. Havia prometido para Paula que jamais contaria para onde o destino a estava levando e muito menos qu
No dia seguinte, o reitor cumpriu sua palavra e telefonou para Paula. Ela mandou um e-mail passando o número de telefone da vizinha para quando ele tivesse mais informações, sempre que a pessoa do outro lado da ligação se revelasse e não houvesse nenhuma relação com Robson, ela não queria que ele a encontrasse sob nenhuma hipótese.— Estou telefonando para dar uma notícia que acho que vai te deixar um pouco mais tranquila.— O senhor conseguiu que aceitassem o trancamento do meu curso? — perguntou ela, com o coração cheio de esperança.— Sim, confesso que precisei utilizar muitos argumentos para desfazer a má impressão que eles ficaram devido ao que aconteceu.— Agradeço de verdade pelo que fez.— Saiba que apesar de tudo eu sinto muito! — Lamentou ele.— Não se preocupe, talvez a vida nos dê a oportunidade de consertar algumas coisas reitor.— De qualquer modo, fico na espera de que envie de volta todos os documentos que estou solicitando a você em seu e-mail. — Solicitou.— Eu os ma
Sheila insistiu até conseguir marcar um horário com o detetive. Assim que o encontrou, ela o seduziu para que adiasse a procura por Paula. Mesmo que as chances de reconquistar Robson fossem praticamente nulas, ela não permitiria que ele ficasse com sua amante.Richard é um homem divorciado, não pode resistir ao charme daquela mulher, mesmo sabendo que ela era ex-esposa de seu mais novo cliente. Talvez aquele perigo tornasse tudo ainda mais excitante para ele.Quatro meses se passaram, Laura desenvolveu crises de ansiedade por medo de que o marido atraísse em busca de alguma mulher que pudesse dar a ele um filho. O aborto que ela sofreu meses atrás foi o responsável por acabar com qualquer esperança de ela poder gerar uma criança. Ele passava cada vez menos tempo em casa e ela tentava mergulhar a cabeça no trabalho para esquecer um pouco da vida pessoal, nunca sofreu tanto quanto nos últimos tempos.A aproximação com Sheila só durou enquanto necessitavam eliminar Paula de seu caminho.
Robson decidiu que não ficaria mais esperando pelas ordens de alguém que não compreendia toda a angústia que ele enfrentava enquanto estava longe dela. Sabia que Richard havia tido a oportunidade de lhe trazer notícias há muito tempo, pois ela estava este tempo todo perto deles.Ele telefonou para a faculdade e pediu a Orestes que liberasse os alunos de sua aula, alegando que precisava resolver um problema pessoal envolvendo parentes próximos.— Infelizmente, não posso deixar que outra pessoa resolva essa questão por mim, passarei um trabalho para que os alunos façam em casa.— Está bem, Robson, mas peço que quando essas coisas acontecerem, você precisa que comunicar o mais rápido possível. — avisou o reitor.— Não se preocupe, Orestes, você sabe da minha competência!Amanhã seria o dia de Robson buscar o filho Jonas e ficar com ele. Decidiu telefonar para Sheila e dar a ela uma outra desculpa, dizendo que iria se ausentar para tratar de um problema da faculdade, e ela logo reclamou, d