Estou cansado de ser humilhado, desde novo todos me jogam para baixo, dizem coisas terríveis de mim. É sempre um ciclo, uma época eu vivo e outra que me destrói. Eu não estou aguentando mais. Por que todos tendem a me humilhar em público? Por que todos se sentem bem em me causar dor? Durante toda a minha vida eu nunca fui feliz! Até hoje eu não sei o que é o sabor da felicidade. Vejo as garotas e garotos da escola, saem para beber Ruke cola, comer pizza, tomar sorvete, vão para eventos, festas e eu nunca sou convidado. Sempre excluído, tento ser legal com todo mundo. Porém, sempre tem uma pessoa para me destruir. Será que minha aparência é tão repulsiva assim? A Helena parecia gostar de mim, não sei, será que confundi as coisas? Confundindo ou não o Himeros percebeu algo entre nós e tratou de aniquilar. Como um deus grego que raptava as mulheres dos mortais. Há uma parte da mitologia grega na qual os deuses se comportam como mortais, passíveis dos mesmos s
Pela primeira vez minha mãe não precisou me acordar, e ainda me levantei antes do despertador tocar. Surpreendi até meu pai. Tomamos café juntos, me arrumei e fui para escola. Aquele sentimento bom, de vitória ainda pairava no meu coração. Fiz justiça, sou um justiceiro contra os valentões opressores. Ainda pensava na namorada do maldito. Como pode alguém ser obrigado a ficar com outra pessoa sem consentimento? Comecei a questionar o fato de às vezesminha vida não ser tão difícil assim.Existem pessoaspassando talvez coisas bem piores. Meu coração pleno e sereno. Minha mente não me acusava, pela primeira vez, corpo, mente e coração estavam unidos. Aquela coisa no meu cérebro que sugava minha vontade emeus sonhos haviaevaporado. Estava leve, caminhando até a escola. Tinha esperanças da Helena ainda falar comigo, e torcia para um dia a namorada do maldito Himeros ter forças para meter o pé na bunda daquele impres
Sísifo, triste, cada vez mais caminha em direção ao abismo. Não vê propósito em nada, fica no quarto o dia todo. Não quer estudar, não quer sair de casa, não conversa com quase ninguém, apenas com os pais. Até o gosto de assistir um filme, ou uma série que tanto o agradava, perdeu o encanto. Nada chama sua atenção. Seus pensamentos somente questionavam suas ações, não sabia lidar com tanta pressão. Não entendia os motivos pelos quais a vida sempre o cobrava com juros altos, não conseguia compreender as relações entre pessoas. Pouco a pouco ele foi desenvolvendo um comportamento antissocial extremista. Sua mãe lutava para ajudá-lo, mas ele nunca se abria para diálogo. Fechado e calado, sem amigos, nem conhecidos, ninguém para lhe realizar uma visita, ninguém para lhe dar o ombro para chorar e desabafar as mágoas. Aquele pobre garoto problemático, com mente e imaginação extremamente fértil, estava sem ideias e forças para pensar em como lidar com as
Sísifo chega em casa para almoçar, sua mãe com aquela refeição maravilhosa que enche os olhos e faz salivar. Uma mestra na arte culinária, fazia com gosto e paixão. Começou a dialogar amigavelmente com um sorriso gracioso irradiando amor. ─ Meu filho, volte a estudar. Você é tão lindo e inteligente, já passou tempo demais. Eu dei o prazo que pediu para pensar e refletir no que quer da vida. Dois anos é muito tempo, não aguento mais seu pai me acusando que te protejo nem se lamentando que falhou. Você mudou muito, anda somente de preto, até sombra no olho e esmalte preto está usando. O que aconteceu com você? Só ouve músicas estranhas. ─ E lhe entregou uma travessa de salada. Sísifo ouvia, mas nem ligava, comendo e somente balançando a cabeça. Parecia que somente seu corpo estava ali e sua mente em outro lugar, sempre aéreo, fora de sintonia. ─ Filho, estou falando com você, olha para mim. ─
Eu não sei como, mas retornei para escola mais uma vez, depois de tantos trancos e barrancos. Jamais pensei que retornaria. Minha mãe pediu tanto. E meu pai me ameaçou. Escutava direto ele jogando ameaça para minha mãe que iria me expulsar assim que eu completasse dezoito anos. Não sabia o que pensar, muito menos como reagir. Achei melhor naquele momento atender ao pedido da minha mãe, mesmo sabendo que isso não ia dar em nada. Estudar à noite até parecia ser legal. As pessoas seriam mais adultas. Naquele estágio da minha vida eu nem parecia o mesmo. Transformei-me em algo que hora ou outra alimentei. O mal que estava dentro de mim, eu libertei. Era uma sombra que caminhava sem destino, vagando pela terra sem propósito, onde o vento me levava, onde as circunstâncias me guiavam. Eu olhava o passado como se estivesse assistindo a um filme e tinha dó do protagonista. Ele sofria demais enunca ganhavanada de bom. Jus
Quando chegou a hora de ir para a aula, já estava pronto. Sempre fui metódico com horários e compromissos, continuamente pontual. Odeio quando as pessoas marcam algo comigo e não cumprem ou se atrasam. Lá fui eu, mais uma vez, em uma nova tentativa. Mesmo obrigado, tentava agradar minha mãe. Eu gosto de estudar, amo aprender e sou apaixonado por leitura. Sempre lia livros, principalmente de filosofia. Estudar é mágico, ruim são os alunos. Aproximando-me do estabelecimento público, percebi onde estava me metendo. Alunos usando drogas, escorados nos muros do colégio. Gente correndo de um lado, roda de pessoas bebendo álcool, ea meu vertinha até um casal transando no escuro. Que caos! Passei perto daquilo tudo e fui direto para a secretaria. Ninguém. Tudo vazio. Chamei, chamei e nada. Olhei, vasculhando dentro da sala e avistei a secretaria mexendo no celular usando fone de ouvido. Chamei gritando, aí sim ela me ouviu. Veio com mau gosto e
Para derrubar uma árvore é necessário algum planejamento, etapas a serem seguidas para alcançar um bom êxito. Exige técnicas de trabalho corretas que são essenciais. O primeiro é o planejamento. Quando se trata de remoção de árvores usando um motosserra ou machado, a preparação é fundamental, planejando e escolhendo qual equipamento de silvicultura irá usar. Escolhendo, você está pronto para a sessão de trabalho. O segundo passo é verificar a direção da derrubada. Determinar a direção que a árvore irá cair cuidadosamente é essencial. Precisa até averiguar como o vento se comporta para a queda ser natural. Precisa limpar o local da queda para nada atrapalhar ou prejudicar. O terceiro passo é a limpeza do tronco. Depois de limpar e afastado do local da queda qualquer empecilho, é necessáriopodar, eliminar todos os galhos e ramos que possam ficar no caminho. O quarto passo é decidir a técnica do corte.
Tudo parecia bem. Entre trancos e barrancos a vida sorria. A Afrodite era encantadora. Os primeiros meses de aula são estranhos porque não conhecemos ninguém. No entanto eu e ela tivemos uma sintonia desde o segundo dia de aula. Foi mágico, tivemos uma aproximação incrível. Claro, ela que puxou papo comigo, pois se dependesse de mim jamais iria acontecer. Durante o decorrer do tempo, tudo estava indo bem. Achava bom caminhar com ela pelos corredores. Ela sempre alegre, até as risadas dela eram perfeitas.Porém, eunão era o único que a observava. Por onde ela passava chamava a atenção, sem querer é claro. Ela era gata, linda e perfeita em todos os quesitos. Inteligente e dona de si. Uma garota poderosa. Ficamos assim durante os primeiros meses. Andando juntos, fazendo as coisas em conjunto. Eu sempre percebi os rapazes chegando nela quando eu não estava perto. Nunca dava em nada. Ela dispensava sem gastar duas palavras. Passou ma
Certo dia começaram a acontecer coisas que me deixaram bastante abalado. Os garotos que sempre chegavam nela, agora passaram a receber atenção demorada. Logo, tinha um, dois, três rapazes ao seu lado conversando. Eu nem tinha coragem de chegar perto dela com eles. Isolei-me e ficava vendo de longe. Nos intervalos ela parou de andar comigo e ficava na roda com eles conversando, e eu sempre observando de longe. O tempo passou, ela parou até de assistir algumas aulas para ficar na roda com eles conversando. Entrava, deixava a mochila e saia. Só voltava na hora de ir embora. Isso foi dilacerando meu coração. Eu, a essa altura, estava gostando muito dela. Sentia falta de sua companhia. Ela mudou do dia para a noite. Não entendia o porquê dela fazer isso. Na verdade, sabia. O universo mais uma vez tinha conspirado contra mim. Mais uma vez cuspiu na minha cara e pisou no meu coração. Jogou-me na lona com locaute. Haveria um concurso de poesia na escola qu