Capítulo 2 Samantha

Desde nova, eu nunca fui desejada!

A verdade que a minha mãe engravidou do meu pai por acaso, e acabaram os dois se casando por conta da gravidez. É, eu sei o quanto isso é cruel de ouvir, mas é a pura verdade!

Sei que isso é muita realidade por esse mundo afora! Mas a verdade que a minha mãe nunca teve esse cuidado comigo. Desde meus sete anos, lembro que só a Dália ficava comigo, se importava de ouvir as minhas novidades quando chegava da escola, de como sempre me dava atenção, e quando chegava meu aniversário eu me importava mais com a presença dela, do que a dos meus pais. Pois eu sentia o quanto o seu carinho por mim era forte, como de uma mãe. Ela sempre justificava o porquê os meus pais eram ausentes, mas a verdade que isso não tinha justificativa, eles sempre soube que tinham uma filha, mais ao ver deles, eu crescia bem e saudável, além da Dália, fazer sempre o papel deles como pais.

E as coisas foram piorando com o passar do tempo, quando eu completei 16 anos, eu tinha ganhado um carro do meu pai, ele dizia que eu já estava pronta para ser independente. Na verdade, eles estavam comprando o meu carinho. A Dália não cuidava mais de mim, e sim ajudava na casa, foi quando meu pai morreu. Na época não senti muito pelo simples fato de não conviver tanto com ele, mais fiquei triste, e com uma mágoa muito grande em meu coração pela forma que ele sempre me tratou. Na época minha mãe ficou mais em casa, como ela dizia estava de luto.

A verdade é que tudo não passava de uma encenação. Infelizmente meu pai tinha feito um testamento. E tinha uma cláusula para que eu pudesse receber a minha herança por parte dele, eu teria que fazer um intercâmbio, fazer carreira, eu sabia o quanto eu não era bem-vinda à vida deles! Quem em sã consciência mandaria a sua única filha para longe? Ele faria. Parecia que até mesmo após morto ele teria esse prazer de me mandar para longe.

Passou o luto, o advogado veio e fez a leitura. Eu precisava ir. E o que me deixou mais desnorteada era que a minha mãe tinha acabado de descobrir que estava grávida. Por um momento cheguei a pensar que ela me pediria para ficar. Mas ela não fez. Pedi para ficar e só ir quando o bebê nascer, assim poderia ver meu irmão de perto. Contra vontade, minha mãe cedeu a minha vontade pela primeira vez.

Os meses foram se passando e não sei o que aconteceu, mais ela ficou mais carinhosa comigo, eu estava feliz, sempre saímos juntas, compramos as coisinhas do bebê. E para nossa alegria era um menino! Estava ansiosa para sua chegada e até minha mãe demonstrou isso no final de sua gravidez.

Chegou o grande dia, que o meu irmão nasceu, o pequeno Stefan! Ele era o bebê mais lindo, não chorava muito, logo a máscara da minha mãe caiu. Nem mesmo queria amamentar o meu irmão. E volta a Dália para cuidar do pequeno, eu não queria ir, pois eu já sabia de como o pequeno iria se sentir. Então, contra vontade da minha mãe, mais uma vez eu continue com eles. Só iria quando me desse conta de que meu irmão estaria bem, eu já sabia o que é sentir sozinha, e não deixaria o pequeno passar por isso.

Sempre ajudando Dália, ela me ensinou tudo sobre bebê, muitas vezes dormia com ele em meu quarto.

E assim os anos foram se passando. E eu me apegando ainda mais no Stefan.

Ele se parecia muito com o nosso pai, nossa mãe mal aviamos em casa, quando meu irmão completou cinco anos, minha mãe disse que tinha uma notícia boa. Não sei para quem ela se referiu. Ela estava namorando! Isso eu nem ligava, pois ela faria do mesmo jeito que fez com meu pai.

Foi aí que a minha vida começou o inferno! O dia que Paulo entrou em nossa casa!

No começo ele se mostrou de bom moço, até se casar com a minha mãe. Nunca desejei o mal para minha mãe, mais acredito que ela tenha culpa, pois o Paulo começou com seus ciúmes, e não fazia nem questão de esconder de mim e do Stefan quando queria brigar com a minha mãe. Os meses foram passando até que eles chegaram tarde da noite, eu estava no meu quarto com Stefan, tínhamos assistido e acabou adormecendo e acabei deixando dormir comigo. A nossa ligação de irmão só crescia a cada dia mais, eu mataria se fosse preciso. Mas manteria meu irmão seguro.

Escutei um estrondo vindo da sala, fechei o meu quarto e fui ver do que se tratava e me desesperei quando vi o Paulo apertando o pescoço da minha mãe, eu estava trêmula, peguei o meu celular e tirei uma foto. Voltei para meu quarto, e guardei o meu celular, eu precisava ajudar a minha mãe, no mesmo instante, a Dália apareceu e me ajudou a retirar Paulo de cima da minha mãe, ele estava louco, eu estava com medo. Acabei mando embora, o segurança me ajudou e ele saiu de casa, minha mãe estava aos prantos, e ainda tinha uma marca em seu rosto, demostrando que ele tinha abatido. Conversei e pedi para que ela prestasse queixa do Paulo, ela não poderia permitir que ele agredisse de forma. Após horas, ela aceitou. A levei para uma delegacia e ele prestou queixa. Eu estava com muito medo do que ele poderia fazer, mas não permitiria que machucasse a minha mãe novamente.

Voltamos para casa, ela estava muito pensativa, fui para meu quarto e fiquei com meu irmão, eu estava com muito medo. Ele não iria deixar a minha mãe em paz. Ela precisava ser firme, quem sabe se livrar desse embuste.

No outro dia pedi que a Dália ficasse de olho na minha mãe, e fiz questão de levar o meu irmão para escola.

Nesse dia eu tinha uma consulta, e estava vendo um cursinho para começar, sei que o meu pai queria que fosse para fora do país, mas nesse momento seria melhor ficar por aqui! Assim cuidando do meu irmão e minha mãe.

Quando cheguei em casa a minha mãe não estava. Fiz algumas pesquisas e acabei dormindo.

No outro dia, quando acordei, o Paulo estava em nossa casa, a sala de estar estava repleta de buquês de rosas. Minha mãe toda melosa para o lado do embuste.

Ele me pediu desculpas e prometeu que isso nunca iria se repetir. Na verdade, que eu não senti nenhuma verdade nas desculpas dele. Mais o que eu poderia fazer? Nada! Minha mãe que precisava acordar para vida. Eles fizeram uma viagem como ela disse que seria de reconciliação.

Durante a semana que eles viajaram a casa estava uma paz! Recebi uma notificação do advogado. Sobre o testamento. Eu preciso cumprir o desejo do meu pai. Merda logo agora! Quando minha mãe chegasse eu falaria com ela. Acabei pesquisando um curso o mais curto que foi design de marketing. Enviei para o advogado questionando se estava legível fazer. Ele disse que sim, e que seria ótimo para mim.

Quando a minha mãe voltou eu conversei com ela, e disse que iria viajar, mais que eu queria o Paulo longe do meu irmão e da nossa casa. E lá vamos nós para mais um embate, não só com a minha mãe como também com Paulo! Sai de casa para não deixar as coisas ainda mais complicado, precisava que a minha mãe, abrisse os olhos, e só visse que eu queria só o bem dela e do meu irmão.

Eu já estava na guarita do nosso condomínio foi quando eu vi o carro do Paulo ele veio com tudo para cima do meu. Fazendo com que eu batesse em uma árvore.

Nesse dia eu vi, que ele faria de tudo para me manter longe. Fiz uma queixa contra ele. E dessa vez ele não iria se safar! Minha mãe implorava para eu retirar a queixa, e eu disse que não. Infelizmente ele pagou a fiança e saiu da prisão. Inferno! A minha mãe estava cega por ele.

Foi quando ela descobriu mais uma vez que estava grávida. Mas dessa vez não poderia ficar, eu precisava fazer a minha vida, e levar meu irmão para longe deles! Conversei com a minha mãe e deixei claro que falaria sempre com ela e com meu irmão e caso eu sentisse que tinha algo de errado eu voltaria, além de deixar a Dália de olho neles! Omiti o tempo que ficaria longe, porque eu queria chegar de surpresa. E com meu coração partido fiz a viagem, eu estava indo, mais já estava certo o dia que eu voltaria...

E quando eu retornasse faria questão de levar o meu irmão para longe deles.

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