Capítulo 4 Samantha

Passar dois anos longe do meu irmão, me fazia sentir um vazio enorme.

Não vou dizer que não aproveitei a viagem por que fiz tudo que uma mulher da minha idade faz, saí, conheci muitas pessoas, namorei bastante, fiz muitas amizades, até mesmo onde eu morava que era algo que eu não tinha.

Até mesmo a amiga do meu ex-namorado, a Iara! Eu estava louca para conhecer pessoalmente. Eu contava as horas para chegar em casa! Finalizei o meu curso, comprei a minha passagem de volta. E pelo que a minha mãe vem me falando, que está tudo bem, meu outro irmão tinha nascido bem e saudável, o nome dele é Pedro. Eu estava louca para conhecê-lo pessoalmente, o Stefan falava sempre comigo, às vezes eu chorava após desligar, sentia muita falta dele. Meu pequeno! Você ficará muito feliz quando me ver…

Estou sentindo uma dor forte no meu peito, pensei que ao voltar meu coração ficasse mais tranquilo e leve.

Quando saio do avião me sinto até mais leve por voltar para minha casa! Pego um táxi e dou o endereço da minha casa. Tenho certeza de que o Stefan vai gostar dos brinquedos que comprei e o Pedro por mais que seja um bebê, também gostará do seu presente!

Chego na guarita e tento liberar a minha entrada.

— Para onde a senhora vai?— o segurança pergunta e eu estou estranhando.

— Eu sou moradora, me chamo Samantha Medeiros, filha da Sueli Medeiros. — o segurança faz uma cara séria.

— Espere só um minuto. — ele pega o interfone e faz a ligação. — Senhorita eu sinto muito mais a sua entrada não foi liberada.

— Como? Eu não posso entrar na minha própria casa?— devolvo a pergunta. Eu estou cheia de raiva.

— Infelizmente essa foi à ordem.

— Quem foi que deu essa ordem? Foi a minha mãe?— pergunto já desesperada me negando acreditar que ela tenha feito isso comigo.

— Não senhorita, eu sinto muito pela sua perda. — ele diz e meu coração quase parar.

— Não entendi? Quem morreu? — pergunto no fio de voz.

— A senhora não sabia? A sua mãe morreu já faz dois anos. — ele me diz quase tenho um treco.

— Me desculpa o senhor deve estar se confundindo. Eu poderia falar com responsável, por favor.

— O senhor Medeiros não está, se quiser posso pedir para uma das empregadas vir.

— Faz isso, por favor. — ele interfone mais uma vez.

— Aguarde só um momento ela virá. Ele diz e eu não consigo segurar as minhas lágrimas.

Por que ele não avisou que minha mãe morreu?

Quem está cuidando dos meninos? Que seja a Dália senhor! Por favor, que venha a Dália.

Não demora e vem uma mulher, eu não reconheço.

— Sim, em que posso ajudar?— ela me pergunta.

— Eu não me lembro de você, eu queria falar com Dália, ela está aí?— a pergunto se assusta.

— Você é a Samantha?

— Sim, sou eu mesma.

— Eu sinto muito mais assim que entrei a Dália foi mandada embora, mais antes ela deixou algo para entregar a você, espere só um pouco eu vou buscar.

Ela sai e eu fico andando de um lado para outro para onde eu vou meu deus?

Eu sabia, não era para ter ido, isso foi culpa dele. Infeliz eu vou te destruir, nem que seja a última coisa que eu faça! Ela volta e me entrega um envelope.

— Eu sinto muito, mais preciso voltar para dentro da casa, ou o senhor Medeiros vai me mandar embora.

— Só mais uma coisa, e Stefan? Como ele está? E o Pedro?— a pergunto com meu coração acelerado.

— Eles estão bem, dentro do possível.

— Você poderia me passar o seu número, só para falar com meu irmão?

— Eu não posso senhorita. Mas ligue para o número que a senhora falava.

— Está bem, obrigada. Eu farei Isso.

Entro no táxi e peço para ele ir para um hotel. Vou me hospedar e depois a procura do meu advogado. Não posso perder tempo.

Chego no hotel, faço pagamento do táxi e faço meu check-in, por um mês, não sei como fazer, ainda bem que ainda tenho dinheiro.

Depois de um banho, sigo para o advogado do meu pai. O cansaço está me consumindo mais eu não posso parar, eu preciso saber o que está acontecendo.

Chego no empresarial e peço para falar com advogado e sou encaminhada para ir até o seu andar.

Chego a secretária informa que ele não está, mais que logo chegará, pois ele tem uma reunião em menos de trinta minutos. O que me resta é sentar e esperar. Pego meu celular e começo a olhar a minha conversa com a minha mãe, a frequência que ela respondia por Áudio e depois só por escrito.

Por que ele fez isso mãe, por que ele não me avisou que a senhora estava doente? Nem mesmo um luto eu pude sofrer, eu não queria que ela morresse. Tento segurar as minhas lágrimas. Aí como eu queria ver meu irmão. Mãe porque não me deu um sinal de que não estava bem, eu não sei o que fazer agora.

Sou desperta quando a secretária dele me informar que ele vai me receber. Solto um suspiro e entro.

— Em que posso ajudar senhorita?

— Me desculpa vir assim, eu sou Samantha Medeiros Vieira. Filha do senhor Renan Vieira.

— Ah, sim! Me desculpe não te reconhecer! Como você está? Eu soube da sua perda eu sinto muito. — ele diz com pesar.

— Infelizmente eu não sabia. Acabei de ficar sabendo pelo segurança de onde eu morava. — confesso e ele fica surpreso.

— Como não sabia? Eu até mesmo tinha questionado ao senhor Paulo, ele informou que a senhorita não conseguiu um voo.

— É tudo mentira desse monstro. Eu nem mesmo sabia que a minha estava doente, até por que até dois dias atrás eu recebi uma mensagem dizendo que ela estava bem.

— Como assim? Essa história estar mal contada. Pensando bem, tudo estava estranho, alguns dias antes de receber a notícia que sua mãe faleceu, ela esteve aqui com o senhor Paulo. Ela estava muito tensa, com um ar de doente, e até mesmo quis fazer um testamento. Fiz como de desejo dela, e estranhei, pois ela passou a maioria dos seus bens para o marido. Além de ele continuar com a guarda dos menores.

— Isso tudo foi planejado pelo Paulo, ele queria destruir a minha mãe, ela nunca faria isso em sã consciência. Meu Deus estou ficando com medo pelos meus irmãos, esse louco pode fazer algum mal a eles só pelo dinheiro.

— O que ele não sabe, é que a senhora Sueli, fez dois testamentos. E me fez prometer que só entregaria o segundo para você. Espere só um minuto. — Ele sai e vai em direção de outra sala.

Esse louco é capaz de tudo. Eu vou te destruir Paulo e isso é uma promessa.

Ele volta e me entrega um envelope. Abro e leio tudo, e fico assustada com seu pedido para cuidar dos meus irmãos. Junto aos meus irmãos tem a minha herança, ela precisou fazer isso para o Paulo não desconfiar, choro lendo cada palavra desse papel. Por que a senhora não me deu um sinal? Eu não queria que a senhora morresse assim, como os meus irmãos devem estar se sentindo?

Enxugo as minhas lágrimas, e solto um suspiro, preciso correr contra o tempo. Preciso parar o Paulo, antes que ele destrua o patrimônio da minha família.

— Como eu faço para derrubar o testamento que o Paulo tem? E como posso pegar as guardas dos meus irmãos, esse foi o último pedido da minha mãe. Além de liberar a herança que o meu pai deixou para mim?

— Eu não posso pegar o seu caso, mais tenho uma colega que fará tudo e você vai estar em boas mãos, vou pedir para minha secretária a chamar e assim, ela já dará entrada no processo, da guarda dos seus irmãos e os bens da sua mãe. Sobre a herança do seu pai, já estava tudo certo para quando você voltasse, já consegue o acesso da unidade que você fez o curso. O dinheiro estará em sua conta em até 20 dias úteis.

— Isso tudo? E que eu não tenho dinheiro como vou pagar Advogada?

— Não se preocupe, eu serei o seu fiador. Pagarei todo custo, isso é o mínimo que posso fazer, e depois acertamos tudo. O que você precisa agora e iniciar o pedido!— assim que ele termina de falar, uma mulher entra.

— Essa é Brenda Ribeiro, ela ficará a frente do seu caso!

— Prazer, Brenda, sou a Samantha.

— Sente-se que irei detalhar sobre o caso da senhorita Medeiros. Ele começa a contar tudo e isso a Brenda vai anotando, ela pega o testamento e ler tudo com bastante calma, falo sobre não poder entrar na minha própria casa, e caso de estar recebendo mensagem como se fosse a minha mãe. Ela pede que eu faça contato para ver se responde, e me pede para enviar os capturas de tela da tela do meu celular. Faço tudo que ela me pede e os áudios envio com os capturas de tela conforme os dias.

Ela me pede meus dados, anota o endereço do hotel onde eu estou hospedada. Ela diz que logo entrara em contato comigo. Me senti mais aliviada por ser direcionada, se eu estivesse sozinha não saberia o que fazer. Me despeço deles e sigo para hotel, decido andar um pouco na beira da praia, me pego parada olhando o mar, e derramando toda minha dor em minhas lágrimas, era para ter ficado, não podia deixar minha mãe sozinha com esse monstro. Eu preciso fazer justiça, quando me viro para continuar andando esbarro em alguém, e fico surpresa por ver ela aqui.

— Sam!— ela diz animada, porém ficar séria quando olha em meu rosto, eu apenas abraço.....

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