CAPÍTULO 76 parte 2 Arthur Taylor E, assim os dias foram passando, todos os dias a história se repete... ela mexe algo quando converso com ela, e os médicos dizem que não é nada, mas eu não desisto! Ela ainda vai acordar. A mãe dela vem todos os dias, e deixei ela passar essa noite com ela, já que a Valéria veio cuidar da Samantha, e eu precisei de um banho e umas horas de sono para ficar melhor. Hoje trouxe as flores que naquele dia eu comprei e foram jogadas fora sem ela ver... faz um mês que tudo aconteceu e eu ainda não tive uma boa notícia. Comprei um vaso bonito, e arrumei as flores ali. Muitos quiseram me impedir de trazer, mas eu mostrei algumas notas de duzentos e resolvi o problema. Já até estou meio quadrado de ficar nessa poltrona dia e noite, mas estou firme. Acho que nunca conversei tanto na minha vida, e se a Sophia consegue me ouvir, já deve saber mais da minha vida do que eu, porquê todos os dias eu converso com ela contando das minhas histórias, da
CAPÍTULO 77 Sophia Clark Taylor Eu sempre me perguntava o que uma pessoa poderia sentir ou ouvir, enquanto estivesse em um coma! Bom, vou falar por mim mesma... eu acredito que eu tenha ouvido grande parte do que acontecia ao meu redor, desde o momento em que eu vi aquele carro girando e a minha cabeça apagando, eu só percebi que havia algo errado quando comecei a ouvir vozes ao meu redor e eu não conseguia acordar. Os meus olhos não abriram, mas a primeira voz conhecida que eu ouvi, eu reconheci, e me doeu muito saber que o Arthur não me reconheceu. Eu não imagino pelo que ele deve ter passado, e ainda nem me olhei no espelho para ver em que estado estou, mas eu pensava que já havíamos superado essa fase e ele não me trocaria pela Samantha nunca mais... pois eu estava enganada. Eu não consigo descrever o desespero que senti quando percebi que ele não voltou mais, não tenho noção de quanto tempo fiquei lá sozinha, a única coisa que eu sabia era que nin
CAPÍTULO 78 Samantha Clark Me sinto melhor agora que vim para o hotel, e também vi a minha mãe. Fiquei feliz em saber que ela está bem, embora eu não consiga me comunicar com ela, e mais feliz ainda quando ouvi ela no celular falando que a Sophia acordou. — Filha, a sua irmã acordou! Eu vou precisar ir pra lá... descansa, tá? O Cleiton vem depois do almoço? — perguntou, e assenti. Enfim eu veria alguém. Já me habituei com a cadeira de rodas e faço muita coisa com ela pelo hotel. Só não me acostumei a ficar sem falar, acho que isso ainda vai acabar me desanimando bastante. Tentei cobrir o meu rosto com muita maquiagem para que o Cleiton não me visse com a minha nova aparência. Não tem nada aberto, mas não é mais como era antes, e me frustro fazendo isso, porque quando me arrumo preciso me olhar no espelho, e me lembrar de que não sou mais a mesma. Vesti uma roupa discreta e simples, com a maquiagem em exagero, a roupa teria
CAPÍTULO 78 parte 2 “Você vive de teorias! Na prática as coisas não são assim! Me diga que existe homem que preste, e ele suportará ou amará uma mulher com falhas como eu?“ — entreguei. — Eu te acho perfeita! — falou. Então lhe escrevi... “Vou te mostrar a verdade, e então você verá o monstro que me tornei! Pega aquele pacote de lenços umedecidos ali em cima!“ — entreguei, e ele me olhou diferente, não respondeu nada, e foi buscar o que eu pedi... já chega de tentar esconder o horror que me tornei. Tirei a maquiagem com raiva, até não sentir mais nada na minha pele, e então comecei a chorar jogando o lenço no chão. Ele se levantou e veio bem perto de mim, sentando de frente comigo, o sofá do hotel é largo e deu perfeitamente pra isso. Cleiton colocou a mão no meu rosto e começou a olhar bem de perto. — Não deveria ter passado maquiagem, isso irrita a pele, e dificulta a cicatrização! Vou procurar uma bacia com água e já volto... — eu queria perg
CAPÍTULO 79 Arthur Taylor A minha ruivinha não está facilitando. Eu já sabia que isso iria acontecer, já a conheço nessa parte, e sei que ela deve estar planejando me torturar e o pior é que essa danada sempre consegue. Precisei aguentar tudo calado. Ajudei ela a tirar aquela roupa e a entrar embaixo do chuveiro, e na cadeira de banho que eu a ajudei a sentar. Ela está mesmo mais magra, mas mesmo sentada consigo ver a dobrinha da bunda, tão gostosa que eu amo. Eu a olhei inteira, e vi alguns lugares roxos, e vários amarelados, que provavelmente haviam machucado com o acidente, e tomei mais cuidado quando passei a esponja. — Está doendo? — perguntei. — Estou um pouco dolorida... — Quer fazer, você mesma? — me mostrou os braços, ambos roxos e com marcas de acesso. — Me sinto muito cansada... — parecia triste. — Ei! Eu vou cuidar de você! Deixe que eu faça tudo, e se passar mal, me avisa que chamo o médico! — assentiu
CAPÍTULO 80 Sophia Clark Taylor Mesmo estando magoada com o Arthur, não consigo ficar longe dele. Parece que tem um imã que me faz querer o contato com ele, sentir a pele, o toque, o cheiro... Eu aproveitei que ele estava ali, e não reclamei dos carinhos, apenas descansei... já que decidimos resolver as pendências depois. Quando abri os olhos, me enchi de alegria ao ver a minha mãe ali. Arthur me ajudou a levantar, e ela me abraçou bem forte. — Aí, meu Deus! Eu ainda nem acredito que você acordou! Não imagina a angústia que andamos vivendo, sem saber quando acordaria! — a minha mãe falou. — Eu também tentei acordar, acreditem! Mas, era mais forte do que eu... ouvia muita coisa, e não conseguia fazer nada. — Nossa, filha! Eu vou te ajudar a se vestir, trouxe as suas coisas... — Eu vou descer tomar um café, assim vocês conversam melhor! — Arthur falou, e eu assenti, então ele se retirou. A minha mãe foi tirando as coisas d
CAPÍTULO 81 Samantha Clark — Então, isso foi um “sim”? Vamos tentar algo? — Cleiton me perguntou, enquanto segurava no meu rosto. — assenti. — peguei o bloco, e escrevi uma pergunta: “Você sente algo por mim?“ — ele leu. — Muitas coisas... acredite! Eu ainda não sei o quanto, mas gosto muito de estar você! — me ajeitou no seu colo. — Eu fui te ver no hospital... eu também confundi a sua irmã com você! — fiz cara feia pra ele. “Que coisa, você a beijou?“ — escrevi. — Não! Você, ou no caso, ela... estava desacordada, eu jamais faria isso! Só que eu percebi que fiquei muito mais abalado do que deveria... eu fiquei incomodado com a sua ausência, senti falta de conversar, te entender... entendo a sua dor, a sua frustração, sei que tem medos, e acho que conheço a maioria deles, porque você já me contou grande parte deles, eu sei o que te frustra, só preciso te conhecer melhor, me apresentar, descobrir o que te alegra, o que você gosta. — sorr
CAPÍTULO 82 Sophia Clark Taylor A minha convivência com o Arthur melhorou muito. Já faz uma semana que eu voltei para o apartamento com ele, e a cada dia tem melhorado. Hoje estamos indo na casa nova que ele comprou para a Samantha e a minha mãe, já estou me movimentando muito bem, praticamente como antes, e quero ver como anda a recuperação da minha irmã, que ainda não consegue andar e nem falar. — Você não vem? — perguntei para o Arthur, que não desceu do carro quando paramos em frente. — Só se você precisar de ajuda, caso contrário ficarei aqui mesmo... aliás vou dar uma passada na empresa... — Não, eu ando bem, agora! Pode ficar tranquilo... — desceu do carro e veio me beijar. — Vou esperar a tua mãe vir, e já vou! — Tá bem... eu te ligo! — agora estamos sem carro e sem motorista, então o Arthur prefere que eu só saia com ele, tem medo que eu pegue taxi ou carros de aplicativos. A minha mãe veio me receber