66. Saudade e dor
Eduardo

Chego em casa ainda irritado com Lily. Pego Bella no colo, sentindo seu peso aconchegante, e a levo diretamente para o quarto. Cuidadosamente, arrumo-a na cama e fico ali, observando-a dormir. “Ela se parece tanto com a Savana”, penso, com um nó se formando na garganta. A saudade e a dor se misturam em um turbilhão de emoções.

Vou para o meu quarto, e paro em frente ao quadro de Savanna. Seu sorriso, que costumava iluminar meus dias mais sombrios, parece agora uma lembrança dolorosa. Ela sempre estava lá, com seu sorriso, para me amparar nos dias difíceis, aqueles em que eu chegava em casa não querendo ver nem falar com ninguém. “Seu sorriso era como o sol em um dia nublado”, eu costumava dizer.

Sinto uma lágrima solitária deslizar pelo meu rosto, dou um sorriso triste, repleto de saudade. Então, um desconforto estranho começa a se instalar em mim. Sinto como se ela estivesse ali, me observando, me julgando por tentar seguir em frente com outra pessoa.

— Não me olhe assim! — G
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