08

Luiza narrando:

Eu estava fazendo programa com um velho do pau mole e das bolas caídas, estava quase vomitando tendo que bater punheta para ele.

- Você é muito gostosa - ele fala agarrando a minha bunda -, coloca a sua boquinha gostosa aqui - ele fala puxando minha cabeça para o seu pau.

Assim que termina o tempo, eu corro para o banheiro e começo a escovar os meus dentes, escovo três vezes para tirar o gosto do pau fedido daquele velho patético.

- Estou exausta - eu falo para Marta -, foram três velhos nojentos.

- Eu também peguei dois horríveis.

- Tudo que eu queria era encher a cara, para ver se eu saio desse pesadelo - ela começa a rir.

Olho para o canto mais afastado vendo Marcos com um cara e os dois se pareciam bastante.

- Aquele lá é o irmão dele?

- O dono de tudo isso.  

- Ninguém sabe o nome dele?

- Não, raras as vezes que ele aparece por aqui é um homem misterioso.

- O que leva esses homens a fazer isso com nós mulheres?

- Doença, Luiza, se eu pudesse matava cada um deles.

- Somos duas e eu ainda vou fugir desse lugar.

- Esqueça isso, pensa na sua família no Brasil.

Na mesma hora meus pais vêm na minha cabeça e se tudo isso que eles falaram seja apenas blefe, e se eles não forem fazer nada com eles? Eu poderia fugir e ir para bem longe aonde eles jamais iriam me encontrar.

Vou até o banheiro e abro a pequena janela que tinha ali, espio para o lado de fora vendo que tinha pouco movimento, eram mais de mulheres que faziam programas do que de seguranças. Eles deveriam está apenas aqui dentro e nos prédios.

- Demorou.

- Não tem uma janela que a gente possa sair deste lugar.

- Eu falei é difícil, quase impossível.

- Eu vou acabar me matando aqui dentro.

- Não faça isso, vamos ser o alicerce uma da outra - eu sorrio para ela.

A noite já estava acabando e eu estava organizando algumas coisas no bar junto com a Marta e a Patrícia, as outras meninas arrumaram outros cantos e outras ainda estão nos programas.

Fazia apenas alguns dias que eu estava aqui dentro e tudo isso já estava me deixando louca, eu precisava me manter firme, pois havia meus pais no Brasil que dependiam de mim e minha vida, eu precisava seguir firme. Isso era pior do que qualquer outra coisa, esse lugar era capaz de te matar aos poucos.

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