Se não tivesse chapado e desarmado, Lucca sabia que poderia passar por Jax e Vox. Os irmãos brutamontes não eram páreo para o Príncipe Da Morte. Porém, no estado lamentável em que estava, Lucca se conformou em ser levado para um dos quartos vazios.
- Volte para o quarto.
Anna mordeu o lábio inferior. Ao mesmo tempo que queria Lucca, ela sabia que não era seguro. Visivelmente bêbado e dominado pelos seguranças, ele parecia um animal selvagem e enjaulado.
- Você vai machucar a mim ou ao bebê?
Lucca viu a dor estampada no lindo rosto negro da esposa.
- Não. Eu não faria mal a você.
Anna insistiu.
- E ao nosso filho?
Lucca vacilou. Lentamente ele desceu os olhos azuis para o ventre de Anna. Aquela aberração não er
As horas seguintes foram marcadas por caos, medo e desespero. Jax e Vox assumiram a culpa do erro irreparável. Greco andava de um lado para o outro em frente a sala de emergência. Médicos e enfermeiros entravam e saíam correndo da sala, e ninguém dizia nada. Um obstreta foi chamado com extrema urgência.Impaciente, Greco pegou um dos médicos pelo colarinho do jaleco branco.- Salvem ela e o bebê!- Não estamos poupando esforços. Por favor, mande seus homens deixarem a entrada livre. Ela será transferida para a UTI para exames e transfusão de sangue. A hemorragia intra-uterina está contida. O feto não foi expelido, mas ainda não podemos calcular o tamanho das sequelas. Saía da minha frente para que eu possa fazer o meu trabalho. Aqui, eu sou a autoridade.Amanhecia quando Anna foi finalmente estabilizada, e Greco chamado na sala do médico.- Você é o responsável por Anna?- Sim.- É o pai do bebê?- Sim. - Greco mentiu na cara de pau e
Greco sabia que precisava reassumir o controle da situação. Após uma conversa séria com Jax e Vox, os irmãos gêmeos seriam os seguranças particulares de Anna, com a ordem direta de não deixarem ninguém passar pela porta do quarto com exceção dos médicos e enfermeiros.Lucca foi mandado para Milão a trabalho para ficar longe do hospital. Ele gritou, xingou, esperneou e fez as malas. Greco recebeu a informação que Alessandro tinha ganhado alta hospitalar e estava em casa. Verone não abriu o bico sobre o que aconteceu. Certamente, estava ocupado demais mimando Alessandro.Anna continuava sendo tratada pelos melhores profissionais, e estava tendo uma ótima recuperação. Em alguns dias ela voltaria para casa, e Greco já estava tomando providências para deixá-la o mais confortável possível. E claro, sob um rígido esquema de segurança.Sentado na cama, Alessandro estava pensativo. Ele estava aliviado por estar em casa, mas não estava feliz. Greco pagou o hospital como tinh
Lucca fechou os olhos em uma tentativa de absorver o impacto da palavra divórcio. Ele não estava disposto a abrir mão da esposa, e no seu caminho, uma criança que nem tinha nascido ainda, ameaçava destruir os seus planos diabólicos.Anna viu Lucca fechar os olhos, cerrar os punhos, dilatar as narinas e respirar fundo para controlar a raiva. Ela teve medo da reação dele, mas precisava ser forte por ela e o bebê.- É melhor que Jax e Vox estejam bem. Falta muito pouco para Greco mandar você para Roma por algum tempo.Lucca abriu os olhos. Ele sabia que era uma possibilidade. O líder da Igreja Católica estava sendo investigado por pedófilia, e Lucca seria enviado para dar a absolvição ao sumo pontífice.O Príncipe Da Morte respirou fundo. Ele não poderia deixar a Sicília, ou o abismo entre ele e Anna, ficaria intransponível.- Está bem. Nós vamos conversar quando você estiver se sentindo melhor.Anna cruzou os braços em uma atitude clara que a sua de
Greco chegou em casa e encontrou Lucca na piscina, um dos seus muitos gostos peculiares, nadar à noite. Os refletores estavam acessos, iluminando a piscina azul turquesa de borda infinita. Greco tirou os sapatos e com um gemido de dor, sentou em uma das espreguiçadeiras. Ele olhou para o céu estrelado e suspirou.Lucca saiu da piscina, secou o rosto na toalha, e fez uma leve reverência com a cabeça em sinal de respeito.- Chefe.- Senta.Lucca obedeceu. Ele não pôde deixar de notar os chupões no pescoço de Greco. Acendendo um cigarro de maconha, perguntou:- Temos uma trégua?Greco estendeu a mão. Após um longo trago, ele soltou a fumaça lentamente e respondeu:- Foi só sexo, e nem foi dos melhores.Lucca esboçou um sorriso zombeteiro.- Mesmo quebrado, parece que ele deu trabalho.Outro trago e Greco devolveu o cigarro para Lucca que também tragou.- Alessandro precisa pagar as contas, caso contrário, terá que declar
Alessandro interrompeu o beijo ao perceber que não estava sendo correspondido. Ele acariciou o rosto de Verone.- Não era isso que você queria?O segurança balançou a cabeça em sinal de negação. Alessandro abaixou a mão. Ele respirou fundo e disse:- Você é incrível demais para ter que suportar ser a segunda opção de alguém. Eu não menti quando disse que gosto de você. Eu te amaria fácil se o Greco não tivesse chegado primeiro.Verone sorriu. Um sorriso triste e resignado.- O amor é um encontro. Não uma busca. Eu estava vivendo uma ilusão, desejando algo que eu nunca terei. Quando você me beija por pena, é como engolir uma pedra.Alessandro ficou sério.- Nunca mais diga isso. Eu não beijo você por pena. Eu não sou piedoso. Eu beijo você porque eu quero.Verone assentiu lentamente. Ele passou a língua pelos lábios ressecados.- Eu sei que você quer usar o Greco para dar a volta por cima, mas talvez devesse se entender com ele.
Três meses depoisEm frente ao espelho do closet, Anna vestia apenas calcinha e sutiã brancos e observava a sua barriga com uma pequena protuberância. Apesar de estar seguindo uma rotina intensa de consultas, exames, alimentação saudável, coquetel de vitaminas e mantendo repouso absoluto quando está em casa, ela não esconde a frustração.Mesmo se sentindo bem fisicamente e o bebê se desenvolvendo dentro do esperado, a ansiedade para ver a sua barriga crescer, a deixa com os nervos à flor da pele. Greco, Paris e Lucca a tratam como se ela fosse uma inválida. As funcionárias da mansão só faltam colocarem comida na sua boca. Anna sabe que o estresse não é bom para o bebê, porém, não está acostumada com tanta atenção.Anna ouviu quando Lucca desligou o chuveiro. Ela vestiu a camisola e voltou rapidamente para a cama. Ele saiu do banheiro com uma toalha preta em volta da cintura, olhou para ela e em seguida para o par de chinelos ao lado da cama.- Eu vou te amarr
Greco acordou com um mal presságio que o acompanhou até o porto da Sicília. Era a primeira vez que negociava com colombianos devido ao fato de conseguir uma quantidade maior de cocaína por um preço abaixo do mercado.No entanto, ele não estava confortável com a tensão que pairava no ar. Ao longe, no horizonte, já era possível avistar o navio cargueiro. A equipe de segurança estava em posição e Lucca também. Paris estava disperso olhando para a tela do iPhone.- O que foi?- Verone não atende as minhas ligações.- Não é hora para isso. Vamos nos concentrar no trabalho. Eu não quero um único erro.Paris guardou o celular no bolso da calça social preta e suspirou.- Você não deveria ter se metido com essa gente. O risco não vale o preço.- Alessandro me deu um desfalque considerável e eu nem percebi.Paris desdenhou.- É claro que não percebeu. Você estava ocupado demais realizando as fantasias sexuais dele. E agora, ele está
As coisas estavam saindo melhores do que Alessandro esperava. Ele estava seduzindo Verone e logo mais a noite iria se encontrar com Bambino. Uma aliança forte, novos negócios, homens treinados e Anna de volta. Depois que o filho nascer, talvez a mantenha em sua vida para o seu entretenimento.No limite, Verone se sentia o mais miserável dos homens. Paris nunca mais iria querer olhar para ele. De repente, tudo deixou de ter importância. Deitado de bruços na cama, o segurança não reagiu quando teve calça e cueca abaixados com violência. Alessandro abriu a sua bunda com as duas mãos e sua saliva escorreu para dentro do seu ânus. Ele introduziu o dedo médio inteiro, retirou e introduziu novamente com mais violência.Verone se agarrou ao travesseiro. Ele poderia impedir aquilo. Porém, merecia ser punido por ter sido tão ingênuo. Merecia por ter amado de forma incondicional quem sempre o tratou como um objeto sem valor, e merecia por todas as vezes que não fez nada para impedi