NIKOLAYVovô pegou uma caixa com fotos e documentos.— Essa região foi formada por imigrantes como todos vocês sabem. Porém, quando já estávamos instalados apareceu na região um grupo, não eram de nem um grupo conhecido. Eles montaram acampamento na estrada, na curva antes da ponte da figueira.— Onde é a área de preservação? — O investigador Davi questionou.— Sim, ali mesmo, porém, a trinta e cinco anos atrás ali, tudo era mata fechada, apenas com a estrada.Ela mostrou a foto amarelada, mas conseguimos reconhecer.— Esse grupo chegou derrubando, eram umas vinte pessoas, entre adultos e crianças. A terra ali era do município, o meu marido e outros fazendeiros, resolveram ajudar os recém-chegados, cada um fez uma doação. Achávamos que assim, faríamos bons vizinhos. O prefeito da época decidiu fazer a doação da área, apenas com uma comprovação que seria usada para produção.— O que acredito não aconteceu, já que ali continua a ser da prefeitura. — Gustavo concluiu.— Fazia mais de sei
NIKOLAYGustavo e toda e a sua equipe ficou até tarde na fazenda, eles coletaram tudo.Eu nem sabia o que pensar, ou falar.Quando estávamos apenas nós, Briana chamou-me para o escritório.-Nikolay, fiquei curiosa, e fui pesquisar.— O que você achou?— Precisamos ficar atentos, com todos da fazenda. Esse grupo é perigoso, o tal Bug usa as pessoas, principalmente crianças e mulheres, ficaram por muitos anos escondidos, e parece que voltaram há dois anos.— Essas pessoas mataram os meus pais. Saber disso aperta o meu coração. Uma dor que nunca senti antes.— Vamos colocá-los na prisão, acredite.— Sim iremos.Ela mostrou tudo que encontrou.Gustavo a noite enviou fotos de alguns membros que estão a ser procurados pela polícia, fiz impressão das imagens e espalhei na fazenda, não queria que ninguém fosse pego de surpresa.Os dias foram passando, não saiamos sozinhos, sempre em grupos, e sempre armados.Uma semana após o atentado, Gustavo teve boas notícias, vinte integrantes do grupo Bu
BRIANAA história do grupo do tal Bug, abalou Nikolay.Vovó contou tudo que sabia, deu as informações para a polícia, tudo para terminar com o tal bando de vez.Claro que isso só vai ser possível, quando eliminarem o tal Bug filho.Fico a imaginar o que o pai dele fez, para criar um filho para depois matá-lo.Muita m@ldade, crueldade num bando só.A cada descoberta da polícia, mas ficamos enojados com esse povo.Com toda essa confusão acabamos adiando o casamento aqui na capela, não estamos com ânimo com para isso, sem falar que Nikolay quer fazer uma viagem, não iremos sair agora e deixar vovó aqui.Dois meses, muitas prisões, e nada do tal Bug filho, mas tudo indica que ele está fora do país, com certeza o covarde fugiu, quase todo o bando já foi preso.Com tudo sossegado, Nikolay foi com os seus homens de confiança para uma reunião numa cidade vizinha.Eles saíram de madrugada, eu ainda estava na cama quando ele saiu, mas não fiquei muito tempo.Após o café da manhã levei vovó e Jo
NIKOLAYLúcio dirigia o carro, numa velocidade que nunca havia feito antes.Paulo tentava falar com a esposa, pois queria notícias do filho, ele chorava muito.Eu nem queria imaginar o que aquele homem fazia com a Briana e Meire.Após meia hora Gustavo entrou em contato.-Niko, os bombeiros já estão a caminho da sua fazenda, a notícia que temos do rapaz que ele está fraco, mas vivo. Sobre o carro de Briana o sinal, mostra que ela está na reserva ambiental, conhecemos parte da região, por isso iremos com apoio, tudo indica que ele usou a antiga estrada da cachoeira, estamos a ir para lá.— Obrigado Gustavo, já estamos a chegar, e iremos ajudar nas buscas.Chegando na cidade, peguei outro carro para ir para a mata, Lúcio iria ficar com Paulo para dar todo o apoio possível, a informação que Ricardo já vinha para a cidade com os bombeiros.Fui até a tal estrada antiga da cachoeira, havia um grupo de policiais ali, informaram, que realmente eles estavam ali, Gustavo e outro grupo já seguiam
BRIANARápidas e silenciosas conseguimos abrir um buraco no chão, o suficiente para sairmos.Fora da barraca decidimos escolher uma rota alternativa.Sabíamos que os homens que estavam ali conheciam aquela região muito melhor que nós duas, por isso aproveitamos uma árvore que estava do lado, subindo nela, com muita dificuldade fomos passando para outras árvores.Eram figueiras centenárias, então facilitou ali.Usávamos sinais para comunicação, evitando barulho.Passamos por umas cinco grandes árvores, assim, ficamos uns quinhentos metros do acampamento.— Vamos para o lado do rio. — Falei baixo para ela.— Boa ideia, vamos seguir o curso dele, assim chegamos na ponte.Com cuidado e atenção, fomos a seguir.Caminhamos uma boa distância quando escutamos tiroteio.No desespero saímos correndo um pouco sem rumo, não sabíamos quem era, nossa ajuda, ou briga entre o bando.O nosso medo de ser briga entre o bando, foi por termos escutado dois que não foram com eles conversando fora da nossa
BRIANAQuando descemos da árvore, o pânico tomou conta, com o que encontramos, era um animal, que havia sido destroçado, sabíamos que era Bug, o autor disso.Resolvemos acelerar, corremos, e muito, já podíamos escutar o barulho da cacheira.Aquela região era perigosa, com a queda da água onde tinha muitos galhos, pedras, era alto, qualquer deslize levaria a morte certa.— Para onde iremos?— Não sei, não podemos voltar.— COELHINHAS ESTOU SENTINDO O CHEIRO DE VOCÊS. ESTOU LOUCO PARA PROVAR A CARNE DA NOVINHA.Vi o terror nos olhos de Meire, precisava pensar rápido.— Prefiro a queda da água que esse monstro, tenho uma ideia, mas é arriscado.— Madrinha, também prefiro enfrentar a cachoeira.— Olhe aqueles galhos, podemos ficar presas ali, se chegarmos lá, não iremos conseguir ir para nem um lado, pois passamos pelo galho e depois derrubamos ele, assim vamos ficar presas ali, vamos então depender da sorte para virem nos buscar. Ele não vai conseguir nos pegar, o perigo maior se a chuva
NIKOLAYO cansaço foi embora, enquanto corria no meio da mata.Perto da cachoeira já escutávamos a voz de um homem, alando palavrões, fazendo ameaças.Quando chegamos, o que vimos era preocupante.Meire e Briana estavam em cima de uma pedra no centro da cachoeira, se o volume da água aumentasse com certeza ela cairiam, o espaço delas era pequeno.O homem, que acredito ser o tal Bug estava espetado na perna, a poucos metros de onde elas estavam, mesmo machucado, podendo cair, ele ainda tentava alcançar elas.Um helicóptero veio para o resgate, Gustavo pediu que assim que elas estivessem em segurança, que afastasse elas dali, pois o tal Bug não ia ter muitas hipóteses, elas não precisariam ver aquilo.O homem parecia maluco, tentava atrapalhar o resgate delas, gritava, já sem forças, pois já havia perdido muito sangue.Quando o resgate colocou Briana no chão, abracei ela, ali as minhas forças foram recarregadas, ali sabia ser o meu porto seguro.Sai com elas, para onde os paramédicos ag
BRIANADormir sentindo o calor do corpo dele, o seu cheiro, foi reconfortante, o meu homem, estava ali, cuidando de mim.O médico já havia dado alta para ele, mas ele disse que só sairia dali comigo.No outro dia logo de madrugada, já tiraram o soro, conseguia tomar o banho mais tranquila, mas claro aceitei a ajuda dele.Durante o café da manhã conversamos sobre tudo que aconteceu.— Desculpe por ter colocado você em perigo.— Olha, você não tem do que se desculpar, o importante agora, que muitas famílias estão seguras. Precisamos pensar no futuro.— Concordo, e falando em futuro, que tal já pensar logo no nosso casamento, quero ferias, vamos esperar a recuperação de Ricardo, e vamos casar, e fazer uma viagem.— Gostei disso, e sim vamos esperar a recuperação de Ricardo. Ele e Meire seriam um dos meus padrinhos, mas ainda nãos abem.Acabamso rindo.Quando terminamos o café, Gustavo chegou, parecia bem cansado.— Bom dia casal lindo!-Bom dia!— Cara você está acabado. -Nikolay zombou