Natasha Lewis Era sexta-feira, e eu estava sentada na sala de espera do escritório, aguardando o Xavier para irmos almoçar. Conversava distraidamente com Pérola, que parecia tranquila até seu telefone tocar. No início, sua expressão era neutra, mas em poucos segundos tudo mudou. Seu rosto perdeu a cor, e lágrimas começaram a escorrer enquanto ela segurava o telefone com a mão trêmula.Levantei-me rapidamente e fui até ela, envolvendo-a em um abraço.— Amiga, o que houve? — perguntei, preocupada.Ela tentou falar, mas o choro cortava sua voz.— Alguma coisa com minha avó… — disse entre soluços. — O médico não quis dizer, mas eu acho que ela morreu. Preciso ir ao hospital.Segurei seus ombros, tentando transmitir calma.— Eu vou com você, tá? Você não vai passar por isso sozinha.Nesse momento, Xavier saiu de sua sala, notando o desespero de Pérola.— Está tudo bem aqui? — perguntou, preocupado.Expliquei rapidamente a situação, e ele, sem hesitar, decidiu nos acompanhar.— Eu vou com
Natasha Lewis Estava no carro do Xavier com a cabeça encostada no vidro, observando a cidade passar como um borrão enquanto meus pensamentos voltavam ao dia de hoje. Não era o tipo de dia que alguém gosta de lembrar, mas também não parecia justo simplesmente esquecer. Senti o olhar dele sobre mim, mesmo que estivesse focada na paisagem lá fora.— Ei, pequena. Que tal passar a noite lá em casa? — ele perguntou, casual, mas havia algo de cuidadoso na sua voz.Virei o rosto para ele, tentando parecer indiferente, embora meu coração sempre ficasse inquieto ao ouvir ele me chamar assim.— Não quero atrapalhar seus planos com a Ruby — disse, fingindo desinteresse, só para ver o que ele diria.Ele suspirou, um som que parecia cansado, mas sincero.— Você precisa de companhia hoje. O dia foi puxado. Fora que, pra ser honesto, estou sem clima — respondeu com um meio sorriso.Não insisti. Apenas assenti, grata por ele sempre saber o que dizer para me convencer.Chegamos à casa dele, e Xavier f
Natasha Lewis A segunda-feira amanheceu ensolarada, refletindo exatamente como eu me sentia por dentro. Desde a noite de sábado, eu tinha um sorriso bobo estampado no rosto, impossível de conter. Ainda não conseguia acreditar que havia beijado Xavier como Natasha, sem máscaras, sem barreiras. Se antes eu já me encantava com cada migalha de atenção que ele me dava, agora, com todo o carinho que ele demonstrava, eu estava a um passo de me iludir completamente — ou, quem sabe, viver algo real.Cheguei cedo ao escritório e logo avistei Pérola, que estava mais séria do que de costume. Apesar do sorriso cansado que ela tentava sustentar, era evidente que a tristeza ainda pairava.— Como você está, pequena? — perguntei, sentando-me ao lado dela.Pérola suspirou, ajeitando a postura na cadeira.— Triste, mas conformada. É a lei da vida, né? — disse, em tom resignado, mas seus olhos traziam um brilho de superação.— E como foi o final de semana com o Pablo? — perguntei, deixando meu tom prop
Natasha Lewis Mais um sábado que depois da minha apresentação na boate eu saia com Xavier direto para um motel qualquer, Ter ele assim na minha cama todo pra mim me deixa extasiada , beijo sua boca, seu pescoço, desço pro seu peitoral , até chegar em seu membro, eu o masturbo de leve, vendo ele gemer rouco, abaixo meu corpo abocanhando seu membro sem cerimônia e chupando com vontade. — isso gostosa - entre gemidos agarra meu cabelo. Paro de chupar, pego uma camisinha colocando no seu pau e sentando com vontade. Sinto um tapa na minha coxa me fazendo morder os lábios, isso me excita demais, então aumento o ritmo das rebolas, deito meu corpo agarrando a boca do Xavier. Ele me tira dele me jogando na cama, e entrando com tudo me fazendo gritar, ele é muito bom no que faz, e me deixa louca. Sua boca alcança meu pescoço, beijando e mordendo, não demorou pra mim sentir meu orgasmo vindo e gozar com vontade. Xavier praticamente rosna em meu ouvido, aumentando as estocadas e beij
Natasha Lewis Estou revisando alguns relatórios quando vejo Pérola entrando na sala com um sorriso radiante. É bom vê-la assim, mesmo que algo no olhar dela indique que tem mais por trás daquela expressão. Levanto-me da cadeira e abro um sorriso também.— Bom dia, Pérola! Chegou cedo hoje. Nem o Xavier chegou ainda. — comento, puxando uma cadeira ao lado da minha mesa.— Posso conversar com você? — ela pergunta, o tom levemente hesitante.— Claro que pode. Nem precisava pedir, somos amigas. — respondo, estendendo a mão para que ela se sentisse à vontade.Ela suspira profundamente antes de começar.— Ontem à noite invadiram minha casa... — Pérola começa, a voz falhando um pouco. — Os policiais acham que foi meu ex-chefe. Ele destruiu tudo, Natasha. Quebrou móveis, espalhou minhas coisas pela casa, um caos. Eles disseram que, por segurança, eu preciso sair de lá por um tempo.Meu coração aperta ao ouvi-la. Pérola sempre foi tão forte e independente, mas agora parecia vulnerável, perdid
Xavier Alcântara Um mês depois…Eu estou literalmente enlouquecendo. Estou apaixonado por Natasha, isso é inegável, mas, ao mesmo tempo, não consigo me afastar de Ruby, e isso tem me consumido de uma forma que nem sei como explicar. Minhas emoções estão tão bagunçadas que começo a enxergar semelhanças entre as duas, como se tudo se misturasse na minha cabeça. E, para piorar, uns chupões que deixei em Ruby acabaram aparecendo em Natasha, o que só me faz sentir ainda mais perdido.Estou sentado no meu escritório, tentando me concentrar no trabalho, quando vejo Pablo entrar na sala. Ele parece desanimado, mais apagado do que o normal, e isso me chama a atenção. Não posso deixar de sorrir ao vê-lo assim, ele sempre tem uma energia boa.— Tá com uma cara de capenga. O que rolou? — pergunto, inclinando-me na cadeira.— Mais um caso ganho. O chefe da Pérola foi preso. Vai ficar detido até o julgamento, agora que apareceram outras denúncias e provas sobre assédio e agressão — responde ele, c
Xavier Alcântara Estou deitado na cama da suíte de sempre, mas algo está diferente. Ruby está sentada em minha barriga, arrastando suas unhas levemente pelo meu abdômen, como sempre faz. Mas hoje seus movimentos são hesitantes, quase tristes. Seus olhos estão distantes, e sua expressão carrega uma seriedade que me incomoda. Antes de qualquer coisa, ela disse que precisava conversar comigo, e isso me deixou inquieto.— Ei, docinho, tá tudo bem? Você tá estranha — pergunto, enquanto minha mão acaricia suavemente seu rosto.Ela respira fundo, desviando o olhar por um instante, e suas unhas continuam traçando padrões suaves na minha pele.— O que me diria se eu fosse alguém que convive todos os dias ao seu lado? — Sua voz é baixa, quase um sussurro, mas as palavras me atingem como um trovão.Eu franzi o cenho, confuso. Tento entender o que ela quer dizer, mas antes que possa pensar em uma resposta, falo com sinceridade:— Já não me importa mais quem você é, ou o rosto por trás dessa másc
Natasha Lewis Era domingo. O final de semana inteiro foi um turbilhão de pensamentos e lágrimas. Revi cada detalhe da conversa que tive com Xavier, buscando respostas, buscando alívio. Cheguei à conclusão de que errei — sim, o enganei. Mas errei ainda mais comigo mesma ao me moldar para agradar um homem. E pior: um homem machista como ele. Minhas lágrimas ainda escorriam quando a campainha tocou. Respirei fundo, limpando o rosto com pressa. Não queria que ele, ou qualquer outra pessoa, me visse assim. Ao abrir a porta, não foi Xavier que encontrei, mas sim Pérola, minha melhor amiga, que me envolveu em um abraço caloroso. — Como você está, hein? — perguntou, enquanto me olhava com preocupação. — Péssima. Nossa conversa foi um fracasso, e ainda descobri que o homem que amo é um babaca machista — confessei, sentindo as lágrimas voltarem. Pérola suspirou, entrando sem pedir permissão, como sempre fazia. — Vocês precisam conve