JOSEPH
Estou muito feliz com meu irmão de volta em casa, ele ficará um longo período conosco, estou ansioso para ver o rostinho do meu sobrinho ou sobrinha, sinto como se fosse meu. Todos estamos muito, felizes, Klaus não se aguenta em si, seus cuidados com Anelise se multiplicaram, é lindo o amor que eles sentem.
Tão logo Barin e Amélie vão embora, caminho ao encontro da Martha que está em meu quarto, quero saber se ela está melhor, mais cedo reclamou de dor de cabeça. Mayla pede para que eu fique mais um pouco com ela, seu pai e o meu, mas não posso deixar Martha mais tempo, sozinha.
Entro no quarto e ouço Martha chorando, me aproximo dela que tenta esconder de mim suas lágrimas, a abraço.
— Hei. Por que você está chorando baby? — Precisamos conversar, Joseph — ela encosta na cabeceira da cama, sento
MARTHAMeu coração parece que vai sair pela boca, Joseph está no auditório com o senhor Anton, Klaus e Anelise, eles vieram para minha formatura. Não sei nem o que dizer e o que pensar, meus pais não puderam vir, meu pai está doente, e essa família que durante um curto tempo também foi minha, está presente, me deixou muito feliz. Respiro fundo e vou fazer meu discurso, evito olhar para o Joseph e prossigo.
MARTHADois meses sem o Joseph, dois meses sem o amor da minha vida.O que somos capazes de fazer por um amor, um amor que vai além das palavras?Algumas pessoas podem achar que a atitude que tomei em abrir mão do Joseph para a Mayla foi burrice, falta de coragem, ou podem duvidarem que o amo de verdade. Passei anos da minha vida ouvindo minha mãe se questionando sobre seu casamento com meu pai, não que ela não goste dele, mas ela não o sente inteiro na relação. Meu pai sempre teve atração por sua prima de segundo grau, ouvi várias vezes minha mãe dizer em suas conversas com a minha tia Evelyn, que apesar de todos esses anos que eles estão casados, meu pai ainda senti algo por sua prima, que toda vez que nossa família se reúne em datas comemorativas, os dois ficam um pouco desconfortáveis com a presença um do outro, e que os olhare
MAYLAOntem minha prima Anelise me perguntou o que eu espero do meu relacionamento com o Joseph e eu não soube responder. Fazem dois meses que estamos saindo e não vejo evolução no que temos. Sinto-me muito atraída por ele, gosto dos seus beijos, dos seus abraços, da forma que ele me fode, Joseph consegue satisfazer meus desejos na cama. Quando estamos juntos é uma explosão de sexualidade, nossos corpos sentem a necessidade de se fundirem e de se entregarem a luxúria, tê-lo dentro de mim, me faz muito bem. Mas entend
ANOS ATRÁS— Martha meu amor escova logo seus dentes senão irei me atrasar — estou indo mamãeEu não queria ir para a casa da tia Carmem, mas minha mamãe vai começar a trabalhar hoje e não tem com quem me deixar, eu queria ficar na minha casa brincando com meus brinquedos.— Desemburra essa cara Martha, daqui a pouco seu pai chega do trabalho e vai te buscar, você ficará poucas horas na casa da dona Carmem — mas mamãe, eu não quero ir— Martha nós já conversamos sobre isso, a mamãe precisa trabalhar, você tem sete anos e entende muito bem as coisas — tudo bem mamãe — falo e abaixo minha cabeça— Hei olha para mim meu amor — minha mãe pega em meu queixo e levanta meu rosto — não se preocupe serão apenas por algumas horas na casa
JOSEPH— Boa noite irmão — abraço Klaus que está na sala de TV assistindo um jogo de futebol, chego em casa tão chateado com a Mayla, que nem sei dizer quem está jogando— Que bicho te mordeu Joseph? — Klaus desliga a TV e fica com sua atenção voltada para mim
MAYLASe o Joseph pensa que vou para casa dormir, ou vou atrás dele, está muito enganado. Ele foi embora todo estressado porque eu mencionei sentir falta do clube, seria perfeito se ele quisesse ir comigo até lá, além de desfilar com um homem lindo, desejado e poderoso como ele, poderia rolar um ménage, mas já que ele não quer vou aproveitar a noite nos braços de outro homem.Chego no clube e dou uma volta para ver as novidades, olho para o bar e vejo um cara tão
MARTHADesde a minha adolescência que eu sonhava um dia morar em Nova York. Quando eu tinha meus quatorze anos, pensava que morar em uma cidade como Nova York, me ajudaria nas minhas questões pessoais, via em noticiários, em séries e filmes que a Grande Maça, era o lugar onde os sonhos são realizados, na minha inocência, Nova York seria a resolução de todos os meus problemas, até para o bullying que sofria na escola.
MARTHATer vindo para Nova York foi necessário, seria impossível ficar em Berlim vendo Mayla nos braços do homem que amo, a conhecendo do jeito que conheço, ela faria o possível para exibir seu troféu, faria de tudo para mostrar que ela é melhor do que eu, que Joseph a deseja e que ela venceu o jogo, um jogo que fiz parte involuntariamente. Eu amo o Joseph, o que nós tínhamos não era uma disputa e sim uma troca de sentimentos, pensando bem, eu o amava sozinha, enquanto eu me dedicava a ele, ele desejava a Mayla.