Seguindo o diretor do hospital, o médico que vinha atrás se aproximou para perguntar sobre os sintomas. Sem sequer realizar um exame de sangue, ele prescreveu medicamentos imediatamente e solicitou que a enfermeira fosse buscá-los para iniciar a aplicação do soro.Quando a agulha estava prestes a ser inserida, eu instintivamente senti medo e não pude evitar retrair minha mão, mas então, um par de mãos gélidas e ao mesmo tempo acolhedoras cobriu meus olhos num piscar de olhos - Não tenha medo, já está feito.Meu coração se aquietou um pouco, e justamente quando eu relaxava, a agulha perfurou minha veia.As mãos se afastaram, e eu olhei desapontada para Gilberto - O Gilberto também mente agora?- Uma mentira piedosa.Ele respondeu com um leve sorriso.Depois que a enfermeira me ajudou a deitar na cama e aplicou um adesivo para baixar a febre, o grupo do diretor saiu.Assim que o adesivo foi colocado, senti um alívio imediato com sua frescura.Gilberto sentou-se ao lado do meu leito, apon
Estendi a mão no escuro para acender a luz e olhei em direção à porta. A porta estava fechada.Não foi Zoe quem fechou a porta.Zoe passou a noite no hospital comigo, preocupada que meu sono fosse afetado e eu não conseguisse me recuperar rapidamente, ela insistiu em dormir no sofá da sala de estar. No entanto, temia que, se eu me sentisse mal e a chamasse, ela não me ouvisse, por isso a porta ficou sempre entreaberta.Agora, claramente alguém havia entrado."Será que foi ele... Eu não sei. Mas, também não importa mais."......No dia seguinte, acordei me sentindo muito melhor.A enfermeira trouxe um café da manhã nutritivo para duas pessoas, frutas e ninho de andorinha, que era bastante generoso.Zoe chasqueou a língua - Nossa, o hospital de vocês é bem generoso.A enfermeira sorriu - É para os pacientes se recuperarem mais rápido. Mas, o quarto de vocês teve um plano nutricional personalizado pelo próprio diretor para a Sra. Franco.Após verificar minha temperatura, ela disse - Sra.
Eu me animei e perguntei com insistência - Não se preocupe com isso, o divórcio é um assunto entre ele e eu. Mas meu avô sempre foi tão bom para mim, eu não gostaria que ele partisse sem claridade.Com essa garantia, Hélder finalmente decidiu falar e tirou do bolso um saco plástico selado, contendo apenas uma pequena pílula.Aquela pílula, eu a conhecia muito bem.Era o medicamento de emergência que meu avô sempre carregava consigo.Hélder disse - Isto foi encontrado embaixo do tapete da escrivaninha do escritório do senhor, quando uma empregada estava realizando uma faxina completa alguns dias atrás.Peguei-a para examinar de perto e senti um arrepio percorrer-me as costas.O ar de Cidade Rio não é particularmente seco, então, se a pílula tivesse caído há algum tempo, deveria apresentar algum sinal de umidade.Porém, a pílula dentro do saco não mostrava nenhum indício de umidade.Minha voz, involuntariamente, ficou tensa - Quando foi a última grande faxina na mansão?- Exatamente um d
Hélder recompôs sua expressão e olhou para ela, soltando um resmungo frio e pesado!- O patriarca mal partiu deste mundo há alguns dias? Você, sendo mais jovem, já esqueceu as palavras que ele disse em seu leito de morte? Jovem Sra. Franco, só pode ser Nora!- Uma pessoa sem respeito pelos mais velhos como você, aspira entrar na Família Franco? Não é digno!Hélder, aproveitando a situação, cuspiu no chão diante dela! Depois, olhou para mim, dizendo respeitosamente - Senhora, vou me retirar agora. Melhor entrar logo, para evitar que gatos e cachorros loucos a machuquem!Com isso, ele se foi majestosamente com os empregados, lembrando-me do porte do seu avô quando vivo.- Que absurdo, toda essa loucura!Rosa ficou atônita com a raiva de Hélder, rindo friamente e olhando para mim - Então, a Família Franco, de cima a baixo, até mesmo um empregado, foi enfeitiçado por você?!- Será que não és tu quem é insuportável?retruquei com sarcasmo.Ela estava furiosa, e Zoe apareceu de repente, com
Eu não esperava que Bento pudesse ser tão canalha, franzindo a testa - Então, seu tio sabe a senha?- Eu, eu tinha medo de esquecer a senha...A expressão da minha tia estava repleta de arrependimento - É a mesma senha do nosso cartão bancário de casa.Zoe e eu ficamos silencio.Bento era um velho esperto em roubar e enganar dinheiro, com acesso ao cartão bancário, com certeza ele tentaria transferir o dinheiro imediatamente.Agora, seria tarde demais para reportar o cartão como perdido no banco.No entanto, mais do que isso, eu estava preocupada com outra coisa - Tio recomeçou a apostar?- Sim...Minha tia enxugou as lágrimas e disse com os dentes cerrados - Na verdade, ele nunca parou durante todos esses anos, e é por isso que eu tinha medo de lhe contar quanto dinheiro você realmente me enviava todo mês. Não acredito que aquele desgraçado teve a coragem de roubar até mesmo o dinheiro que deveria me salvar!- Então por que não se divorcia dele? O jogo é um poço sem fundo!- Zoe, irri
Eu me sentei, estendi a mão e liguei o interruptor ao lado da cama, e o quarto de repente ficou iluminado.De forma igualmente inesperada, eu o vi em um estado lamentável, algo completamente fora do comum para ele.Um homem que sempre foi elegante e distinto, com o maxilar coberto por uma barba por fazer azulada, olheiras profundas, como se não dormisse há dias e noites, emanando uma aura de derrota.Algum problema havia surgido no Grupo Franco para deixá-lo tão ocupado a ponto de chegar a esse estado.Franzi ligeiramente a testa - Você teria feito melhor se tivesse vindo aqui para descansar um pouco em vez de me visitar.Ele apertou o nó da gravata com seus dedos bem definidos e a puxou para baixo, com um sorriso amargo desenhado em seus lábios - Eu compreendi a dor que você sentiu quando perdemos nosso filho.Cruzei os braços com um sorriso sarcástico nos lábios - Lucas, não preciso de sua empatia. Apenas lembre-se de que você foi responsável pela morte de nosso primeiro filho, isso
Zoe tinha uma vontade enorme de fazer compras, me arrastando sem parar.Dizia que, depois de finalmente ter deixado o emprego, precisava recompensar a si mesma por ter sido tão esforçada nos últimos quatro anos.Olhando aquela loja de luxo, ela de repente apontou para dentro - Olha, não é a Rosa ali?Sem querer, observei - É ela mesma.Estava manuseando uma bolsa que devia custar centenas de milhares, provavelmente querendo adquiri-la. Lucas sempre foi muito generoso com ela.Não tinha vontade de continuar olhando, então puxei Zoe para irmos embora, mas ela apertou meu braço e nos escondeu atrás de uma coluna! Confusa, olhei para ela com uma expressão de interrogação.- Seu sogro!- ela exclamou surpresa.- Meu sogro?- É, seu sogro acompanhando a Rosa pelas lojas!- Zoe parecia ter descoberto um grande segredo.- Isso é bastante normal- sorri - Desde pequena, ela é a xodó do meu sogro.Nem mesmo Lucas conseguiu um pouco daquele amor paternal, tudo foi dado à Rosa. Zoe, com uma expres
Um estoquista passava empurrando uma prateleira e interpelou - Com licença, posso passar?Eu puxei Zoe para trás para dar espaço e então perguntei - O que você estava dizendo?Ela não pode ser a filha biológica do seu sogro, pode?Zoe parecia visivelmente animada.Eu franzia a testa - Isso seria demais... Ela é dois anos mais velha que o Lucas.Será que ele teria começado um caso assim tão cedo?- O que há de tão bom nisso?Zoe, indiferente e animada, discorreu sobre os boatos acerca das famílias ricas - Essas famílias aristocráticas são todas bagunçadas, se casam entre si, mantêm diversas amantes, não é algo normal?- Mas...Eu ainda sentia que algo não estava certo - Se Rosa é realmente sua filha, por que o vovô, que detesta Rosa, não conta a ele?Tratar sua própria neta com certeza seria diferente.Ao ouvir isso, Zoe também começou a refletir - Isso faz sentido, não é? Se Rosa é realmente sua filha, ele deixaria Lucas se envolver com Rosa? Isso não seria incesto?Assenti com a cabeç