Vincent BlakeO motor dos carros rugia conforme avançavamos pela estrada deserta em direção à fronteira. O silêncio dentro do veículo era carregado de tensão, cada um de nós se preparando mentalmente para o que estava por vir e por mais que todos aqui tivessemos a certeza de que acabariamos com tudo, ainda assim, era tenso.Ghost Máfia não falhava.Não era permitido ter uma conduta falha.Analisando o trajeto, olhei pelos retrovisores atentamente conforme sentia a tensão atravessar meu corpo.Eu dirigia o carro da frente, com Mavie ao meu lado, checando suas armas, com o olhar completamente focado. Sebastian e Luisy estavam no banco de trás, enquanto Lian e Crusher seguiam em outro veículo logo atrás, seguido por Saymon, Collemann e nossos soldados. Estávamos em um maior número dessa vez. Dispostos a finalizar essa porra sem ter chances para falhar.— Quanto tempo até chegarmos?Mavie perguntou, a voz num murmúrio, mas carregada de adrenalina. O brilho nos seus olhos era evidente.— M
Vincent Blake— Saiam do carro.Berrei, puxando minha arma enquanto chutava a porta já aberta.Nos espalhamos rapidamente, usando os destroços dos veículos como cobertura. Crusher pulou para fora, rosnando, pronto para atacar qualquer um que se aproximasse enquanto Lian já se posicionava.Os tiros vinham de todos os lados. Sombras surgiam na escuridão, atiradores escondidos na floresta ao redor da estrada estavam invadindo nosso espaço e tentando nos atingir.O nosso inimigo mais uma vez estava esperando por nós.Mavie se agachou ao meu lado, recarregando sua arma com agilidade.— Eles sabiam que estávamos vindo.Assentindo, aumentei minha atenção em direção a eles e murmurei.— É claro que sabiam.Rosnei sentindo meus nervos a flor da pele, meu olhar estava analisando todos os pontos possiveis.Eu precisava de um plano. Precisávamos virar esse jogo antes de sermos alvos faceis.Lian e Sebastian já estavam contra-atacando, disparando na direção dos atiradores. Luisy derrubou um dos in
Vincent BlakeSua atenção de voltou para Mavie e então ele riu baixo, Enquanto passava a mão pelos cabelos grisalhos.— Vocês realmente não sabem, não é?Minha paciência estava beirando o limite.Na verdade, eu não tenho paciencia.— Você tem 5 segundos para começar a falar antes que eu acabar com você.Ele ergueu as mãos, como se estivesse se rendendo, mas seus olhos diziam outra coisa. Ele queria ganhar tempo para alguma coisa.— Eu me chamo Viktor Morttmann Calderone. E vocês… mataram a única pessoa que realmente importava para mim.As palavras pairaram no ar como um veneno lento e silencioso.Troquei um olhar com Mavie estranhando aquele comentario, e franzindo a testa, ela disse tentando entender.— Não faz sentido. Nunca ouvimos falar de você.Viktor riu novamente, mas dessa vez havia algo amargo em sua expressão.— Vocês acham que as mortes que causam desaparecem no tempo, e são esquecidos para sempre, não é? Acham que não deixam rastros? Meu irmão… Marco Calderone. Ele morreu
Vincent BlakeAnalisando a expressão do homem fraco por estar perdendo sangue, eu me aproximei um pouco mais, e o peguei pela garganta, apertando meus dedos de uma forma brusca em seu pescoço.Deixando ainda mais escasso a entrada de ar.— Quero que me diga quem foi que ajudou você e como ele chegou até você.O homem estava com os olhos arregalados conforme eu apertava sua garganta mas rindo, ele disse em meio as suas dificuldades.— Ele é o filho de um soldado da Ghost Mafia que morreu nas suas mãos, Blake.Franzindo a testa, eu apertei meus dedos um pouco mais e o soltei conforme sentia a necessidade de saber mais. Não pdoeria permitir que ele morresse agora.Analisando a expressão do homem fraco por estar perdendo sangue, eu me aproximei um pouco mais, e o peguei pela garganta, apertando meus dedos de uma forma brusca em seu pescoço.Deixando ainda mais escasso a entrada de ar.— Quero que me diga quem foi que ajudou você e como ele chegou até você.O homem estava com os olhos arre
Vincent BlakeEu soltei o ar pesadamente, sentindo a exaustão recair sobre mim. Meu corpo estava muito dolorido, cada músculo gritando em exaustão.Mavie se virou para mim, seus olhos escuros ainda brilhavam com a adrenalina.Ela não disse nada. Na verdade nem precisava. Abrindo meus braços, ela veio em minha direção e me envolveu com cuidado, enterrando o rosto no meu peito.Eu a segurei firme contra mim, sentindo o alivio por ter acabado com aquilo de uma vez por todas.Luisy, Lian e Sebastian se aproximaram. Crusher rosnou uma última vez antes de sentar-se ao lado de Mavie, protegendo-a como sempre.O inferno finalmente havia acabado.Mas uma coisa era certa.Se alguém tentasse tocar nela novamente, eu queimaria o mundo inteiro.A adrenalina ainda pulsava em minhas veias, mesmo com o silêncio mortal ao nosso redor. O cheiro de sangue e pólvora impregnava o ar, deixando apenas seus rastros como uma lembrança ruim. Meus músculos estavam rígidos, o ombro queimava, e meu abdomen estava
Mavie Neumann BlakeO céu começou a clarear, tingindo cada parte em tons alaranjados e dourados.O local em que haviamos explodido e queimado tudo estava em ruinas, havia muitos sinais de fogo, projeteis e caos por onde olhassemos.Luisy e Sebastian estavam encostados nos destroços, respirando pesadamente conforme descansavam um pouco. Lian limpava o sangue da sua faca. Albert Colleman se aproximou, passando a mão nos cabelos sujos de fuligem.— Vocês são mesmo um problema, hein?Ghost soltou um riso curto, ainda com a faca suja de sangue em mãos.— Sempre fomos. A pior espécie.Me aproximando de Ghost, eu o observei em silencio, sentindo meu coração bater forte em meio a uma mistura entre adrenalina e alivio. Ghost estava coberto de sangue, ferido porem o mais importante, estava vivo.Passando os dedos carinhosamente em seu rosto, eu perguntei.— Acabou?Ghost olhou ao redor enquanto analisava tudo minunciosamente e disse se voltando para mim mais uma vez.Erguendo a mão, pegou meu r
Mavie Neumann BlakeO trajeto até a mansão do Sebastian foi silenciosa. O motor do carro zunia suavemente, e o céu já estava azul.Ghost dirigia com uma mão no volante e a outra pousada na minha coxa, como se precisasse de contato para ter certeza de que tudo isso era real, e era a mesma sensação que eu estava sentindo entretanto, fiquei aliviada quando a ficha realmente caiu enquanto sentia o toque dele em mim. Quente, firme e possessivo.Crusher estava no banco de trás, as orelhas atentas mas o corpo relaxado. Pela primeira vez desde que o conheci, ele não parecia pronto para atacar ninguém.Eu olhei para Ghost de soslaio. Seu rosto estava marcado por cortes e hematomas, e uma sombra de exaustão pesava em seus olhos. Mesmo assim, ele parecia mais vivo do que nunca.Na verdade, sua expressão era impassível mas denunciava sua satisfação.— No que está pensando?Ele perguntou quebrando meu silencio.Respirando fundo, virei o rosto em sua direção e o vi apertar o volante.— Em como a ge
Mavie Neumman BlakeA noite já havia chegado quando despertei de um sono profundo. O quarto estava mergulhado na escuridão, iluminado apenas pelo brilho tímido da lua que atravessava as finas cortinas da janela. Inspirei devagar, sentindo o ar fresco preencher meus pulmões, e fechei os olhos por um instante, tentando afastar o torpor do descanso longo.Foi então que percebi o calor ao meu lado. Ghost murmurou algo inaudível no sono e apertou o braço ao redor da minha cintura, puxando-me um pouco mais para perto. Seu toque era firme, protetor, quase como se quisesse garantir que eu ainda estava ali.Soltei o ar devagar e me acomodei melhor contra ele, sentindo a respiração tranquila e ritmada dele remexer nos fios de cabelo na minha nuca. O contraste entre a serenidade daquele momento e a brutalidade das últimas horas era quase surreal. O mundo lá fora ainda podia estar se desfazendo, mas ali, nos braços do meu marido, tudo parecia suspenso, intocado pelo caos e seguro.Apesar de ser o