Dante acorda assustado assim que ouve o seu telefone tocar. Ele pega o aparelho e atende com o semblante fechado. - Alô? - Vejo que o Escorpião não é de nada, pois apanhou de uma mulher. Dante ouve a voz distorcida do outro lado da linha e isso faz o seu sangue ferver. - Vamos ver se você irá manter este riso quando eu te pegar. - Sempre com suas ameaças vazias. Lembre-se de que escorpiões a gente mata pisando. A pessoa desliga e Dante fecha a cara dizendo: - Rossi! Ele urra de raiva e isso faz Valentina acordar assustada. Ele a pega no colo e tenta acalmar a menina que chorava. - Calma, papai está aqui. Vicenzo havia escutado o choro de Valentina, então ele invade o quarto de Dante dizendo: - O que foi que aconteceu? - O desgraçado do Rossi acabou me ligando... Faço questão de comer o fígado dele. O olhar de Dante era sombrio. Então, Vicenzo vai até ele e pega Valentina no colo. - Calma, minha princesinha. Não precisa ficar assim. Vicenzo começa a balançar Valentina
Dante continuava revisando todas aquelas pastas. Valentina continuava sentada em seu colo e ele interagia com a menina enquanto lia e assinava aquela papelada. - Ter ido para Greenview foi pura burrice. Ele resmunga enquanto olha para toda aquela papelada. - Ainda não sei que lado da família você puxou isso, pois a sua mãe era tão inteligente e eu não fico atrás. Vicenzo o provoca sentado em sua poltrona reclinável enquanto assiste a um filme antigo. Dante olha para ele em reprovação, pois o filme era bastante violento para que Valentina pudesse assistir. - Não gosto que veja este tipo de filme na frente da menina. - Deixa de ser fresco, pois a menina está embaixo da mesa e nem está prestando atenção na TV. Vicenzo o rebate enquanto assiste sem se preocupar com seu filho. Dante suspira e volta a ler outro documento. Ele percebe que havia uma folha em branco em uma das pastas. Então Dante pega aquela folha e começa a fazer um origami de cisne, igual ao que Samantha ha
Miranda estaciona o carro no estacionamento da praia. Ela dá uma olhada ao redor e já abre um largo sorriso ao ver vários homens de sunga usando a academia ao ar livre que ficava ali perto. - Jesus amado! Estou quase desistindo da peça para poder ficar apreciando essas maravilhas. - Você não tem jeito mesmo. Samantha sai do carro rindo do comentário de sua amiga. - Estou disfarçada, mas não estou morta, minha filha. Vai lá e divirta-se. Não esqueça de me ligar. Miranda buzina antes de ir embora. Samantha suspira enquanto verifica se estava tudo certo com a sua bolsa, então ela caminha até o pequeno vestiário onde ela trocaria de roupa para poder ir dar a aula de surfe. Perto do píer de Santa Mônica, Dante havia estacionado a sua McLaren. A sua Mercedes havia chegado de Greenview, mas ele havia mandado fazerem uma revisão nela e reforçarem a sua blindagem, pois com Rossi a solta, Dante não vacilaria com a segurança de sua filha.Ele dá uma olhada ao redor, para ver se estava tudo
Samantha tenta lutar, mas acaba cedendo. Ela abraça Dante e ele aprofunda o beijo. Dante a encosta em uma das pilastras que sustentava o píer e já começa a beijar o pescoço dela. Ele nem se importava com o gosto salgado de sua pele devido à água do mar. - Dante... Samantha chama a sua atenção, pois previa o que aconteceria em seguida. - Não gosta de correr riscos? Ele a provoca antes de beijá-la novamente. Então o mafioso a solta. - Eu preciso ligar para a minha amiga e... tirar este sal. - Eu te acompanho até o vestiário. Dante a beija enquanto volta a cobrir com a toalha que ele havia comprado. O mafioso estava tão cego de ciúmes, que nem percebeu que havia pagado bem mais do que ela valia. Samantha toma um banho rápido para poder tirar sal do seu corpo e depois veste o vestido que estava antes. Dante a esperava do lado de fora. Ele não consegue esconder o seu sorriso ao vê-la sair do vestiário. - Você está linda. O mafioso diz assim que Samantha se aproxima
Dante percebe que Samantha estava distraída, então ele a abraça dizendo: - Algum problema? Samantha aninha nos braços dele. Ela sabia que Miranda teria um ataque e estava se preparando mentalmente para isso. - Nada. É melhor a gente entrar. Samantha sorri, segurando a mão de Dante. Com ele ao seu lado, Miranda não poderia surtar. - Vou pedir a sua mão em namoro para a sua amiga. - A coisa é realmente séria. Samantha se surpreende enquanto Dante sorri. - Sou um italiano bem tradicional. Então, sempre me envolvo para valer. Apesar de todas as circunstâncias em que os dois estavam envolvidos, aquelas palavras aqueceram o coração machucado da detetive. Eles caminham mais um pouco até a entrada. - Pode parecer ridículo, mas estou um pouco nervoso em pedir a sua mão para a sua amiga, pois, da última vez que a vi, parecia que ela arrancaria a minha cabeça. Samantha acha graça naquilo. - Você não pode estar falando sério. - Estou falando sério. A sua amiga realmente assusta. -
Samantha estava dentro do carro de Dante. O mafioso sorria o tempo todo enquanto ela ficava pensando se aquilo era uma boa ideia. "Ele já fez muito mal e continuará fazendo se você não o deter." Ela pensava aquilo enquanto tentava reafirmar que estava no caminho certo. Dante percebe a sua distração, então ele segura a mão dela, dizendo: - Algum problema, querida? - Como? Samantha o olha um pouco assustada. - Eu perguntei se você tem algum problema, pois está distraída. - Não, eu só estava pensando em como ficará a nossa situação na empresa. Eu te agredi e... pedi demissão. - Não precisa ficar preocupada com isso. Você nem passou no RH e eu merecia aquilo, pois fui um completo idiota. Eu não deveria ter te envergonhado daquele jeito. Samantha fica calada, então Dante a leva até uma praça e estaciona o seu carro. - Tenho que parar com essa mania de achar que tudo está nas minhas mãos. Ele fala com a cabeça baixa e depois a encara com um leve sorriso. - Quero te
Dante desce as escadas com Valentina no colo. A menina ainda estava sonolenta e Dante olha para o seu pai. - Já estamos prontos para irmos. - Ótimo. Vamos no meu carro. Vicenzo abre a porta para que Samantha saia e Dante a segue. Valentina vê a detetive e começa a sorrir. Dante fica feliz com isso. Samantha fica ao lado de Dante e interage um pouco com Valentina. Vicenzo vai até o seu carro e o destrava. Ele abre a porta para que Dante pudesse ver o bebê conforto. - Mandei instalarem ele nesta semana. O Capo vai até Dante e pega Valentina no colo. - Agora você pode passear no carro do vovô. Ele faz algumas cócegas na menina e ela ri. Então, ele a coloca no bebê conforto enquanto Dante abre a porta do outro lado para que Samantha entre. Depois, ele entra do lado do passageiro. Vicenzo fala em italiano com o chefe de sua segurança e outros quatro carros se juntam a eles. Samantha observa toda aquela movimentação e já deduz que algo de errado havia acontecido na máf
Dante estava fazendo carinho na bochecha de Valentina enquanto ela dormia. Era noite e ele havia acabado de ler para ela. Samantha estava encostada na porta assistindo aquela cena. Por dentro, ela se sentia culpada, pois separaria eles assim que Dante fosse preso. "É apenas o meu trabalho." Ela pensa na tentativa inútil de se manter fria naquela situação. Mesmo assim, isso doía. Dante olha para ela e a detetive tenta disfarçar o seu desconforto. - Algum problema? Dante a encara sem entender, enquanto Samantha suspira. - Só estava pensando... no meu filho. Eu nunca irei me perdoar por ter abortado. Ela abaixa a cabeça e Dante a abraça. - Você era jovem. Não estava pensando direito. - Eu sei... mesmo assim, sempre irei me culpar. Samantha pega o seu telefone e olha a hora. Já passava das 22h. - Jesus! A Charlotte vai me matar! - Ela te impôs algum horário para você voltar para casa? Dante sorri, a olhando e Samantha deita a sua cabeça em seu peito. - Engr