DominicNão consigo falar com Dante, dirijo tentando ligar para ele e apenas chama, mas quando estaciono diante da casa da mamma, o vejo entrando.— Dante! — grito ao passar pela porta.— Ah, qual é, Dom, não enche! — para na sala.— Quero saber sobre o que conversou com a Emanuele e por que a beijou?— Com que direito?— Com direito de noivo dela — rosno e ele sorri.— Noivo falso. Já sei de tudo, Caroline me contou — dá de ombros.— Meu Deus, e não se sente mal com isso? Iludiu uma pessoa incrível, Caroline é uma mulher excepcional e olha o que fez! Como ainda tem coragem de ser irônico?— Eu não queria, aconteceu — passa as mãos pelos cabelos. — E você que sabia sobre os sentimentos de Emanuele por mim e não disse nada?— O que esperava? Estava noivo e se dizia apaixonado pela Carol, ficou louco? Esperava mesmo que te ajudasse a machucar as duas? Não tem o mínimo de bom senso, seu idiota?— Ah, pare com isso! E o seu noivado falso? Sabia que machucaria a Manu. Ela diz que
DominicBatidas à porta me tiram da enxurrada de pensamentos que ocupam minha cabeça.— Entre, Vicenzo.— Como sabia que era eu? — indaga surpreso, fechando a porta atrás de si.— Acho que nossos pais não têm mais nada para me dizer, não no momento — me sento na cama.— É, pode estar certo. Ao menos, no fim, tudo se acertou — dá de ombros, parecendo aliviado.— Nem tudo, afinal, Dante ainda não está bem… não gosto de como as coisas ficaram entre nós, principalmente com Raio de sol.— Logo Dante vai superar, está confuso. Acho que em breve vai perceber que cometeu uma grande burrada, só não sei se Caroline o perdoará — inspira profundamente e se senta ao meu lado. — Quanto a Emanuele, é só uma questão de tempo, ela ama você.Não me impeço de sorrir.— Pena que tivemos que passar por tudo isso para perceber…— Antes tarde do que nunca, meu irmão! E agora, vai fazer o quê?Me preparo para responder, mas Mattia liga e faço um gesto para meu irmão, colocando o aparelho no viva-vo
EmanueleFico remoendo as palavras de Evelyn.Ele foi embora…, mas ele disse que me esperaria!Tem algo errado nisso.Dominic deve ter tido algum motivo para viajar, é isso, algo aconteceu. Quem sabe o bebê de seus amigos nasceu e ele foi até lá? Claro que Adônis não me convidaria, eu pedi tempo para pensar.É isso, ele deve retornar logo.— Manu… Manu… — minha irmã acena na minha frente.— Oi? Desculpa, Evelyn, fiquei perdida em pensamentos.— Sinto muito — ela acaricia meus cabelos.— Não precisa, Dominic deve ter tido algum imprevisto, não faria sentido nenhum voltar para a Toscana se disse que me amava e que me esperaria — justifico, mais para mim mesma do que para minha irmã.— Bem, tomara que sim. É que Paola não foi muito positiva quando disse que ele viajou — morde o lábio e balanço a cabeça.— Prefiro acreditar que voltará. Quer ficar hoje? Posso fazer algo para nós duas, o que acha?— Perfeito, uma noite das irmãs! — bate palmas.Passamos uma noite divertida, faz
DominicChego na Toscana em tempo recorde, um pouco antes do almoço.Consegui um voo direto e Mattia mandou um carro me buscar. Marcello está em sua casa, ele sempre foi inconstante, temo que cometa alguma loucura, principalmente com Betina grávida.Tento localizar Lívia, mas não consigo contato e deixo recado.O motorista conhece bem as estradas e rapidamente chego à casa dos meus amigos.Mattia está ansioso ao lado de fora, segurando o celular.— Ah, Grazie Dio, mi amico — ele me abraça.— Onde está Betina?— Cucinando, ela sabia que tu chegarias hoje, mesmo com tutti quela barriga, non consigo pará-la — rola os olhos.— Mulheres, meu amigo, mulheres.— E tua bela? Non veio contigo?— Não, aconteceram algumas coisas que depois explico. Agora me diga, onde está o Marcello? — pego minha única mala, o que desperta o olhar do Mattia.— Quello doido sta lá dentro, sta tranquilo, digno de pena, mas pegue leve com ele, amico. Assinto.— E você, vai embora quando?— Assim que
EmanueleEntro após a conversa com o seu José, e Carol está na cozinha, comendo algumas uvas.— Desculpe, amiga, mas estou faminta.— Até parece que me importo com isso. Pegue o que quiser, tem bolo em cima da bancada e a Eve fez suco.— Ela veio aqui? — indaga, se servindo de um pedaço generoso de bolo de coco.— Veio ontem e passou a noite. Por falar nisso, temos muito o que conversar — sento-me no sofá. — No entanto, coma primeiro e depois te ajudo a colocar suas coisas no seu quarto.Ela para com a boca cheia.— Carol? Engasgou-se? — levanto-me, assustada.Ela nega com a cabeça e corre para me abraçar.— Eu já disse que te amo? — Fala, com a boca cheia ainda.Rio.— Hoje não! — brinco. — Também amo você, amiga, e já te disse que pode ficar aqui comigo, sempre te convidei.— Eu sei, mas obrigada, isso é demais.Colocamos as malas dela no pequeno cômodo que será seu quarto. É pequeno, há uma cama e armário de solteiro, e duas mesinhas de cabeceira.— Só acho que o armá
EmanueleDirijo até a casa dos meus pais, já não há muito o que fazer e não dá mais para fugir. Em algum momento terei que encará-los, já estou na chuva, por que não me molhar de uma vez?Estaciono e caminho devagar para a casa da minha mãe. Bato à porta e é meu pai quem abre. Nos encaramos por alguns segundos, e ele me puxa para um longo abraço emocionado.— Ah, querida. Sentimos muito. Venha, entre. Sua mãe vai gostar de lhe ver.Enxugo os olhos, para variar.Entramos, minha mãe está na cozinha ao telefone no viva-voz, ao lado de vó Célia e vô Jonas, parecem estar planejando algo. Não consigo identificar com quem falavam, pois, ao me verem, tentam esconder o telefone.Minha mãe o pega.— Ah, preciso desligar agora, ela chegou aqui. Sim, pode deixar, nos falamos logo, com certeza, beijos! — ela desliga.— Quem era?— Ninguém — responde rápido.— Ninguém?! E fala de mim para ninguém? — semicerro os olhos.— Ah, Manu, pare com isso! — minha mãe corre para me abraçar. — Venha
DominicAjudo Mattia a limpar tudo e montar o berço. Começo a preparar o jantar, hoje apenas nós dois ficaremos em casa, ele buscará Betina no dia seguinte pela manhã, e a mãe dela chegaria também no dia seguinte, conseguiu um voo direto para cá.Me ofereci para buscar a ela e a prima de Betina, Priscila. Estou concluindo o jantar quando vejo meu telefone vibrando, é Vicenzo.— Fala, mano, está tudo bem? — atendo, secando as mãos.— O que pensa que está fazendo, Dom? — vocifera. — Você vai embora, pede para cobrirmos você com a Emanuele, e agora está de beijos e abraços com a Lívia?— O quê? Como? Do que está falando, Vicenzo?— Do beijo de vocês que está repercutindo em toda a mídia! — grita, aborrecido. — Que beijo? Não… — me interrompo. — Essa não!— Então é verdade?— Não, claro que não! Foi um mal-entendido, Lívia quem me beijou, eu não participei daquilo, não por vontade própria — passo a mão pelo cabelo. Como sabiam? — Espere, disse que está repercutindo?— Sim, est
EmanueleChegamos ao hotel incrível onde será a festa de réveillon e nossa família toda já está aqui. Cumprimento a todos e vejo que minha irmã e prima fizeram um ótimo trabalho com eles. Ninguém desconfiou que tive um problema de coração partido, ou não!Na verdade, tive a ligeira sensação de que estavam me evitando. Muito estranho… Toda vez que me aproximo, alguém inventa uma vontade de ir ao banheiro ou uma dança.Por outro lado, dou graças a Deus por minha família não gostar muito de TV, os homens gostam de esportes e minha avó Célia é fascinada em canais de receitas e, claro, tudo sobre os Rizzo. Não sei como não descobriu nada sobre o falso beijo entre Adônis e Lívia, já que ela acompanha tudo sobre a família dele.A festa de réveillon acontece no salão de convenções do hotel, está tudo muito lindo e elegante, o som é suave e toca músicas natalinas. Está decorado com bolas de Natal em todos os tamanhos, em tons verde, vermelho e dourado. Uma enorme árvore de Natal decora o ce