Ela falou ao celular:

- Priscila, eu acho que quero tentar sozinha.

As palavras que Priscila estava prestes a dizer ficaram presas em sua garganta.

Seus olhos permaneceram vermelhos e úmidos.

- Eu sei que vocês se preocupam comigo, mas na minha situação atual, ninguém além de mim mesma pode me ajudar. Sendo sua amiga há tantos anos, você deve saber o quanto eu amo a família Mendes e como sou grata por ter nascido em uma família como a deles. Agora, eu perdi tudo. Não é dinheiro, é o colapso do meu interior. Mesmo se vocês me protegessem agora, se eu não conseguir sair dessa sozinha, ainda seria o mesmo.

- Não é o mesmo. Vendo você, pelo menos me sinto mais tranquila. Eu entendo que você quer crescer por conta própria, mas isso não impede que cresça ao nosso lado. Se você tem medo de que nos preocupemos demais com você, podemos não perguntar nada e deixar você fazer o que quiser.

- Eu tenho minha dignidade, não posso aceitar a caridade de vocês assim...

- Sarah, você acha que nossos sen