O carro finalmente chegou à mansão da família Mendes. Ao descer, Álvaro foi direto para o canto do muro, vomitando incessantemente. Sarah ficou atrás dele, o observando a ponto de não conseguir mais se manter ereto. Ele estava bem no carro há pouco, não estava? Agora, parecia que queria vomitar todo o seu estômago. - Talvez devêssemos chamar o médico da família... - Começou Sarah, mas antes que pudesse se aproximar mais, Álvaro soltou um espirro. Ele espirrava e vomitava ao mesmo tempo. A situação era muito lamentável.Dando um passo para trás, ela disse:- Vou chamar o médico para vir aqui.Dito isso, ela entrou na mansão da família Mendes.Mais tarde, Álvaro foi auxiliado até seu quarto pelo médico da família, pois não tinha mais força para andar sozinho. Ao sair do banho, Sarah notou que a porta do quarto de Álvaro estava aberta e a luz acesa. Ela hesitou por um momento, mas então decidiu entrar.O médico estava administrando soro a Álvaro, que estava deitado na cama, pálido como
Raquel se virou para inserir a senha.A porta se abriu.Ao entrar em casa, o homem que havia prometido ir embora, permaneceu imóvel na entrada.- Já está tarde. Você deve ir agora. - Raquel insistiu.- Ok. - Ele concordou prontamente.Entretanto, seu corpo não se moveu um centímetro.Raquel, frustrada, fechou a porta.Depois de fechar, ela olhou pelo vídeo e viu Michel parado lá fora.Raquel estava sem palavras.Abruptamente, ela abriu a porta novamente.- Você não disse que ia embora?- Me lembrei de algo. - Disse Michel.- Você não me deu um presente de aniversário.Raquel apertou os lábios.Ela pensou que, depois desta noite, eles seguiriam caminhos separados. Que presente deveria dar? Seria apenas um incômodo.- Um simples gesto seria suficiente. - A expressão de Michel era séria, insinuando algo.Raquel percebeu que, a menos que satisfizesse Michel esta noite, não seria capaz de o mandar embora.Ela respirou fundo, foi até ele com determinação, o abraçou pelo pescoço, ficou na pon
Luiza olhou atônita para seu filho. Durante todos esses anos, nunca tinha sido repreendida dessa maneira por Cláudio. Normalmente, ela dizia algo e era aquilo. Mas, no hospital, diante de tantos médicos e enfermeiros, ele estava apontando o dedo e a repreendendo! Ela já estava em idade avançada, e agora sentia que sua dignidade havia sido completamente destruída.- Como ousa falar comigo nesse tom...O olhar de Luiza ficou marejado e ela mal conseguia conter as lágrimas, com a mão tremendo ao apontar para Cláudio. Ele estava furioso e não parecia se importar com o estado emocional de sua mãe. Se não fosse pelo medo de Raquel criar um grande escândalo que poderia afetar a reputação da Grupo Gomes e sua própria imagem na Cidade B como um filho devoto, ele nem estaria preocupado se sua mãe seria ou não enviada para a prisão. Estava farto dos caprichos de Raquel.- Pense no que você fez! - Cláudio disse com raiva, antes de se virar e sair a passos largos.Luiza sentiu a pressão arterial su
Ele concordou sem fazer nenhuma pergunta.No chat, Raquel escreveu: "Traga o Nico."Seus dedos hesitaram por um momento e, no final, ela deletou a mensagem.Ao sair do banheiro, trocou de roupa e saiu para fazer compras.Pensou que cozinhar um jantar não seria tão difícil.Ao retornar com os ingredientes, Raquel baixou um aplicativo de receitas e começou a seguir os tutoriais.Ao entardecer.A campainha tocou.Ainda usando um avental, Raquel rapidamente foi atender a porta.Na entrada, Michel segurava um buquê de flores, vestindo um terno preto e uma gravata prateada. Continuava formal e incrivelmente charmoso.- Vim diretamente do trabalho. - Michel explicou.Justificando sua vestimenta.Raquel sorriu levemente.Ela sabia que não era só por isso.- Entre.Ela pegou as flores de Michel e o ofereceu um par de chinelos.Depois de trocar seus sapatos, Michel entrou.Havia um aroma peculiar no ar.Era o cheiro da comida, mas parecia que havia algo mais.Michel olhou para os pratos já arrum
Raquel orientou Michel:- Experimente.Seus olhos, cheios de expectativa, brilhavam intensamente.Michel pegou os talheres e pegou um pedaço do peixe cozido ao vapor. Ele o comeu de forma polida e elegante. Sem expressões reveladoras no rosto, Raquel não conseguia discernir se ele achava delicioso ou não. Michel não deu opinião. Depois do peixe, ele pegou uma costela e logo após experimentou todos os outros pratos na mesa. Ao terminar, tomou um gole de vinho tinto.- Está bom? - Raquel, impaciente, perguntou.Michel, pausadamente, limpou o canto da boca e respondeu:- Sim, estava razoável. Bem saboroso.- Sério? - Raquel rapidamente pegou seus talheres, pronta para provar sua culinária.Os dedos longos de Michel seguraram sua mão. O cenho de Raquel se franziu.- Aqui, uma pessoa ficar com intoxicação alimentar já é o suficiente. - Disse Michel calmamente. Em seguida, ele tomou outro gole do vinho. Raquel entendeu o que Michel quis dizer com aquilo.Ela soltou a mão de Michel, decidid
Os dois olhares se encontraram.Algo parecia florescer entre eles, uma emoção indefinível.Raquel nunca imaginou que, após atravessar a escuridão de seu passado e a traição de Samuel, iniciaria tão rapidamente um novo relacionamento.Talvez ela não tivesse tanta confiança nesse novo amor.Mas de fato, ela deu esse passo.Seria porque Michel era incrivelmente persuasivo ou porque ela não era tão indiferente e desesperada quanto imaginava ser em relação ao mundo?Agora que haviam definido seu relacionamento, um silêncio desconfortável se estabeleceu entre eles.O ambiente quieto estava carregado de um embaraço palpável.- Você odeia a pessoa com quem já teve relações sexuais? - Michel falou de repente.Sua expressão permaneceu inalterada, mas algo em seus olhos revelava um nervosismo sutil.Raquel não sabia por que Michel a fazia tal pergunta.Talvez fosse porque, desde aquele incidente, ela passou a evitar homens.Ela respondeu:- Odeio.Houve uma ligeira mudança nos olhos de Michel.-
No dia seguinte, Raquel acordou e pegou o celular para encontrar uma mensagem de Michel: "Bom dia, minha namorada."Ela tocou suavemente os lábios com a língua.Sem perceber, um sorriso involuntário se formou em seu rosto enquanto lia a mensagem.Ela trocou de roupa, fez a maquiagem e saiu para o trabalho.Ao chegar à entrada do escritório, viu Cláudio, Luiza e Clara a esperando.- Raquel, você chegou. - Clara tomou a iniciativa de a cumprimentar calorosamente.Raquel os lançou um olhar penetrante, totalmente ciente do que eles planejavam fazer.Entrou no escritório e se sentou na cadeira.Os outros também entraram.Cláudio falou, sua postura era razoavelmente respeitosa:- Raquel, sua avó veio especialmente hoje para se desculpar com você.Terminando de falar, ele lançou um olhar rápido para Luiza.Luiza estava irritada por dentro. Ela realmente tinha que se humilhar e pedir desculpas a Raquel?Mas, pensando na possibilidade de ser presa, ela engoliu o orgulho.De qualquer forma, ela
- Eu realmente não posso fazer muito contigo. - Raquel falou, com um tom de resignação em sua voz.No íntimo, Luiza se alegrou, pensando que Raquel finalmente a deixaria em paz.A experiência sempre supera a juventude.Como Raquel poderia ser adversária para ela?- Afinal de contas, somos uma família e não deveríamos levar as coisas tão a sério. Então, você poderia ir à delegacia e retirar as acusações contra mim...- Eu quero dez por cento das ações do Grupo Gomes. - Raquel a interrompeu imediatamente.No instante em que as palavras saíram, as expressões de Cláudio e Clara mudaram instantaneamente.Clara até se excedeu um pouco:- Raquel, isso é ir longe demais!- O que a família Gomes tem a ver com você, uma estranha? Você tem alguma autoridade para me julgar?Raquel lançou um olhar frio em direção a Clara.Clara, atingida pelas palavras de Raquel, ficou vermelha, mas não conseguiu responder.- Isso é impossível. - Foi Cláudio quem falou.A determinação em suas palavras não deixava m