Clara e Rafaela observavam com um prazer indisfarçável enquanto Raquel era humilhada por Luiza. O sentimento reprimido de Rafaela encontrou um momento de alívio. O que importava se Raquel tinha conquistado algum espaço nos meios de comunicação? No fim das contas, ela ainda era verbalmente atacada por Luiza. - Todos sabem como a família Gomes chegou onde está. Eu não vou discutir com você. Conversar sobre assuntos complexos com uma dona de casa que nunca viu o mundo é como tocar flauta para um boi. Só desperdiçaria minha saliva. - Raquel permaneceu fria e indiferente. O sarcasmo em sua voz fez o rosto de Luiza ficar vermelho de raiva. Ela levantou a mão para dar outro tapa. Raquel agarrou o braço de Luiza no ar. Afinal, ninguém é obrigado a ser agredido continuamente. Um tapa já tinha sido lição suficiente para Luiza. - Raquel, me solte agora, sua vagabunda! - Luiza esbravejou. - Nunca mais ponha os pés na nossa casa. Não temos espaço para pessoas como você, que apenas envergon
O crime foi configurado como lesão corporal dolosa. Se ela levasse a diante, o outro lado poderia ser responsabilizado criminalmente. Raquel ligou seu celular, entregou os resultados à polícia e depois se internou no hospital. Encostada na cama do hospital, ela olhou para inúmeras chamadas perdidas em seu celular e escolheu as ignorar novamente. Ela estava navegando pelas notícias. A internet estava repleta de vozes denunciando Samuel e Rafaela, a linguagem era tão venenosa que afetava até dezoito gerações de seus ancestrais. Ao chegar a este ponto, além de destruir a reputação de Samuel e Rafaela, também causou perdas diretas para o Grupo Monteiro e o Grupo Gomes, como boicotes a produtos dos dois grupos e queda nas ações. Raquel permaneceu indiferente. Ela abriu o Twitter novamente e deu uma olhada em um tuíte anterior de Samuel. As mesmas pessoas que apoiaram esse tuíte agora estão criticando. O comentário mais popular dizia: "Vagabunda com cachorro, para sempre.
- Raquel, você realmente vai acusar sua avó de agressão intencional? A polícia disse que você não vai aceitar um acordo particular, quer seguir o processo legal! - Quando Cláudio falou, sua voz tremia.Raquel ousou ir tão longe.- Você já não aceitou um acordo com o trabalhador da fábrica, mas ela é sua avó, não tem medo de ser atingida por um raio? - Cláudio, incapaz de aguentar mais, gritou.- Minha avó? - Raquel riu friamente. - Ela não te contou? Ela disse que na família Gomes, eu não existo! Que eu nunca mais deveria entrar na casa da família Gomes!- Ela falou isso no calor do momento.- Eu também estou no calor do momento.- Ela ainda é sua avó, uma anciã. Como você pode ser tão mesquinha com ela?- Então, sendo uma anciã, ela pode fazer o que quiser, desrespeitando as regras?- Raquel, você não está ouvindo, está? - Cláudio gritou furioso.Raquel sorriu.Ouvindo o quê?Qual das suas palavras foi dita de maneira apropriada?Ele admitiu que sua avó estava errada?Perguntou sobre
- Pai, e então? Minha irmã ainda vai processar nossa avó? - Rafaela perguntou entre lágrimas.Cláudio não respondeu, obviamente não conseguira convencer Raquel. Ele estava muito irritado.- Não foi você que disse que iria conquistar o Michel? Como é que ele ainda está com a Raquel depois de tanto tempo?Rafaela ficou ainda mais chateada, seus olhos vermelhos de tanto chorar.- Eu também quero conquistar Michel para aliviar os problemas da nossa família Gomes, mas ele está totalmente envolvido com minha irmã agora. Não consigo nem chegar perto dele...- Cláudio, não culpe a menina. Assuntos do coração não podem ser apressados. Rafaela quase desmaiou de tanto chorar desta vez. Devemos pensar em como impedir que Raquel processe sua mãe. Se ela realmente for condenada, imagine o escândalo. Todos vão rir da nossa família Gomes. - Clara rapidamente intercedeu por sua filha.Cláudio, considerando esse ponto, estava tão irritado que suas veias saltavam.- A culpa é toda minha. Se não fosse por
- Quando era criança, eu não tinha como me defender. Agora que sou adulta, não é tão fácil me maltratar assim. - Disse Raquel, com um tom indiferente.Na verdade, ela estava tentando confortar Michel, dando a entender que agora podia se cuidar.Não sabia bem por que sentia a necessidade de o confortar.Provavelmente porque percebeu que ele realmente estava preocupado com ela.E não havia muitas pessoas no mundo que ainda se preocupavam com ela.- Dói? - Michel perguntou de repente.Seus olhos se fixaram em seu rosto, que ainda estava um pouco inchado.Quanta força foi necessária para a deixar assim?Raquel hesitou por um momento, depois balançou a cabeça.Não, não doía.Comparado com o que sofreu na infância, isso realmente não era nada.Naquela época, ela chegava a ficar triste.Agora, para as pessoas da família Gomes, ela não perderia nem uma lágrima.Michel apertou os lábios, uma frieza parecia emanar dele, de alguma forma intimidadora.Claro que ela não tinha medo dele.Porque ela
- Você pode dormir, estarei aqui ao seu lado. - Respondeu Michel, naturalmente.Raquel o observou.- Da última vez que estive no hospital, você frequentemente veio cuidar de mim. É apenas uma troca de gentilezas.- Na última vez, você se feriu e foi parar no hospital por minha causa.- Sempre fui uma pessoa grata, Srta. Raquel. Não precisa ser formal. - A voz de Michel era firme.Raquel franziu os lábios.Sentiu que, se recusasse agora, iria magoar o jovem coração de Michel.Ela se virou de costas para Michel e fechou os olhos, adormecendo.Michel permaneceu sentado ao lado da cama dela, observando seu corpo frágil.Uma pessoa tão pequena e, ao mesmo tempo, tão forte que partia o coração.Michel engoliu em seco.Se, naquele tempo, ele tivesse conseguido a impedir enquanto ela fugia desesperadamente... Talvez ela não tivesse deixado de acreditar em todos...Raquel não acreditava que realmente havia conseguido dormir.Ela havia apenas buscado uma desculpa para mandar Michel embora.Mas,
- Me solte primeiro. - Raquel se contorcia, apenas como um lembrete.Ao mover seu corpo, Michel soltou um leve murmúrio.Um som extremamente sugestivo.Raquel ficou imóvel.Embora não tivesse muita experiência, uma adulta sempre tem um pouco de autoconhecimento.- Se levante primeiro. - Disse Raquel, tentando manter a voz o mais fria possível.A laringe de Michel se moveu.As emoções em seus olhos se acalmaram rapidamente.Ele se levantou de cima dela.O primeiro lugar para onde ele se dirigiu foi ao banheiro.Raquel também estava em silêncio, ajustando suas próprias emoções.Em um momento, Michel saiu.Raquel virou o rosto e olhou, seus olhos inevitavelmente se desviaram.Um olhar e ela se sentiu desconfortável novamente.Ela não pretendia olhar, mas parecia que não conseguia se controlar...Ela rapidamente abaixou a cabeça; seus ouvidos já tinham ficado vermelhos.Michel deu uma risadinha e disse:- Também não quero, mas às vezes é difícil de controlar. Espero não ter dado à Srta. Ra
Bruno, aquele velho, era realmente astuto e dissimulado. Depois de entregar o jantar, disse que Nicolas estava esperando por ele em casa e saiu sem demora. Claramente, ele jogou a tarefa desconfortável de incomodar o chefe e a esposa nas mãos de Simão.- Bruno trouxe o jantar, eu temo que esfrie e não fique gostoso. - Simão explicou cautelosamente.Michel assentiu. Sem demora, Simão colocou o jantar na mesa do quarto de hospital. Depois de arrumar tudo, se virou para sair.- Simão, coma conosco. Há muita comida. Michel e eu não conseguiremos comer tudo. - Raquel chamou Simão.Simão hesitou, olhando para seu patrão.- Não vamos desperdiçar. - Acrescentou Raquel.Michel finalmente acenou com relutância.Simão já estava faminto e agradecia interiormente à patroa. "Ela realmente é tão bela quanto bondosa."Depois do jantar, Raquel insistiu para que Michel fosse embora, alegando que estava preocupada em deixar Nicolas sozinho. Sob o empurrão de Raquel, Michel saiu do quarto de hospital rel