- Pai, e então? Minha irmã ainda vai processar nossa avó? - Rafaela perguntou entre lágrimas.Cláudio não respondeu, obviamente não conseguira convencer Raquel. Ele estava muito irritado.- Não foi você que disse que iria conquistar o Michel? Como é que ele ainda está com a Raquel depois de tanto tempo?Rafaela ficou ainda mais chateada, seus olhos vermelhos de tanto chorar.- Eu também quero conquistar Michel para aliviar os problemas da nossa família Gomes, mas ele está totalmente envolvido com minha irmã agora. Não consigo nem chegar perto dele...- Cláudio, não culpe a menina. Assuntos do coração não podem ser apressados. Rafaela quase desmaiou de tanto chorar desta vez. Devemos pensar em como impedir que Raquel processe sua mãe. Se ela realmente for condenada, imagine o escândalo. Todos vão rir da nossa família Gomes. - Clara rapidamente intercedeu por sua filha.Cláudio, considerando esse ponto, estava tão irritado que suas veias saltavam.- A culpa é toda minha. Se não fosse por
- Quando era criança, eu não tinha como me defender. Agora que sou adulta, não é tão fácil me maltratar assim. - Disse Raquel, com um tom indiferente.Na verdade, ela estava tentando confortar Michel, dando a entender que agora podia se cuidar.Não sabia bem por que sentia a necessidade de o confortar.Provavelmente porque percebeu que ele realmente estava preocupado com ela.E não havia muitas pessoas no mundo que ainda se preocupavam com ela.- Dói? - Michel perguntou de repente.Seus olhos se fixaram em seu rosto, que ainda estava um pouco inchado.Quanta força foi necessária para a deixar assim?Raquel hesitou por um momento, depois balançou a cabeça.Não, não doía.Comparado com o que sofreu na infância, isso realmente não era nada.Naquela época, ela chegava a ficar triste.Agora, para as pessoas da família Gomes, ela não perderia nem uma lágrima.Michel apertou os lábios, uma frieza parecia emanar dele, de alguma forma intimidadora.Claro que ela não tinha medo dele.Porque ela
- Você pode dormir, estarei aqui ao seu lado. - Respondeu Michel, naturalmente.Raquel o observou.- Da última vez que estive no hospital, você frequentemente veio cuidar de mim. É apenas uma troca de gentilezas.- Na última vez, você se feriu e foi parar no hospital por minha causa.- Sempre fui uma pessoa grata, Srta. Raquel. Não precisa ser formal. - A voz de Michel era firme.Raquel franziu os lábios.Sentiu que, se recusasse agora, iria magoar o jovem coração de Michel.Ela se virou de costas para Michel e fechou os olhos, adormecendo.Michel permaneceu sentado ao lado da cama dela, observando seu corpo frágil.Uma pessoa tão pequena e, ao mesmo tempo, tão forte que partia o coração.Michel engoliu em seco.Se, naquele tempo, ele tivesse conseguido a impedir enquanto ela fugia desesperadamente... Talvez ela não tivesse deixado de acreditar em todos...Raquel não acreditava que realmente havia conseguido dormir.Ela havia apenas buscado uma desculpa para mandar Michel embora.Mas,
- Me solte primeiro. - Raquel se contorcia, apenas como um lembrete.Ao mover seu corpo, Michel soltou um leve murmúrio.Um som extremamente sugestivo.Raquel ficou imóvel.Embora não tivesse muita experiência, uma adulta sempre tem um pouco de autoconhecimento.- Se levante primeiro. - Disse Raquel, tentando manter a voz o mais fria possível.A laringe de Michel se moveu.As emoções em seus olhos se acalmaram rapidamente.Ele se levantou de cima dela.O primeiro lugar para onde ele se dirigiu foi ao banheiro.Raquel também estava em silêncio, ajustando suas próprias emoções.Em um momento, Michel saiu.Raquel virou o rosto e olhou, seus olhos inevitavelmente se desviaram.Um olhar e ela se sentiu desconfortável novamente.Ela não pretendia olhar, mas parecia que não conseguia se controlar...Ela rapidamente abaixou a cabeça; seus ouvidos já tinham ficado vermelhos.Michel deu uma risadinha e disse:- Também não quero, mas às vezes é difícil de controlar. Espero não ter dado à Srta. Ra
Bruno, aquele velho, era realmente astuto e dissimulado. Depois de entregar o jantar, disse que Nicolas estava esperando por ele em casa e saiu sem demora. Claramente, ele jogou a tarefa desconfortável de incomodar o chefe e a esposa nas mãos de Simão.- Bruno trouxe o jantar, eu temo que esfrie e não fique gostoso. - Simão explicou cautelosamente.Michel assentiu. Sem demora, Simão colocou o jantar na mesa do quarto de hospital. Depois de arrumar tudo, se virou para sair.- Simão, coma conosco. Há muita comida. Michel e eu não conseguiremos comer tudo. - Raquel chamou Simão.Simão hesitou, olhando para seu patrão.- Não vamos desperdiçar. - Acrescentou Raquel.Michel finalmente acenou com relutância.Simão já estava faminto e agradecia interiormente à patroa. "Ela realmente é tão bela quanto bondosa."Depois do jantar, Raquel insistiu para que Michel fosse embora, alegando que estava preocupada em deixar Nicolas sozinho. Sob o empurrão de Raquel, Michel saiu do quarto de hospital rel
Raquel desceu do carro com uma expressão de determinação.Embora não estivesse vestida de forma formal, também não parecia desleixada.Contudo, ao se comparar com Michel, ela sentiu que tinha sido um pouco negligente.Michel, aparentemente, não deu importância ao seu traje e a conduziu diretamente ao imponente edifício.O restaurante ficava no vigésimo oitavo andar.O local escolhido por Michel era, sem dúvidas, um dos mais renomados da Cidade B.Raquel seguiu Michel até o elevador panorâmico luxuoso.Dentro do elevador, Michel, de repente, tirou seu casaco e soltou sua gravata. Desabotoou dois botões de sua camisa branca, a deixando menos formal, porém mais descontraída e elegante.- Segura isso para mim. - Michel falou de repente, passando a Raquel seu casaco e sua gravata.Raquel aceitou.Depois, viu Michel enrolar calmamente as mangas de sua camisa, expondo seus antebraços musculosos e bem torneados.O homem parecia instantaneamente mais relaxado.Quase naquele instante, Raquel ent
- Olá, Srta. Raquel. Dizem que é melhor conhecer pessoalmente do que apenas pelo nome, e você está ainda mais linda do que na última coletiva de imprensa. - Eduardo elogiou sinceramente.- Obrigada pelo elogio. - Raquel sorriu. - Você também está muito charmoso.Eduardo sorriu triunfante e parecia até provocar Michel com um arquear de sobrancelhas.Michel fingiu não notar.Enquanto puxava a cadeira para Raquel se sentar, ele disse:- Estes são todos meus irmãos. Mas eu passo mais tempo no exterior e raramente volto ao Brasil. Esta é a primeira vez que comemoro meu aniversário na Cidade B, então eles queriam fazer uma festa para mim.A implicação era que ele pretendia celebrar apenas com ela, mas não conseguiu se livrar dos irmãos.- Fique à vontade, não ligue para eles. - Michel sussurrou em seu ouvido.Era claro que ele estava sendo muito atencioso com os sentimentos dela.Raquel assentiu.O aniversário era de Michel, então, naturalmente, tudo seria de acordo com seus planos.No entan
- A propósito, por que Priscila não veio? - Sarah perguntou a Eduardo.Antes que Eduardo pudesse responder, Roberto interveio:- Quando foi que você viu Priscila em um jantar com Eduardo?- Então por que ele casou com Priscila? - Sarah perguntou, visivelmente insatisfeita.- Pergunte a ele.Roberto deu de ombros, indicando que também não sabia.Eduardo esboçou um sorriso indiferente.- Casamento político, entende?- Homens são todos cachorros. - Sarah disse, com desdém.Embora ela mantivesse uma boa relação com essas pessoas devido ao seu primo, Sarah estava firmemente do lado de Priscila no casamento entre ela e Eduardo.- Isso não está certo. - Roberto corrigiu, com uma expressão séria. - Nós três definitivamente não somos assim. Michel pode ter um filho, mas tem mantido uma vida respeitável todos esses anos, sem se envolver em nenhum caso amoroso. E o que dizer de Álvaro, que nem sequer tem uma namorada e é puro como pode ser. Quanto a mim, pode parecer que estou rodeado por mulhere