Graziella
- O que você fez? - Pergunta enquanto varre meu corpo com um olhar de reprovação. -Está diferente.- tenta esclarecer.
Me dou conta que estou com o uniforme do porto di piacerre e com a peruca que costumo usar durante o trabalho, me levanto abruptamente da calçada e quando estou pronta para correr mãos fortes me impedem.
-Pare de fugir, eu não sou sua mãe! - Ele fala me virando para encará-lo.
- Eu sei... eu só... não quero correr o risco. - Explico relaxando um pouco sob seu toque.
-Que tal irmos a um restaurante aqui perto? - Pergunta.
-Não sei se é uma boa ideia...- Tento falar, mas sou interrompida.
- Prometo não contar que te vi, não te condeno por ter tomado a atitude de fugir, sua mãe é insuportável, eu convivo com uma cópia fiel dela, sua tia me tira do sério
Graziella Matteo estaciona seu conversível em frente a uma grande mansão que imagino ser onde mora, durante o trajeto permanecemos em silêncio, perdidos em pensamentos, quando ele abre a porta do carro me permitindo sair, novamente palavras não são trocadas, mas a nossa troca de olhares fala por nós. O acompanho por uma escadaria que leva a portas duplas de vidro que me permite ver o interior pouco iluminado da sala de estar, quando a porta é aberta e a iluminação banha o amplo espaço, me sinto fascinada absorvendo os detalhes, as cores das paredes em tom cinza e branco, os sofás na cor preta em formato L que se posicionam no centro do lugar sobre o tapete felpudo branco que mais se parece uma nuvem, as escadas que se curvam levando ao segundo andar e as pinturas sem sentido expostas nas paredes dão aparência sofisticada e ao mesmo tempo masculina, procuro um único objeto fora do lugar, mas simplesmente não encontro, tudo está impecável, algo que combina unicamente c
GraziellaUm sorriso estica nos cantos da minha boca ao sentir mãos fortes percorrerem minhas curvas, permaneço com os olhos fechados, estou deitada confortavelmente em algo macio, as mãos habilidosas fazem seu trabalho ao logo da minha barriga lisa deslizando por minha cintura e quando chegam a meu busto uma delas toma um seio inchado em sua palma, ofego, controlando um gemido, eu simplesmente não me canso de sentir seu toque, já perdi as contas de quantas vezes tínhamos nos entregado esse desejo, depois de conhecer sua sala de estar, fizemos um pequeno tour por sua luxuosa mansão e não preciso dizer que batizamos todos os malditos cantos dela.Seus lábios quentes estão colados no meu ventre desferindo alguns beijos e descendo por minha púbis depilada e sensível depois de várias rodadas de sexo durante a noite.-Você &eacut
GraziellaÉ estranho o fato de eu ter morado a minha vida inteira em Verona e ter visitado raríssimas vezes seus pontos mais lindos, era como se eu vivesse em um outro mundo, um que minha mãe criou apenas para mim, sentia-me como um objeto de pesquisa esperando para ser colocada em teste, executando aquilo que lhe foi designando, mas a nova Graziela tinha suas próprias escolhas que se baseavam exclusivamente nela mesma, sem medos dos riscos ou de que tudo venha a despencar diante dos seus olhos. Ela estava fazendo algo por si mesma.Matteo dirige uma BMW vermelha, fiquei impressionada ao entrar na sua garagem e me deparar com vários carros esportivos, uma verdadeira coleção, fui criada no luxo e conforto dos Bicciolo, mas nada se compara a riqueza que Matteo possuía, o pouco que vi gritava poder, isso assustava a merda fora de mim, sabia o que uma vida fútil fazia a uma pessoa, minha mãe era um exemp
GraziellaDesperto sentindo uma invasão lenta e deliciosa em meu sexo, abro os olhos para encontrar Matteo com seus braços flexionados contra a cama cercando cada lado do meu quadril e seu corpo sobre o meu, permanecemos sem nos tocar por um momento, apenas nossas intimidades completamente ligadas uma a outra. -Preciso de você. - E isso é a única coisa que preciso ouvir para puxá-lo para mim tomando seus lábios no meus e cercando seus quadris com minhas coxas o prendendo contra mim. Enquanto nossos lábios se consomem penso o quanto este homem se tornou meu tudo em tão pouco tempo. Depois de nossa conversa estava resolvida a voltar para o porto di piacere alegando que pensaria na sua proposta, mas Matteo decidiu que ficaríamos o resto do dia juntos já que eu teria o dia seguinte para pensar, sentia o seu medo de que eu simplesmente dissesse não, queria tirar suas dúvidas e as
GraziellaAtravesso as portas do porto di piacere radiante, a felicidade que sinto não cabe em meu peito, estou indo morar com Matteo, então não poderia ser diferente, depois de muita insistência o convenci a me esperar em sua casa e trouxe apenas Jeremy para me ajudar a transportar as poucas coisas que tinha, tenho a plena certeza de que se Matteo me acompanhasse ele não me deixaria fazer as coisas no meu tempo e também não queria que a lambisgoia da Ada colocasse seus olhos sobre o meu homem, porque era isso que ele era, meu, e eu não permitiria que ela nos sabotasse. No salão do clube paro abruptamente na soleira da porta, o olhar frio que está sobre mim não é o de Ada, é de alguém muito pior, alguém que não esperava encontrar tão cedo. -Mãe. - O fio de voz que sai de minha garganta é inaudível. Ela sorrir, daque
2 MESES DEPOIS...GraziellaMinha cabeça está pulsando em uma enxaqueca dos infernos que não me deixa voltar a dormir, seguido pela leve ânsia que sobe por minha garganta, eu realmente estou ficando doente. levanto da pequena cama, meu corpo implorando para continuar no seu conforto, consigo ver o sol nascendo no horizonte pela única janela do apartamento. Olhando a vista do quinto andar do prédio, observo as pessoas sairem de suas casas para mais um dia de trabalho e penso o quanto estou precisando de um, minhas econômicas estão quase acabando. Estava morando nesse pequeno apartamento a mais ou menos dois meses, ele ficava situado no subúrbio de Verona, possuía uma sala de estar, cozinha e um quarto com banheiro agrupado, algo que eu podia pagar durante um tempo com o dinheiro que consegui com o trabalho no clube.Como nos outros dias meus pensamentos voltavam para ele de forma
GraziellaNem mesmo a poltrona confortável conseguiu diminuir a tensão do meu corpo, na verdade não conseguia ver nada à minha frente, meus pensamentos todos voltados para a última coisa que eu queria neste momento, uma possível gravidez, estou na sala de espera de uma clínica, para onde Dalila e Babara me trouxeram. Depois de conversar como uma enfermeira sobre os sintomas e ter uma amostra do meu sangue colhida ela nos pediu para aguardar durante 30 Minutos na sala de espera, enquanto meu caso seria avaliado por um médico, a cada segundo que passava minha mente processava as diversas possibilidades de eu não estar realmente gravida, mas não lembro de ter usado preservativo nas vezes em que estive com Matteo, o que foi uma grande burrice de ambas as partes e agora posso estar carregando um filho do homem que eu estava tentando arrancar da minha mente, isso não podia ficar pior. -Não acr
Graziella-Agora vamos conversar. - Mário diz assim que saio do banheiro do seu consultório, para onde ele me trouxe quando comecei a passar mal e onde eu fiquei bons 20 minutos vomitando.-Não temos nada para conversar.- Digo cruzando os braços o encarando. Dalila e Bárbara não estavam à vista, imagino que ele tenha pedido para conversarmos a sós. -Você está gravida do meu irmão.- retruca. -Quem disse que esse filho é do seu irmão? - Falo a primeira coisa que vem na minha cabeça. -Uma garota que espera 20 anos para perder a virgindade não sai por aí transando com qualquer um.- ele fala confiante, não acredito que Matteo falou para ele! - Não acredito que ele te contou! Pensei que não fossem próximos.-Nos aproximamos bastante nos últimos dias, meu irmão não está nada bem