Hotel Califórnia A Camareira do CEO Capítulo 31Eu estava limpando um dos corredores do hotel, absorta em meus pensamentos. Meu fone de ouvido tocava uma das músicas da minha playlist favorita, me ajudando a manter o ritmo e a me desconectar um pouco da realidade ao meu redor. A música era minha fuga, meu refúgio.Enquanto esfregava uma mancha teimosa no carpete, deixei meu celular cair. Com um suspiro, me abaixei para pegá-lo, sentindo o cansaço acumulado da rotina. Foi quando dei de cara com um par de sapatos de salto alto. Os bicos finos e elegantes chamaram minha atenção. Levantei o olhar lentamente, o coração acelerando. Ali, parada à minha frente, estava Suellen.Eu preferia esbarrar com qualquer pessoa naquele hotel, menos com ela. Infelizmente, tive o desprazer de conhecê-la pessoalmente, e sua presença sempre trazia uma onda de tensão e ansiedade.Seu rosto estava impassível, mas seus olhos brilhavam com um misto de curiosidade e desdém. Eu sabia que a presença dela nunca
Hotel California A Camareira do CEO Capítulo 32 Fiquei ali, sentada na beira da cama, tentando processar tudo o que havia acontecido. As palavras de Suellen ecoavam na minha mente, mas as palavras de apoio de Elza também se faziam presentes, me dando um pouco de conforto. Decidi que precisava sair daquele quarto e encarar o mundo lá fora. Não podia deixar Suellen me derrotar tão facilmente. Levantei-me e fui até o banheiro para lavar o rosto, tentando apagar os vestígios das lágrimas. Respirei fundo, olhei para o espelho e disse a mim mesma que seria forte. Por mim e pela aurora. Quando saí do quarto, Elza estava chegando. Seu olhar de preocupação logo se transformou em um sorriso alegre por ver que eu estava bem. — Pronta para voltar ao trabalho? — ela perguntou gentilmente. — Pronta — respondi, tentando soar mais confiante do que realmente me sentia. Ela me guiou para uma nova área do hotel, longe de onde Suellen poderia estar. Comecei a limpar um dos quartos, tenta
Hotel California A Camareira do CEO Beatrice Navarro Após um dia fatídico de trabalho, cheio de tensões, o confronto com Suellen e a notícia de sua gravidez deixaram muitas dúvidas no ar. Senti que precisava desabafar, e Clara era a única pessoa em quem eu confiava plenamente. Peguei o telefone e liguei para ela.— Clara, preciso de você aqui. Pode vir até o hotel? — minha voz tremia ao pedir.Clara não hesitou. Em menos de uma hora, estava à porta da minha suíte. Quando ela entrou, seus olhos se arregalaram ao ver o quarto novo, decorado especialmente para mim e para o bebê.— Beatrice, que suite maravilhosa, isso tudo é seu? — perguntou, admirando cada detalhe. — É sim, só não sei por quanto tempo. — respondi, depois de tudo que anda acontecendo, não sei mais se isso será meu ou se Eros será meu.— Por que amiga? O que aconteceu? Eu já estava procurando uma casinha para você e Aurora, mas vendo esta suíte, estou pensando em desistir.— Não, amiga. Você precisa continuar com seu
Hotel California A Camareira do CEO Suellen Nogueira (Parte I)Cheguei ao restaurante ainda fervendo de raiva após o confronto com Beatrice. Cada passo que eu dava parecia aumentar minha indignação. Aquela mulher estava me tirando do sério de uma forma que ninguém jamais havia conseguido. Entrei no restaurante, o ambiente normalmente sofisticado e acolhedor parecia uma prisão abafada, restringindo meus movimentos.Ao ver Endreric e George já sentados em uma mesa no canto mais reservado, fui direto ao ponto. Sentei-me rapidamente, meus dedos tamborilando impacientemente sobre a mesa.— Qual o motivo de tanta raiva, Suellen? — Endreric perguntou, seu sorriso charmoso nunca vacilando. Ele parecia sempre calmo, um contraste irritante com a minha tempestade interna.— Acabei de ter uma discussão horrível com a Beatrice, empregadinha insolente. — comecei, sem preâmbulos. — Aquela garota está me tirando do sério, e precisamos agir rápido.Minha voz saía mais alta do que o normal, atraindo
Hotel California A Camareira do CEO Suellen Nogueira (parte II)Cheguei ao beco e esperei. A ansiedade tomava conta de mim enquanto olhava ao redor, certificando-me de que ninguém nos veria. Alguns minutos depois, ouvi passos apressados. Olhei para a entrada do beco e vi Catapora se aproximando. Ele estava com as mãos nos bolsos, sempre cauteloso. Era um homem tatuado, com roupas desajeitadas e largada e uma touca na cabeça, que cobria parte do seu rosto. Ele ainda tinha o mesmo físico de antigamente. — Você trouxe o que pedi? perguntei assim que ele chegou perto.— Tá aqui. Mas lembre-se, isso é potente. Usa com cuidado. — Ele disse, entregando-me um pequeno frasco com um pozinho branco. — "Dose única morô?"Peguei o frasco e coloquei dentro da bolsa. — Aqui está seu dinheiro. — falei, entregando-lhe um envelope cheio de notas.Catapora contou rapidamente o dinheiro e falou. — Ae Marrentinha, tú tá mó gata mano, toda gostosa. — Ele segurou meu braço com força e me segurou contr
Hotel California A Camareira do CEO Momentos ÍntimosEu estava nervoso, algo que raramente acontecia comigo. O café da manhã estava impecável, com tudo que Beatrice gosta. Ao chegar à porta do quarto, respirei fundo antes de bater. Três batidas leves e precisas. Poucos segundos depois, a porta se abriu, e eu me deparei com Clara. Surpreso, tentei disfarçar meu desconforto. Não esperava que Beatrice estivesse acompanhada.— Bom dia, Clara. Eu... trouxe um café da manhã especial para Beatrice, mas parece que cheguei em uma hora ruim. Acho melhor voltar depois.Clara sorriu gentilmente, inclinando a cabeça para o lado. — Bom dia, Eros. Não se preocupe. Beatrice está no banho, mas você pode entrar. Eu estava mesmo pensando em tomar tomar meu café da manhã no restaurante do hotel.Hesitei por um momento, mas acabei concordando com um aceno de cabeça.— Claro, fique à vontade. — quando ela já estava no meio do corredor chamei. — Ha, Clara, pode falar para o garçom pôr tudo na minha cont
Hotel California A Camareira do CEO Maldades e Tristezas Após um momento íntimo e inesperado, Eros e eu saímos do banheiro envoltos em nossos felpudos roupões, ainda um pouco ofegantes. Ele segurava suas roupas encharcadas com um olhar divertido.— Eu preciso correr para a suíte e trocar para roupas secas — disse ele, tentando conter uma risada.Eu não pude deixar de rir da situação. Com um sorriso travesso, perguntei:— Valeu a pena?Eros me beijou calorosamente nos lábios, sua resposta clara em seu toque. — Com certeza — murmurou ele, seu olhar ainda caloroso e apaixonado.Antes de se apressar para a suíte, ele insistiu em tomar café da manhã comigo. Preparou tudo especialmente para mim, e eu me senti tocada com o gesto. Sentamos juntos à mesa, desfrutando de um café da manhã delicioso entre sorrisos e trocas de palavras carinhosas.— Preciso ir para uma reunião importante agora — disse Eros, olhando para mim com um olhar que misturava satisfação e urgência. — Prometo voltar à n
Hotel California A Camareira do CEO Amizade Duvidosa Saí correndo do quarto de Eros, meu coração pulsava descompassado, e a dor em meu peito era insuportável. Suellen, aquela mulher que sempre me olhou de cima, estava nos braços dele. Ela dormia, abraçada, como se não houvesse nada de errado com aquilo, como se eu não fosse nada. Pareciam exaustos por desfrutarem de momentos de amor. Meu mundo desmoronava a cada passo apressado que eu dava pelos corredores do hotel.Sem rumo, esbarrei em alguém. Um corpo grande, musculoso, firme. As mãos fortes seguraram meus ombros com um movimento repentino, me impedindo de cair. Ainda atordoada, levantei o olhar e me deparei com Endreric. Justo ele. Tudo o que eu menos queria naquele momento era ter que dar satisfações a Endreric.— Eii? Onde é o incêndio? — ele perguntou, a preocupação evidente na voz. Tentei me soltar, me desvencilhar daquele contato, mas ele parecia não estar disposto a me deixar partir sem uma explicação. As lágrimas ainda