“Henry Blackwood” O clima, antes descontraído e tranquilo, se desfaz no momento em que Harper entra como se fosse a coisa mais natural do mundo. Seu olhar percorre cada pessoa presente na sala de jantar, e um sorriso debochado surge em seu rosto quando ela levanta a mão, apontando o dedo para Evie antes de continuar: — Claro! Por que não percebi isso antes? — ela pergunta, balançando a cabeça em negativa. — Aquela armação no nosso casamento foi obra sua! Foi você quem fez a cabeça de Henry contra mim! — O quê? — Evie pergunta, levantando-se rapidamente. Ela ameaça se aproximar de Harper, mas eu a impeço, colocando-me à sua frente. — Você não precisa se preocupar com isso — digo a Evie, antes de me virar para Harper, que permanece com aquele maldito sorriso no rosto. — Que merda você pensa que está fazendo aqui? — Já que você não atendeu minhas ligações, decidi vir buscar tudo o que eu trouxe antes do casamento, Henry! — Harper ergue o queixo, tentando aparentar uma confiança
“Evie Ashford” Ao ouvir as palavras de Henry, solto um suspiro e encosto minha cabeça em seu peito, tentando aproveitar a quietude do momento. Mas a verdade é que, por mais que eu tente demonstrar tranquilidade para não alimentar ainda mais a raiva que sei que ele sente, a ameaça velada de Harper ainda ecoa em meus pensamentos. Não por causa dela, mas por saber do que Sebastian é capaz. Por mais que eu me esforce para focar no calor dos braços de Henry ao meu redor, as perguntas surgem sem pedir licença. O quanto Sebastian considera Harper? Será que ele realmente a leva a sério? E, se sim, até onde ele iria por ela? Um beijo em meu pescoço me traz de volta à realidade, arrepiando minha pele instantaneamente. Levanto a cabeça, encontrando o olhar intenso de Henry, e, sem pensar duas vezes, uno nossas bocas em um beijo calmo. Quando ficamos totalmente sem ar, ele encosta a testa na minha, me olhando fixamente. — Dorme comigo hoje? — peço, enquanto ele aperta minha cintura em resp
Segurando meus cabelos entre os dedos, Henry desce os beijos pelo meu pescoço, passando pela minha barriga, inclinando-me lentamente para trás até alcançar minha intimidade. Com o olhar carregado de desejo, ele me encara enquanto coloca meus pés em seus ombros. Sem pressa, começa a beijar minha panturrilha, subindo lentamente por minhas coxas, até me surpreender com uma leve mordida. Quando finalmente decide parar de me torturar, sua boca toca minha pele, explorando cada centímetro da minha intimidade. Minhas costas arqueiam involuntariamente quando sua língua começa a se mover em meu clitóris, e seus dedos deslizam facilmente para dentro de mim, provocando-me um gemido. — Henry… — sussurro, passando meus dedos entre seus cabelos. Alguns minutos depois, sinto meu corpo inteiro arrepiar à medida que a intensidade de seus toques cresce. Sem me importar se alguém me ouve, fecho os olhos e deixo meus gemidos escaparem quando a onda avassaladora de um orgasmo me atinge. Quando min
O que era para ser apenas um jantar em uma sexta-feira à noite se transformou em um fim de semana inesquecível. Entre a despedida de Mary e Robert, uma pequena maratona de filmes e, claro, a maior parte do tempo na cama com Henry, os dias passaram num piscar de olhos. Infelizmente, a semana começa, trazendo de volta a rotina e a normalidade. Enquanto tomamos café da manhã, trocando breves palavras e olhares, sinto-me estranhamente em casa. É como se, mesmo com tudo sendo recente, isso se encaixasse da maneira que deveria, e essa sensação me satisfaz e me amedronta ao mesmo tempo. Após mais alguns minutos em silêncio, terminamos o café e, assim como foi durante o fim de semana, ele logo me convence a deixá-lo me levar até minha casa. — Tem certeza de que não quer que eu te espere? — Henry pergunta assim que o motorista para em frente ao meu prédio. Por mais que a ideia seja tentadora, sinto-me obrigada a recusar. — Sim, vou pegar um táxi, não se preocupe — respondo, tentando par
“Henry Blackwood” Mantenho meus olhos fixos no relógio de pulso enquanto o Sr. Peterson continua sua interminável apresentação sobre projeções de mercado para o próximo trimestre. Duas horas e dezessete minutos. Esse é o tempo exato que estou preso nesta sala de reuniões, ouvindo números e mais números que, honestamente, poderiam ter sido resumidos em um simples e-mail. Ao meu lado, Benjamin tenta, sem muito sucesso, disfarçar um bocejo. Troco um olhar com ele, ambos compartilhando o mesmo tédio. A apresentação de PowerPoint avança para mais um slide repleto de gráficos, e contenho um suspiro. Não faço ideia de como vim parar aqui. Bem, na verdade, eu sei: uma reunião de última hora com investidores importantes demais para serem recusados, mesmo que isso signifique desperdiçar a tarde inteira aqui em vez de estar ao lado de Evie. — São tantos gráficos de pizza que já estou ficando com fome — Benjamin sussurra, inclinando-se levemente em minha direção. — Esses homens não se cans
Meus joelhos falham imediatamente e, se não fossem os policiais ainda me segurando, eu provavelmente teria ido ao chão. Por um momento aterrorizante, Evie parece tão imóvel que mal consigo respirar. Então ela se move. Seus olhos se abrem, percorrendo o ambiente com uma expressão desorientada, e o alívio que sinto é tão intenso que solto o ar preso na garganta. — Henry — Benjamin me chama, trazendo-me de volta à realidade. Ele encara os policiais com o tom profissional que conheço bem. — Podem soltá-lo. Sou o advogado dele e garanto que vai se comportar. Quando os policiais finalmente afrouxam o aperto e me soltam, dou um passo à frente, tentando me aproximar mais da ambulância, mas Benjamin segura meu braço. — Calma, Henry! — ele exclama. — Eles precisam fazer o trabalho deles. Meu olhar permanece fixo no interior da ambulância, observando os paramédicos que trabalham rapidamente, examinando Evie. Um suspiro aliviado escapa de mim quando finalmente ouço algo mais claro: —
“Evie Ashford” O silêncio que se segue à minha pergunta pesa entre nós. Henry me encara, franzindo as sobrancelhas enquanto seus dedos tamborilam contra minha mão. A confusão em seu olhar me faz ser clara: — Henry, o apartamento é seu — minha voz sai rouca, áspera como lixa, e preciso limpar a garganta antes de continuar. — Não de Benjamin. — Não, não é de Benjamin. — Ele fecha os olhos por um momento, soltando um suspiro pesado antes de me encarar novamente. — É meu, assim como o prédio. — Claro. — murmuro, respirando fundo, tentando organizar meus pensamentos. — Por que mentiu? — Porque… — Ele passa a mão pelos cabelos escuros, um gesto que já se tornou familiar. Seus olhos encontram os meus com a mesma intensidade de sempre. — Quando Benjamin me contou como você ficou depois que encontrou Sebastian dentro do seu apartamento, senti a necessidade de mantê-la segura. Eu precisava ter certeza de que você estaria protegida e... — sua voz falha levemente. — Sabia que você não ac
“Alguns dias depois…” Observo meu reflexo no espelho enquanto ajusto o presente de Henry em meu corpo: um longo vestido vermelho, com um decote discreto, mas que destaca minhas curvas na medida certa. Lily anda pelo quarto como um furacão, alternando entre me ajudar com os últimos detalhes da maquiagem e verificar obsessivamente seu celular. — Thomas confirmou que vem, Lily — Chloe diz do outro lado do quarto, enquanto luta com um par de brincos. — Relaxa. — Eu sei, mas… — Lily hesita, prendendo as mãos entre os cabelos. — É a primeira vez que ele vem aqui em casa. E se… — Para com isso, amiga — interrompo, rindo. — Vai dar tudo certo! — Ouça a Evie — Chloe completa, finalmente conseguindo colocar o brinco. — Logo você estará sentando naquele pedaço de mau caminho. E se prepare, viu? Algo me diz que ele logo vai te pedir em namoro. — Ah, meu Deus… — Lily murmura, jogando-se na cama. — Que menininha exagerada! — a loira exclama, revirando os olhos antes de me encarar. — E