Capítulo 22Henry narrando.Sigo para o quarto, ela ainda dorme profundamente, mas sua cor já está de volta, e sua respiração também, grato por ela não precisar de cuidados especiais.Sento-me à beira da cama e começo a assistir as gravações com mais atenção, MargaretMargaret está tão nervosa em todos os momentos, até mesmo quando ela para em frente ao quarto de Scarlett, em todas as vezes ela hesitou, ela não queria fazer nada daquilo, Scarlett desce a escada ela disfarça na hora, busca os remédios falso e a entrega e mais uma vez sinto a culpa em seus olhos enquanto ela sobe a escada com dificuldade.Me sinto culpado pelas duas, ainda não consigo acreditar que ela morreu assim, e sem nem mesmo me deixar uma pista.Continuo a assistir até a parte que o cavalo ajuda Scarlett, quem diria, quando ela estava tão feliz com aquele cavalo e eu só tinha feito o teste para ver se ela conseguiria andar nele, nenhum homem consegue montar nesse cavalo, pensei que realmente ele fizesse esse
22.2Scarlett narrando.Acordo sentindo um peso sobre meu corpo, abro os olhos assustada."Será que eles conseguiram me pegar?" Olho ao redor com a respiração pesada e parece que tudo não passou de um sonho, estou no quarto de Henry e ele está deitado e meu peito, afago seu cabelo enquanto ainda sinto minha garganta dolorida e as marcas vermelhas em minha pele, sinal que aquele pesadelo aconteceu.Pensei que a Margaret trabalhasse para eles já fazia um tempo, então não tem lógica para ela ter feito isso, nada me tira da cabeça que lia deve ter algo haver com isso, ainda me sinto exausta e a sensação de alívio por está em um lugar seguro me levar a querer descansar de novo, então durmo ignorando o peso sobre meu corpo.Não sei quanto tempo dormi, mas o quarto já está bem mais escuro, o peso continua sobre mim, a única iluminação do quarto era o abajur, minha garganta já está melhor e posso respirar em paz.— Henry… — Chamo com dificuldade, como ele pode cair no sono em cima de m
22.3Henry narrandoSaio do quarto após limpar toda a bagunça que fizemos, Scarlett e seus guias sexuais.Mas confesso que foi… como nunca pensei na vida, ela sabe bem como me agradar sem nem precisar realmente consumar nada.Ainda estou desnorteado, e ver ela rebolando em cima de mim daquele jeito… ainda preciso me recuperar, ainda quero me afundar nela, juro que se ela errasse e fosse para frente demais quando voltasse para trás não seria mais virgem e a culpa não ia ser minha.Penso nisso em me dar vontade de rir, menina louquinha.Pego a ampola em meu bolso e realmente verifico se aquilo não está adulterado, ela parece que ficou mais louca depois que acordou, ou supostamente deve ter algum cogumelo venenoso na salada que ela comeu, apesar de todos serem venenosos para ela.Me sento em minha poltrona ainda nas nuvens, nem sei que horas é e nem me interessa, até ouvir a notificação de chegada de e-mail./Soube o que aconteceu com a Margaret/Sim, ela tinha uma cápsula de ven
Capítulo 23Scarlett narrando. Após alguns minutos no quarto, me levanto e sigo para o banheiro de Henry. Tomei um breve banho só para me limpar e… uau… fico deslumbrada com a quantidade de produtos corporais que ele tem aqui, tudo tão organizado.Ele não é só elegante não, Henry é para lá de vaidoso, escolher um entre os produtos após analisar o cheiro de cada um encontro o que ele usa com frequência, conheço pois tenho um vício no cheiro dele e agora descubro que também vendem em frasco, passo um pouco sobre meu corpo me enrolo na toalha, até o roupão estava sujo, então deixei dobrado em cima da pia e sigo na ponta do pé para fora do quarto.O corredor está na penumbra, estou faminta, comi aquele almoço contaminado, mas agora estou sentindo falta da minha janta e das minhas guloseimas, mas Henry eu nem lembro se ele tomou café.Fito o corredor vendo se ele está aparece, mas percebo algo no chão, um corpo sentado encostado na parede com a cabeça baixa, tem um interruptor no corr
Cap.23.2Henry narrando.Acordo é quase fim de madrugada, sinto seus braços frouxos em mim, me movimento discretamente e eles caem sobre o chão, me ergo e a encaro preocupado, mas ela está respirando, está bem, só a marca vermelha em seu pescoço que entrega a minha tentativa, eu acordei com ela em minhas mão, aquela cena quase me enlouqueceu.Estava preso naquele dia, minha cabeça agora me leva com precisão aquele dia, toda aquela tortura os abusos que ela sofreu na minha frente… onde ela está?Me levanto de cima de seu corpo, ela está nua, procuro a toalha e vejo a alguns metros, me sinto ainda mais envergonhado e com remorso por ela.Ela está em sono profundo ainda, deve está exausta a levo para o meu quarto, ver seu corpo nu em meus braços, tão vulnerável e indefesa, queria ser alguém a protegesse, não que fizesse sua vida ficar mais arriscada.A coloco sobre a cama debaixo de uma coberta grossa, a manhã está fria e ela ficou a noite inteira naquele chão, espero que não fique
Capítulo 24Não sei porque ele colocou essas meninas acima até mesmo de nós que somos os filhos dele, mas ele conseguiu o que queria, eu seria incapaz de fazer mal a aquela menina ruiva no meu quarto, mas isso me faz me sentir tão impotente, porque tudo que sempre quis foi vingar minha mãe.Nesse exato momento… ou até mesmo naquela madrugada, ela deveria estar morta, mas seria tão injusto com ela, que não conseguiria fazer mal a um fio de cabelo dela, estando consciente.Todas as vezes que ela estava machucada, todas as vezes que sofreu na mão do próprio pai, ela nunca teve o amor dele, a última coisa que posso fazer é odiar ela, mas as acusações estão na minha cabeça, o peso da impunidade a tudo que aconteceu, Erina pagou, alguém mais deveria pagar? Toda a sua geração deveria? Pergunto-me isso enquanto sigo para o quarto.Assim que entro a encontro concentrada em seu manual, enquanto está sentada no centro da minha cama com as pernas cruzadas, ela nem mesmo foi para seu quarto se
Capítulo 25Scarlett narrando.Terceiro dia que durmo no quarto de Henry, ele já está mais uma vez ao meu lado, mas não é mais o mesmo, está diferente, disperso cabisbaixo, mas não conversa sobre nada.Apenas me abraça e se mantém em silêncio.— O que está acontecendo? — Pergunto erguendo o rosto para o encarar.— Nada de mais, só problemasResponde indiferente, mas sei que há algo errado, mas não é algo fácil de se arrancar dele, não sei porque, mas estou começando a desconfiar que o trauma e os surtos estão de volta, afinal ele não me disse com claridade o porque que ele estava daquele jeito, o que fez ele voltar.— Henry, se meu trauma voltar, vamos continuar o tratamento com música, eu toco para você todos os dias que tal? — Pergunto demonstrando animação, ele me encara ternamente.— Não se preocupe com isso, eu fiz minha promessa e não existe perigo — Avisa, mas apenas vejo palavras inseguras.— Então por que está tão diferente? — Não estou diferente— você tem sumido,
Cap.25.2Henry narrando. Ela me acorda de meus monstros como sempre, parece que ela acabara de começar a tocar, mas rapidamente me fez voltar a mim, porém não saio de imediato, fico apreciando a melodia, sentado sobre a pequena cama de solteiro empoeirada.“É, ela me descobriu, mas as coisas estão um pouco diferente, porque eu retrocedi mais do que na época que ela esteve comigo, afinal meu pai na época gastou milhões em tratamentos apenas para tentar ao mesmo me deixar livre de minha prisão, se eu perceber que aquilo voltou, eu não vou sair daqui e serei prisioneiro na minha própria casa e terei que pedir ajuda a meu pai.Assim que a música cessa eu saio e a vejo sonolenta no chão, meu serzinho mágico está tão cansado que nem consegue olhar para mim direito.A pego gentilmente em meus braços e a levo lentamente pelo corredor, a observando com a luz da penumbra, se ela soubesse que minha cabeça está regredindo ela preferiria correr em vez de pegar um violino.— Essa menina… — s