Haidar estava inquieto, não conseguiu dormir o resto do tempo, tinha no rosto a amostra do tempo perdido. Mesmo sendo cedo demais, ele já havia ligado para o pai, marcado um horário para tratar daquele assunto. Adentrando o escritório do pai, encontrou Khalil com Samuel. — Sente-se! — pediu Khalil analisando o estado do filho, o cansaço era óbvio. — Soberano! — fez uma breve reverência ao pai. — Vamos tratar de coisas pessoais. — alertou Khalil. — Sim, pai! — Haidar se sentou depois de cumprimentar Samuel. O príncipe estava aceitando tudo muito facilmente, ele não era assim, isso deixou Khalil em alerta. — Tudo deve ser resolvido no silêncio. As informações que encontrámos irão ser passadas apenas para nós e permanecer no nosso meio. — avisou o sheik.Samuel estava esperando uma ligação do comandante de segurança, onde iria procurar as imagens da câmera de segurança. O que não demorou muito, logo tinham todas as informações passando na tela do iPad.Haidar observava de perto c
O aparelho móvel de Khalil soou assim que ele se aproximou da esposa. — Habibi! — Aisha o cumprimentou com um breve beijo, não havia ninguém na mesa. — E a minha mãe? — perguntou assim que se afastou dela, retirando o telemóvel do bolso. — Repousando no quarto, está indisposta. — explica brevemente ao marido.Khalil anui, põe o aparelho contra a orelha, ainda no mesmo lugar. — Sim? — anunciou que estava ouvindo. — Soberano. — Alguém cumprimentou do outro lado. — Diga! — pediu rapidez. — A senhorita Al-Maktoum não compareceu às aulas hoje. — Khalil franziu o cenho ao ouvir aquelas palavras. — Como aconteceu? Onde ela está? — perguntou de imediato, recebendo um olhar preocupado da esposa ao seu lado, ameaçando se erguer de onde estava sentada. — O carro veio até a entrada, o jovem Al-Kudsi desceu do automóvel, mas não a jovem senhorita. Então o seu noivo fez uma ligação, o carro retornou e ele atravessou correndo a avenida para pegá-lo do outro lado, assim eles sumiram. — expli
Deixando o pé do acelerador mais leve, ele manteve as mãos no volante por alguns segundos. Repetiu aquilo, dando mais leveza ao pé, manteve o controle, então retirou uma das mãos do volante para voltar a marcha.Organizando os pensamentos, supôs que daquela forma era mais seguro. — Haidar! — ouviu a voz do seu pai, quase se assusta, o que não era bom durante aquela situação. — Sim? — fingiu normalidade. — O que está acontecendo? — Khalil sabia que o filho não iria desobedecê-lo aquele ponto, por isso se pareceu preocupado. — Espero que não tenha problemas com a imprensa. — diz Haidar, tentando não contar sobre seu problema, pois teria que pensar como aquilo aconteceu e quando. "Talvez tenham mantido um pouco de freio para os percursos que fiz, deixando que parecesse um acidente comum quando acontecesse." Deduziu, repetindo o que havia feito antes. "Ele tinha tudo planejado, isso é apenas um atraso, sendo a consequência a morte ao não."Enquanto diminuía as marchas e tirava o pé
Os olhos de Zahraa saltaram, mostrando sem intenção, o quanto ela se importava mais com Haidar que consigo mesma. Aquilo somente enfureceu ainda mais ao homem. — Você não pode… — insegura tentou soar mais firme, mesmo assustada, por sua ameaça. — Posso e vou. Você não fará nada, caso contrário, ficará sem essa coisinha que há em você! — apontou com certo nojo para ela. Zahraa encarou seu corpo, mas não compreendeu as palavras dele. "Sem o mal-estar?" Não entendia. Quando levantou os olhos, se assustou com o loiro quase inclinado sobre ela. — Como pôde? Como pôde ser tão ingênua, tão baixa e sem honra? — Os olhos amarelos dele estavam cheios de ira. — Está falando de Haidar? — Parecia que a mente dela trabalhava mais devagar agora. "Ela não seria tão descuidada em planejar algo assim, mas ele é completamente capaz." Apertou os punhos. — Aconselho a você, Zahraa, que escolha quem é mais importante em sua vida a partir de agora. — viu confusão banhar seu rosto. — Não tem possib
Zahraa não teve tempo de dizer nada, também estava mais apavorada que antes, agora não só se sentia desprotegida quanto tinha que aprender a proteger alguém muito importante. Omar afastou seu corpo do dela depois de não receber resposta, a puxando para fora da casa. A colocou dentro do carro com pressa. Enquanto percorriam os muitos lugares estranhos, Zahraa tentava assimilar sua atual situação, sem perceber colocava as mãos contra a barriga, pensando no quanto havia sido inesperado. "Serei mãe em breve. Eu tenho um bebê aqui dentro, se formando." "Esse bebê tem um pai… Eu o amo." "Como ele reagiria se soubesse?"Recordou que na primeira noite ele que não quis usar proteção, provavelmente com ciúmes dela, estava um tanto possessivo. "Mas isso foi antes dele saber sobre minha identidade e perder o interesse." Relembrou que antes de Omar a sequestrar, Haidar tinha feito algo parecido naquele dia, mas era por pura possessão. Pelo menos era o que diziam as ações dele.Então ele par
Depois de muito tentar falar com Zaya(Zahraa), Margaret começou a ficar preocupada, pois não tinha mais notícias de Omar durante o mesmo tempo. — Você ouviu algo sobre Omar? — perguntou ao sobrinho Nair. — Não. Tentei entrar em contato com ele por causa da quebra de contrato que ele fez com a dançarina. — sentado no sofá com muitos papéis sobre a mesinha de centro, ele arrumou seu óculos no rosto. —... Também sobre o contrato pré-nupcial que fez ela assinar, mas não conseguiu nem encontrá-lo em casa. — viu sua tia sentar do seu lado, pegando um dos papéis. — Ele voltou para a Arábia Saudita? Por que ele faria isso? — ela perguntou, dando uma rápida olhada no processo que Nair tinha. — O que é isso? — perguntou o mostrando a folha que havia pego, Nair recebeu sabendo do que se tratava. — Um processo contra Omar. — foi vago, assim que levantou os olhos, viu no rosto da tia que deveria soltar mais informações. — O príncipe o está processando por enganar aquela que muitos conhecem
Haidar chegou na casa onde mostrava a localização de Omar apenas para encontrá-la vazia. — Ele não está mais aqui. — lamentou ele.Um dos homens que estavam com ele vistoriaram a casa, as coisas de Zahraa estavam lá. — Iremos encontrá-la. — falou Naim. — Será mais difícil agora. — levantou o aparelho celular dela com a bolsa, ambos em cada mão.Naim suspirou. Os dois homens desceram do andar de cima com outro aparelho. — Encontramos este no quarto em que ela estava ocupando. — as palavras do homem não foram nada animadoras para Haidar. Naim percebeu a mudança do sobrinho, então caminhou até aquele que tinha o aparelho na mão: — Deixe-me ver! — Pediu.Quando o homem o entregou, ele analisou o telemóvel, para então concluir: — Ele deixou para trás. Vou analisar tudo que encontrar aqui. — mostrou a Haidar, neste o sobrinho não tinha interesse, ele havia se aferrado às coisas de Zahraa. — Faça como for melhor, tio. — o príncipe havia perdido o ânimo, estava com raiva e angústia. N
Zahraa não soube o que responder, por mais que tentasse. Omar deu um leve sorriso, demonstrando sua tristeza, o que durou poucos segundos. — Vamos! Tem algumas coisas que devemos fazer. Tem roupas no closet. — avisou, pegando a bandeja dela.Zahraa apenas concordou, se pôs de pé e se preparou, como ele havia pedido.Logo estavam no carro novamente. — O que vamos fazer? — Zahraa não havia percebido, mas falava mais calma agora, parecia que depois da história dele, não tinha mais medo.Aquilo deixou Omar feliz, mesmo que ele não demonstrasse. — Sua primeira consulta. — avisou. Os olhos de Zahraa saltaram. Eles estavam passando para a sala do médico naquele instante. — Olá, sejam bem-vindos! — o gentil senhor lhes deu um sorriso genuíno. Zahraa agradeceu com um leve aceno, Omar também o fez, usando as palavras: — Então quer acompanhá-la e verificar o progresso de seu filho? — Zahraa ficou espantada com as palavras do médico, por isso olhou diretamente para Omar. — Como eu havia d