Dois dias depois que Janine tinha falado com Léo e com a sua equipe tinha chegado o momento de todos se encontrarem.
Kog, Sophie, Umada, Himashi e Ethan, outra vez se reuniam naquela mesma casa do passado, lugar aonde tudo havia começado para Charles e Umada.
Sophie já conhecia Leo, mas como foi pedido a ela que silenciasse sobre a identidade dele, ela assim o fez, então o segredo ali era entre ela e Janine, se Leo falasse algo também denunciaria sobre sua identidade, porém ele não gostava de ser visto como um deles, preferia ser visto apenas como um humano normal.
No final do domingo, Leo estava em seu quarto, decidido a fazer seus vizinhos a escutarem sua música favorita, o som estava no último volume, ele não escutou quando sua mãe Janine chegou em casa com visitas.
— Perdoem o barulho, vou pedir pra meu filho abaixar o som. — Janine falou com voz elevada já
Ethan seguindo o cheiro de Léo, chegou próximo a árvore em que ele estava, olhou o garoto encarando o movimento das folhas de acordo com a intensidade dos ventos.Ele se aproximou sem fazer barulho, não queria denunciar sua presença ainda, escutou um fungar profundo, somente naquele momento viu o semblante triste de Léo.— Léo... Tem espaço pra mais um aí em cima? — Ethan perguntou, mas não esperou uma resposta e em um único pulo pousou no galho ao lado do garoto. — Perdoe meu marido, ele tem esse jeito um pouco seco as vezes e tem certas marcas do passado nele ainda, passamos por uma perda no passado, e hoje em dia ele evita trabalhar com humanos. — Ethan falou sem olhar para Leo, apenas olhava pra frente, como se o balanço das folhas fosse o melhor entretenimento do mundo.— Na percepção de vocês, humanos vão atrapalhar ou atrasar o trabalho. — Leo suspirou fundo. — Minha mãe pediu pra que eu interagisse com vocês, ela disse que era importante, segundo ela seria
Voltando um pouco no tempo, os moradores daquela casa, estavam incomodados com o barulho da música alta que vinha do quarto de Léo, e eles não podiam fazer nada, já tinham provocado uma situação.Ethan estava com a cabeça deitada no colo de Umada com uma almofada no ouvido, Sophie com fones do outro lado, recebia o olhar de desaprovação dos outros, na cabeça deles ela tinha que falar algumas coisa para que Léo abaixasse o volume.O som foi dando pequenas interferências e o silêncio absoluto alcançou o andar de cima da casa, ele respiraram aliviados, poderiam jantar em paz.Ethan com uma bela dor de cabeça agora tentava tomar alguma comprimidos que fossem eficientes para seu caso.Uma vez que foram ate a cozinha comer o que Himashi havia preparado, pensaram em chamar Leo, mas a placa estava na porta, então era melhor respeitar os desejos do humano, e na cabeça deles era ótimo que o humano não fosse com eles em missões, assim estaria seguro na Terra.<
Como era de costume Leo acordou cedo, pegou a lata velha e caiu na estrada de novo, parou apenas em uma padaria para tomar seu café da manhã e foi nessa parada que deu de cara com sua mãe e Gustavi.— Meu irmão... Como conseguiu pegar 120 com aquela lata enferrujada? E ainda por cima passou na frente dos guardiões.— Gustavi falou rindo ao se aproximar da mesa.— Não briguem comigo, eu me ofendido com aqueles Itsab, só por eu ser humano não sirvo pra fechar as fendas que eu ajudei a rastrear, dei o trabalho todo mastigado pra eles, estavam com o mapa, bando de... — A fala revoltada de Léo foi interrompida por Janine.— Calma, a gente sabe, estamos acompanhando a situação de longe, você é a nossa missão, sabe que queremos te ver munido de poder, por isso colocamos eles na sua frente, sabe que a gente podia ter resolvido o problema das fendas rapidamente.— Janine falou levantando uma das mãos para fazer o pedido ao atendente.— Sei... Eu tenho mesmo que me
Léo, assim que passou pelo portal e encontrou uma terra medieval a sua frente, sentiu um frio na barriga, seus olhos corriam de um lado a outro esquadrinhavam cada mínimo detalhe, estavam diante do castelo da aldeia do fogo, ele olhou para trás movendo o corpo lentamente, as casas, as barracas de armas, o lugar rodeado por uma muralha de ferro, a frente dele o castelo negro, os dragões na porta entalhados em dourado.A porta se abriu e passaram por ela as esposas de Himashi, Amália e Riwa, a primeira coisa que fizeram foi dissecar Leo com os olhos, a segunda foi lançar um olhar incomodado para Umada e Himashi.— Senhoras, viemos trazer o filho de Janine para conhecer Kanish, ele vai trabalhar com a mãe futuramente, e esse é um dos planetas principais que está sob a responsabilidade dos Guardiões. — Himashi se adiantou em dar os devidos exclarecimentos.Elas apertaram a mão do garoto com certa formalidade e voltaram sua atenção para Himashi.Os olh
Aqueles que tinham ficado na Terra, sabiam da verdade, Kog esperava uma resposta das duas mulheres daquela casa.— Meninas, mandaram ele pra lá, mandassem pra Dominik primeiro, certeza de que ele vai despertar? — Kog questionou sem cerimônia.— Queria que eu fizesse o que? Continuasse matando Léo de tristeza por viver entre pessoas poderosas, nisso ele não é diferente de Charles, e outra tínhamos um roteiro que, Umada e Ethan, rasgaram ao não querer saber dele, eu tive que agir, mudei o tempo, não me culpe por tentar Kog, você melhor do que todos sabe como é perder alguém que se ama, quando descobriu que Chelly estava viva e se recusava a falar com você o que sentiu? Será que isso foi próximo a dor que causou em mim e na Sophie, a gente te amava. — Janine disparou furiosa, disposta a tirar o sorriso de Kog dos lábios e conseguiu.— Você também rasgou os roteiros, Kog, você mesmo sabendo que estava enfiando uma adaga em meu coração continuou com Gaya, aquela maldita
Janine voltou para a Aldeia das flores, ela começaria sua pesquisa, mudaria o tempo, iria pesquisar por anos enquanto ali se passariam horas ou até mesmo minutos, e ela estava disposta a só voltar quando tivesse uma resposta para seu filho, é estranho como a maternidade tem o poder de mudar a visão das pessoas, Kaius acompanhou Janine nessa pesquisa, ele também faria qualquer coisa para ajudar a feiticeira, sendo ela uma de suas marcadas, ele também a tinha imortalizado no passado.O clima de tensão rondava a todos, no momento em que Janine passou pelo portal com Kaius, todos ficaram ainda mais nervosos, e aquela seria uma pesquisa extensa.Léo por outro lado respirou fundo, o que ele iria fazer pelo seu antigo eu era demais pra ele, outra vez encarou seu reflexo no espelho e agora ele via a Charles. — " Então vai usar sua antiga aparência, me mantenha inconciente Charles, nã
Léo abriu os olhos com certa dificuldade, parecia que suas pálpebras pesavam toneladas, olhou em volta, ele sabia aonde estava e agradeceu mentalmente por acordar sozinho, não queria se constranger ainda mais.Ele se movimentou no intuito de sentar na cama e poder se alongar, sentiu o arrependimento pelo ato percorrer na espinha, a dor que sentiu foi como se tivesse sido partido ao meio, suas pernas estavam doloridas, pareciam pesar mais do que suas pálpebras, seus músculos todos doloridos, marcas avermelhadas por todo o corpo, e algumas meio arroxeadas.— " Obrigado por isso Charles, pensei que se importava que eu andasse no dia seguinte"— pensou indignado por estar totalmente acabado.Com o desânimo em sua face pegou a coberta e se cobriu até a cabeça se deitando em seguida.— " Me recuso a sair daqui carregado, um absurdo isso."Enquanto brigava com seu subconsciente escutou a porta se abrir.Ethan sentiu a mudança na respiração e
Janine e Kaius estavam nesse momento em Zaor, o planeta pequeno que ela mantinha alguns guardiões fixos, naquele planeta não tinha humanos, mas os guardiões podiam vez ou outra trazer algum, ou para lhes dar uma segunda chance de vida, ou afim de tentar salva-los de algum ataque.Já tinha algumas semanas que um homem de aproximadamente 27 anos estava sendo tratado de uma doença mental, era hereditário e todos da família tinham morrido sem saber quem eram.— Quem é ele? — Janine inqueria apontando para o homem.— Gole, ele era meu amigo na minha última missão, mas quando começou a se esquecer de tudo, sabíamos que não teria jeito, trouxe ele para nossa base afim de que ele pudesse viver de forma confortável antes de perder toda a consciência. — Ramon um vampiro da cidade do México no planeta Terra respondia a sua chefe com meio sorriso.— Eu vou precisar do corpo dele, pelo que sei ele já não sabe quem é