Daren Holloway Tudo estava indo muito bem, até ela tirar aquela droga de papel da bolsa. Eram as nossas palavras, até aquele momento. Eu estava com uma droga de óculos escuros, no meio da tarde, por que o idiota do meu irmão resolveu socar o meu rosto de um jeito mais forte do que deveria. Eu devia ser o cara mais otário do mundo. Estava sentado no tribunal, lutando por ima criança que eu sabia que não era minha. O que eu não faria em troca de alguns milhões? Esse juiz estava estragando os meus planos, enquanto me olhava com aquele olhar de idiota. Eu sabia que ele sentia pena dela, e por isso, eu estaria muito ferrado. – Eu estou atestando a veracidade! – O advogado protestou, mostrando uma droga de papel com a custódia de documentos. Era oficial, eu tinha perdido. Eu odiava perder. Eu estava me controlando para não gritar com ela, ou voar naquele pescoço que parecia tão macio. Eu me culparia a vida inteira por não ter aproveitado tanto potencial enquanto eu tive a chance. Mas na
Livy Holloway. Meus olhos ainda estavam inundados de lágrimas. Eu tinha grandes bolsas nas pálpebras, e um rosto realmente rosado. A minha maquiagem estava o caos, e o meu cabelo estava completamente bagunçado. Eu abracei o juiz, como se ele fosse uma tabua de salvação. Claro que eu estava com medo, mas, saber que o Daren, agora, era arrastado por dois guardas armados quase podia me fazer sorrir. Eu sabia que causaria um descontrole nele, mas nunca imaginei que chegaria a tanto. Eu sorri, quando ele finalmente desapareceu da minha frente. Eu sei, aquilo parecia manipulador e talvez fosse mas, eu havia aprendido a minha lição. Quando deixam que joguem com a sua vida, você vira uma cobaia. Eu não seria usada nunca mais! O juiz me liberou, tocou no meu rosto, e eu podia ver a preocupação nos olhos dele. Eu me esforcei ao máximo para me tornar a mais vulnerável das mulheres. Não que eu tivesse realmente alguma defesa contra o Daren Holloway. – Você está bem agora? – Ele... Ele .. –
Hardin Holloway Joguei o jornal sobre a minha mesma estava parado, e peguei um cigarro. Fazia algum tempo que eu não fumava, e eu tinha certeza que aquele era um péssimo momento. Mas que se dane. Eu perdi tudo. Eu tinha o direito... Eu escutei batidas na porta. – Entra!Heric entrou. Ele ainda tinha o olho roxo. Nós havíamos brigado não fazia muito tempo, mas o hematoma no canto da minha boca indicava que eu não estava ileso. – Desculpe... – Ele andou até o interior da minha sala. Eu podia ver que ele estava realmente arrependido. – Me desculpa pelas coisas que eu disse a você. Reconheço que perdi o controle. Eu estava com raiva. Ele me encarou. – Eu consigo entender muito bem... – Aquilo parecia mais como um murmúrio. – Pretende voltar com ela? Heric se sentou na cadeira a minha frente. Ele agarrou aquele jornal e começou a folhear. Não precisava ir muito longe para ver o rosto da Livy Clarke estampada na primeira pagina. Ele leu aquilo como uma necessidade vital, e eu vi quan
Hardin Holloway– Eu não sei mais o que fazer...Juan me encarou. Eu sabia que nós dois estávamos trocando algum tipo de sinal. – Livy está impossível... Implacável... A última que você aprontou, eu não sei, Hardin. Você a quebrou completamente. Eu sentia cada uma daquelas dores na minha pele. Era como se eu queimasse de dentro para fora. Ainda assim, ela não podia me afastar do bebê. Eu empurrei os seguranças, e quando eles vieram para cima de mim, Juan os segurou logo atrás. Eu nunca esperei que ele me ajudasse daquela maneira. Tinha que me lembrar de agradecê-lo mais tarde, apesar das merdas que ele induziu a minha esposa a fazer. Livy se levantou. Ela estava na cabeceira da mesa, agindo como uma verdadeira autoridade. Eu enxergava nos rostos daqueles homens, que a reunião parecia difícil. – O que está fazendo aqui? – Eu vim conversar com você. – Aqui? Tinha que invadir a minha reunião? Você não pode esperar por mim lá fora, como as pessoas normais.Eu não era normal. Eu não e
Livy Clarke. Eu sentia o meu coração doer como se eu fosse enganada mais uma vez. Estava sentindo aquela dor intensa, enquanto olhava na sacada do meu apartamento. Lugares mais baixos, por que eu não queria me lembrar do Hardin a cada cinco minutos. Não adiantou muito. Eu olhei para o horizonte, e a luz da lua que brilhava intensa, brigando com a claridade da cidade que nunca dorme. Eu podia ver uma névoa pairando quando ele surgiu. Era como testemunhar o aparecimento de um vampiro. Aquelas roupas escuras, o sobretudo preto. Ele estava ali, encostado em uma parede, me observando. Hardin costumava fazer isso todas as noites, desde que nos separamos.Eu olhava para ele, do alto da sacada, e acenava. Essa era a nossa maior interação. Dois meses haviam se passado, e eu já não saia mais de casa. A depressão estava me matando por dentro, e ninguém podia saber. Eu não o obriguei a abrir mão da próprios filha. Juan a levava para ele duas vezes por semana. Nós quase não nos víamos mais. Eu
Livy Clarke. – Você está grávida! – Juan gritou. Eu corri até ele, cobri a boca escandalosa com as minha mãos pequenas. Os olhos dele ainda estavam muito arregalados. Quando eu me encostei nele, os olhos do Juan desceram, encarando a minha barriga. – Você vai ficar quieto? Ele balançou a cabeça. Eu sabia que podia confiar nele, por quê, em momentos como aquele, Juan já havia me protegido antes. – Você esta grávida? De quem? Eu abaixei a minha cabeça, sentindo a dor me contorcer por dentro. Aquilo não era tristeza, mas um espasmo violento que costumava vir antes dos meus remédios. – Você sabe muito bem de quem é. – Você teve uma recaída e não me contou? Ele não me disse nada. – Ele? Você e o Hardin viraram amigos agora? Juan balançou a cabeça, orgulhoso. Ele demonstrava o quanto aquilo o deixava satisfeito. Eu não podia entender aquela relação de amor e ódio. Os dois mal podiam ficar no mesmo ambiente por mais de um minuto, mas agora estavam amigos de infância. – Na verdade,
Hardin Holloway.Eu não tenho feito nada na vida, além de observar a Livy Clarke. Inicialmente, eu sentia apenas falta de voltar para casa. Claro que nunca morei naquele apartamento. Eu não gostava de andares tão baixos. Mas, ela era a minha casa. Minha filha era a minha casa. Quando a vi ali, na sacada, agradeci por ela gostar tanto de estar perto do chão. Só assim eu ainda podia olhar para ela todos os dias. Então, eu me sentava naquela calcada, usando um terno muito caro, e de uma maneira suspeita, esperava que ela aparecesse. A primeira vez em que ela surgiu na janela, sequer me olhou. Mas eu podia ver aquelas lágrimas todos os dias, sem falhar uma única vez. E merda, aquilo estava acabando comigo. Eu destruí a mulher que amo, em troca de uma vingança por alguém que não me importava mais. Eu não queria saber se Maila ainda estava viva ou morta. Mas, eu fodi tudo por causa dela, e de um irmão que estava preso por tentativa de assassinato... Se o velho Holloway ainda estivesse vivo
Hardin Holloway...Eu queria me matar. Eu queria abrir essa maldita varanda e me jogar de cima. Eu não conseguia pensar em uma merda pior. Eu já tinha magoado a Livy, e agora, eu sabia que terminaria de enterra-la na própria dor. Eu estava com dor. Eu sentia nojo de mim mesmo. Eu me odiava. Naquele dia, eu tinha perdido a cabeça. Eu achei que nunca mais a teria de volta. E eu achei que não me importava com o que acontecesse antes, por que, no final de tudo, ela não estaria mais aqui. Mas agora, eu seria pai de um bebê com aquela mulher, e teria que aguenta-la para o resto da vida. Eu fiz uma besteira tão grande, que nem conseguia acreditar em tanta burrice. Eu me virei quando os homens entraram na sala. Eu ainda estava fumando um cigarro atrás do outro. Sabia que o meu pulmão não aguentaria muito tempo em um ritmo como esse. Talvez, eu estivesse mesmo tentando me matar, ainda que de forma inconsciente. Droga... O que eu fiz com a minha vida? Como eu acabei aqui? Eu ainda podia me l