POV MAGNOS.Eu não podia acreditar que meu próprio lobo, havia armado uma cilada para mim. Cosmo invadiu minha mente e implantou imagens de Amélia em minha cabeça. Me induzindo a ter ilusões eróticas com ela. Esse traidor pulguento me fez de fantoche.— Por que você fez isso Cosmo? — Perguntei irado.— Eu te avisei que não queria que tivesse relações sexuais com aquela vadia. Mas você não me escutou, então tive que dá meu jeito. — Falou ele sorrindo em minha mente. Eu podia ver Cosmo dando saltos e cambalhotas de alegria.— Você não pode invadir minha mente assim. — Falei incrédulo com a sua ousadia.— Posso, sim, quando minha parte humana está fazendo coisas erradas. Já lhe alertei que deve transar com Amélia, a mãe de nossos filhotes. Precisamos mantê-la ligada a nós, senão outro vai roubá-la de nós. — Falou.— Você está louco, por acaso está se ouvindo? Amélia não é nossa companheira. — Falei irritado com essa teimosia dele.— Mas pode ser se você a escolher como companheira escolh
POV AMÉLIA.O jantar foi agradável, mesmo eu estando chateada com Cecília. Passei o resto do jantar em silêncio. Mas mesmo que quisesse falar, não poderia. Pois Ana e Cecília não paravam de falar. Ivan ficava em silêncio observando com aquele rosto carrancudo. Ivan parecia aqueles capangas de filme de mafiosos. Pensando bem, Magnos era como um chefe da máfia, mandão e perigoso.Aquelas duas estavam planejando tudo para quando meus filhos nascessem. Coitados dos meus filhos com essas duas loucas. Elas estavam planejando o enxoval e a decoração dos quartos dos meus bebês. E nem se davam o trabalho de me perguntar o que eu achava. Quando o jantar terminou e Ana e Ivan foram embora, eu suspirei aliviada, porque não aguentava mais ouvir Cecília e Ana falando e planejando. Gosto de ficar sossegada em meu canto. Logo me levantei e fui em direção ao meu quarto. Cecília veio atrás falando. Maldita hora em que machuquei o pé, agora não posso correr para longe de Cecília.— Amélia, até quando v
POV AMÉLIA.Me deitei confortavelmente na banheira e apreciei aquela água quentinha. Fechei os olhos e acabei cochilando por alguns minutos. Acordei assustada com batidas na porta. Quem será o infeliz que ousa atrapalhar meu banho e meu cochilo?— Amélia, está tudo bem ai? — Perguntou Cecília. Tinha que ser ela, minha babá.— Sim, estou bem. — Respondi.— Você estava dormindo? — Perguntou.— Não. — Respondi mentindo.— Mentirosa, eu ouvi você roncando. — Gritou Cecília lá de fora. Que absurdo, eu nem ronco. Essa loba está cada dia mais folgada.— Eu não ronco. — Gritei respondendo sua causação absurda. Nunca se diz que uma mulher ronca. Mesmo que ela ronque feito um trator velho.— Vou fingir que não ouvi seus roncos. Agora termine de tomar banho, se a água esfriar não será bom para você, pode te deixar doente. Meu irmão não gostará se eu deixar você ficar doente. — Disse temerosa. Essa preocupação se deve ao medo que ela sente do poderoso alfa Magnos.— Eu já vou terminar. — Falei e
POV MAGNOS.Após minha conversa com meu lobo teimoso, ele havia me convencido a fazer o que era melhor para o bem dos meus filhotes. É preciso mantê-los seguros, mas ainda acho uma péssima ideia me envolver com Amélia.Continuei a trabalhar, pois nessa alcateia o que não falta era trabalho. Mas antes tenho que resolver os problemas das empresas. Às vezes penso em colocar um administrador para cuidar das empresas humanas. Mas lembro que eles são fracos ao poder e tendem a sucumbirem a ganância. Resultado, tentam me roubar.Meu telefone celular tocou, quem estaria ligando depois do horário de expediente? Eles sabem que odeio que me liguem após o horário de trabalho. Olhei para o visor e era o número do humano que contratei para ficar vigiando o amigo de Amélia, o Jake Antunes. Peguei o celular e atendi.— Alô. — Falei.— Senhor Veranis. — Falou.— Sim. O que houve? — Perguntei já impaciente com a sua demora. Por que humanos tem que enrolar tanto para dizer o que quer?— O senhor pediu p
POV MAGNOS.Sai do meu escritório e voltei para casa, quando cheguei todos já havia se recolhido. Subi as escadas em direção ao quarto de Amélia. Cosmo não parava de resmungar que queria sentir os filhotes. Lobo chato.Cheguei na porta do quarto dela e abri a porta devagar para não acordá-la. Entrei e caminhei até a cama, como sempre aquela humana dormia feito uma pedra. O que será dos nossos filhotes quando nascerem e precisarem dela de madrugada? Coitados dos meus filhotinhos terão uma mãe inútil, que dorme demais. Terei que ensiná-los assim que possível a serem independentes.Sentei na cama e Cosmo já começou a infernizar pelo controle. Deixei ele assumir e fiquei de telespectador. Ele colocou a mão na barriga de Amélia, ela se mexeu e abriu os olhos meio sonolenta, nos viu e sorriu. Meu coração acelero quando os filhotes se moveram agitados na barriga, eu não canso dessa emoção.— Cosmo. Por que demorou para chegar? Os meus bebês sentiram a falta dos dois. — Falou sonolenta, se re
POV MAGNOS.Amélia tinha uma expressão de desagrado, sua mão estava sobre o peito e sua respiração estava rápida. Aquele olhar dela eu já vi em muitos lobos e eu mesmo sempre estou com esse olhar quando quero matar alguém. Nela aquele olhar era interessante, Amélia não colocava medo em ninguém.— Você está louco? Quer me matar, causando um ataque cardíaco? Não se assusta uma mulher grávida, seu babaca. — Falou alto e com muita raiva. Achei muito engraçado sua revolta. Elevei minha sobrancelha levemente e sorri de lado. Gosto dela brava e valente. Isso a torna mais interessante.— Meça suas palavras, meu bichinho. Senão estivesse andando pela escuridão como uma ladra, não se assustaria. Aliás, o que faz aqui na cozinha a essa hora da madrugada? — Perguntei. Me inclinando e aproximando meu rosto do dela. Amélia recuou um pouco, quase entrando na geladeira. Não gostei de seu ato.— O que se faz na cozinha, gênio? Estou com fome, meus filhos querem comida. Minha fome não me deixou dormir
POV AMÉLIA. Coloquei minha mão sobre meu peito, tentando acalmar meu coração depois daquele grande susto. Senti vontade de matar esse cachorro sarneto, filho de chocadeira. Se meu olhar matasse, esse infeliz estaria se estrebuchando no chão. Ele me olhava com divertimento como se eu fosse uma palhaça. — Você está louco? Quer me matar, causando um ataque cardíaco? Não se assusta uma mulher grávida, seu babaca. — Falei alto e com muita raiva. Mas o infeliz achou engraçado, sorrindo e não me levando a sério. Vou me vingar desse susto. — Meça suas palavras, meu bichinho. Senão estivesse andando pela escuridão como uma ladra, não se assustaria. Aliás, o que faz aqui na cozinha a essa hora da madrugada? — Perguntou se inclinando para ficar da minha altura e aproximando seu rosto do meu. Recuei um pouco, quase entrando na geladeira. Sua aproximação me deixava desnorteada, e eu odiava esse apelido. — O que se faz na cozinha, gênio? Estou com fome, meus filhos querem comida. Minha fome não
POV AMÉLIA.Magnos já estava um tempinho conversando com Cosmo, fazia quase um minuto que estavam conversando. Observei-o de perto enquanto estava distraído. Ele fez uma expressão estranha e me preocupou. Resolvi chamá-lo.— Magnos. — Falei suave. Os olhos dele se direcionaram para mim, me fazendo suspirar. Como pode ser tão lindo assim meu Deus. Ele me observou com cuidado e atenção. Me senti incomodada com a intensidade desse olhar.— Sim, o que houve, porque me chamou? — Falou com aquela voz sedutora. Não sei o que havia naquela maldita voz que me fazia sentir sensações prazerosas só em ouvi-la.— Você estava aí parado e quieto por um tempinho. Achei que estava cochilando de olhos aberto e eu achei ter visto uma saliva escorrer no canto de sua boca. E meu bife queimará na frigideira e eu detesto sentir gosto de queimado na comida. — Falei debochada e fiz um gesto com meu dedo passando no canto de minha boca para simbolizar sua baba caindo. Magnos se virou rapidamente e virou o bif