POV MAGNOS.Eu sabia que deixar Amélia perto de Rubens não era uma boa ideia. Caminhei pelo corredor, pensando nos problemas que precisávamos resolver na alcateia. No entanto, minha mente não conseguia se afastar de Amélia. Nossa conexão estava ficando cada dia mais intensa, e a ideia de outro macho perto dela me incomodava.Mesmo com seu irmão junto, Rubens tinha uma fama de conquistador. Aproximando-me da porta do escritório, parei encostado na mesa do meu assistente, que me olhou assustado. Eu não costumava ficar parado aqui no corredor.— Precisa de algo, alfa? — perguntou meu assistente.— Que fique quieto e não me atrapalhe — falei, rude, assustando-o. Rapidamente, ele se calou e voltou a trabalhar. Intrometido.Voltei a me concentrar no que eles falavam na sala. Rubens falava sobre vírus e vampiros, e Amélia, com sua inteligência afiada, discordou do que ele acreditava. Ela explicava tudo com clareza. Meu peito se encheu de orgulho ao ouvir sua voz firme e confiante.Quando Amé
POV MAGNOS.— Alfa Magnos, mais uma vez me perdoe. Errei e não deveria ter falado o que falei com a sua esposa. Fui muito estúpido. — disse Rubens, pedindo perdão. Pude perceber como ele estava desesperado, com medo de sua atitude atrapalhar a nossa cooperação. Mas Rubens não perde por esperar, eu tirarei proveito dessa situação.— Acho melhor, para sua integridade física, não tocar mais nesse assunto. Já estou fazendo um enorme esforço para acalmar meu lobo, para que ele não o despedace. Então, é melhor evitar esse assunto, para o seu bem. — falei irritado. Rubens ficou pálido quando ouviu que Cosmo o queria despedaçar.— E quero mesmo. Esse mago folgado acha que pode dar em cima da minha esposa? — falou Cosmo em minha mente, ele estava muito raivoso.— Mantenha a calma. Eu também estou com raiva, mas vamos usar o ocorrido a nosso favor — comentei com Cosmo.— O que você está pensando em fazer? — perguntou Cosmo.— Conseguir favores — falei.— É uma boa ideia, mas não é fácil olhar p
POV MAGNOS.Parei na estrada próxima à estufa e desci do carro com Rubens ao meu lado. Sua expressão era uma mistura de curiosidade e nervosismo. Caminhamos pelo caminho de pedra que levava à nossa estufa. O local era bem guardado e isolado do resto da alcateia.— A estufa fica logo ali, no coração da floresta — informei, apontando para uma estrutura quase invisível ao longe.Rubens olhou na direção que eu indicava, seus olhos se arregalando um pouco ao ver a magnitude do lugar. Ao nos aproximarmos, ele notou como a estufa parecia se misturar perfeitamente com a vegetação ao redor. Suas paredes de vidro refletiam o ambiente natural, tornando-a praticamente impossível de ser vista de longe ou de cima.— Isso é... incrível, alfa Magnos! Nunca vi nada igual — comentou, olhando ao redor.— Esta é a nossa estufa principal. Aqui, usamos tecnologia de ponta para garantir que nossas ervas cresçam nas melhores condições possíveis. — Expliquei, com um toque de orgulho na voz.Os sensores de umi
POV AMÉLIA.Eu e Jake saímos do escritório de Magnos. Quando chegamos ao elevador, eu suspirei aliviada. Pensei que Magnos fosse arrancar a cabeça de Rubens fora. Mas que bom que consegui que ele me ouvisse. Olhei para meu irmão e lembrei que ele não fez nada para ajudar.— Você poderia ter ajudado quando Magnos queria matar Rubens — falei. Jake me olhou debochado.— Irmãzinha, eu não sou suicida. Acha que eu seria burro de ficar entre um alfa raivoso e seu alvo? Jamais faria essa tolice — comentou Jake.— Você poderia ter falado algo, em vez de achar divertido — mencionei.— Falar algo para que a ira do seu lobão caísse sobre mim? Nunca. E Rubens merecia uma boa lição. Ninguém mandou aquele mago folgado ficar de galanteios para uma mulher casada — disse Jake, dando razão para Magnos, enquanto saíamos do prédio da sede da alcateia.— Você está do lado do Magnos? — perguntei, sorrindo.— Isso não tem nada a ver com lados. É o certo; Rubens não pode ficar tentando seduzir mulheres casad
POV MAGNOS.Voltamos para a sede da alcateia, e Rubens foi para o hotel no carro que o esperava. Entrei no prédio e fui direto para meu escritório. No elevador, senti o cheiro adocicado e enjoativo da rainha Valéria. O que essa infeliz quer agora? Me perguntava, enquanto o elevador subia lentamente, aumentando minha irritação. Sai do elevador e assim que me viu, meu assistente veio rápido em minha direção, com o rosto pálido e os olhos arregalados.— Alfa, me desculpe, mas ela entrou no seu escritório e se recusou a sair — disse nervoso, com a voz trêmula, por saber que não gosto que estranhos entrem em meu escritório. Mas sei que a rainha Valéria nunca aceitaria ordens ou ouviria um simples lobo. Aquela infeliz era muito mimada.— Eu sei, Valéria pode ser muito insuportável. Deixe que eu lido com aquela infeliz — falei, passando por ele com passos largos e decididos, indo em direção ao meu escritório. O cheiro enjoativo de Valéria estava espalhado pelo corredor, como um veneno invisí
POV MAGNOS.— Perfeito, mandarei meu assistente preparar o contrato. E este é o valor por remessa — falei, pegando um papel e escrevendo rapidamente o valor. Lhe mostrei o papel e observei enquanto ela analisava o número. Valéria olhou e sorriu satisfeita, um brilho de alívio passando por seus olhos.— Está ótimo para mim. Agora temos que selar esse acordo. Vamos até o restaurante do meu hotel para tomar um bom champanhe. E não aceito recusa — falou Valéria, com um leve sorriso brincando nos lábios.O reino das fadas era muito rico, então Valéria não achava meu preço alto. Resolvi aceitar seu pedido de tomar uma bebida para comemorar. Que mal tinha? Era só um champanhe, e depois nunca mais quero ver essa fada na minha frente. Senti uma pontada de alívio misturada com cautela, enquanto a seguia até o elevador, preparado para selar este acordo que garantiria a segurança de Amélia e fortaleceria nossa aliança com o reino das fadas.Saímos do prédio da sede da alcateia e caminhamos em dir
POV AMÉLIA.Chegamos à nossa casa, Cecília fez uma rápida compra online para garantir que o chocolate para o bolo fosse entregue a tempo. Em quarenta minutos, o chocolate foi entregue na porta da alcateia e entregue em nossa casa. Jake logo foi para a cozinha, determinado a preparar meu bolo de chocolate. Cecília e eu nos acomodamos na sala de vídeo, que eu nem sabia que havia nessa mansão. Ela ligou a TV, mas eu estava perdida em pensamentos.— Lia, você acha que a Rainha Valéria está realmente tentando se redimir? — perguntou Cecília, me tirando do transe, ela agora ficava me chamando de Lia, assim como meu irmão. Eu já estava pensando sobre o que ela estava me perguntando agora.— Não sei, Ceci. Quero acreditar que sim, mas algo me diz para ser cautelosa. Magnos disse que fadas são conhecidas por suas artimanhas — respondi.— Entendo. Meu irmão está certo. Mas às vezes as pessoas merecem uma segunda chance — disse ela, tentando ser otimista. Cecília e sua mania de ser sempre otimis
POV AMÉLIA.Agarrei os cabelos de Valéria com força, sentindo-os deslizar entre meus dedos. Meu sangue fervia de raiva, e meu coração batia tão forte que eu podia ouvir o som pulsante nos meus ouvidos. Com um puxão brusco, arrastei-a para fora da mesa, ignorando os olhares chocados ao redor. Eu sabia que essa raiva toda não era somente minha.— Vamos ensinar essa vadia a não beijar nosso marido — disse Ravina raivosa em minha mente.— Ela precisa saber que não pode tocar no que é meu — disse, continuando a dar minha lição.Valéria, atordoada, não reagiu. Olhou para mim com olhos arregalados, incrédula. Ninguém nunca ousou tocá-la dessa forma antes. Agora, aqui estava eu, uma simples humana, ensinando-lhe uma lição.— Como ousa tocar no meu macho? — perguntei, minha voz ecoando pelo restaurante enquanto a fúria me dominava.Sem esperar resposta, dei um tapa forte em seu rosto, o som ecoando pelo ambiente. O impacto fez seu rosto virar bruscamente, mas ela não reagiu. Seus olhos estavam