Sou surpreendida pelo abraço de Enrico, e fico por um tempo com os braços ao longo do corpo, porém, quando percebo que ao contrário das outras vezes, esse é um abraço de conforto, não sei se para ele ou para mim, abraço-o de volta.
Ele não me solta imediatamente e eu aproveito para sentir seu cheiro, uma mistura de seu próprio suor com sândalo e uma nota de frescor, como se lembrasse a brisa vinda do mar. Suspiro e percebo que ele faz o mesmo comigo, sentindo o cheiro dos meus cabelos.
Quando nos separamos, minhas pernas estão fracas e meu coração bate furioso no meu peito, como se quisesse sair do local. Tento não o encarar e para disfarçar, vou em direç&
Quando ele diz cada palavra como se seu coração estivesse sangrando, sinto em mim a dor que ele sentiu e choro junto com ela, tanto sofrimento para ficarem juntos. Minhas lágrimas correm livremente, não consigo conter um soluço, quando sinto sua mão em minha nuca, ao mesmo tempo em que sua testa encosta na minha no mesmo instante em que ouço as próximas palavras de nosso amigo.- Eu te amo Carolina, como isso aconteceu? Você já sabe, como, quando e onde. Então meu amor, vai com o médico e deixe-se ser cuidada por eles. Nós estaremos todos esperando por você e os nossos filhos que estão em casa com Antônia e minha giágia. Esperaremos vocês. Enrico libera minha nuca e ainda em lágrimas, olho na dire&c
- Eu não tenho espaço em minha vida para romance, Thaynara – assusto-me por ele me chamar pelo nome, não me lembro quando ele o disse e a sensação não é tão boa quanto ser chamada de flor de diamante. Porém, com o fim da névoa em minha cabeça, causada por seus beijos, percebo a implicação do que ele acabou de dizer e ergo a cabeça, fixando meu olhar decidido no dele.- Em que momento eu te pedi romance, Enrico? – Solto sua camisa e afasto um passo de distância.- Eu não disse que você pediu, estou apenas te dizendo que eu te quero, quero como nunca quis nada em minha vida, mas é algo carnal. – Passa a mão no cabelo, parando-a na nuca de forma frustrada. – E você é virgem, porra.- Se não percebeu, vou dizer com todas
Não tenho tempo de falar mais nada, pois a bela morena me deixa com o coração acelerado e provavelmente cara de pateta. Onde foi que eu pensei que ela aceitaria um caso e nada mais? Sou um idiota mesmo. Bato a porta do passageiro, que ainda permanecia aberta, com um estrondo, entro, dou partida e saio cantando pneus. A música que agora toca faz com que eu me lembre dela e pense em seu olhar magoado em minha direção. Marília e essa dupla Henrique alguma coisa, pegaram pesado.Eu só queria entender seus pensamentosE o que realmente 'tá rolandoE o que te faz fugir de mimTe juro, estou tentando ler seus olhosMas percebo que disfarçaE não consegue me encararSenta aqui um pouco, sem ter pressaConta tudo, a hora é essaFala o que tem pra falar
Passaram-se 5 dias desde que vi Enrico, porém, ele nunca deixou meus sonhos, nunca deixou minha mente. Tento não pensar nele, mas parece que o homem dominou, não só meu corpo, mas minhas vontades e desejos. Hoje Carolina e Olavo marcaram uma reunião para os amigos, na verdade, meio que convocaram a todos nós, inclusive Felipe, que dizem já fazer parte do bando. Então, estou me preparando mentalmente para nosso reencontro. Estou pronta a alguns minutos, não quero chamar a atenção, então optei por uma regata preta simples, calça jeans skinny com lavagem escura, tênis casual flatform brancos, os cabelos prendi em um rabo de cavalo alto, optando por argolas tamanho médio nas orelhas e de maquiagem, apenas rímel nos cílios, um
Após, Hortência informar que vai morar com Manoel e Rita brincar que não viverão em pecado, decidem se casar e nós começamos a organizar o casamento que será uma cerimônia bem íntima, apenas para os amigos mais próximos. Percebo dona Isabel distraída, olhando para cada um, com seus olhos de águia, não deixando passar nada, inclusive parecendo enxergar nossa alma. As vezes tenho até medo de respirar perto dela e ela saber o que se passa em meus pensamentos e novamente somos surpreendidos por ela.- Alguém esqueceu de contar que essa família está aumentando rápido e que logo teremos três crianças correndo por essa casa e esses jardins.&nb
O tempo passou como um borrão, não parece que já faz tanto tempo que deixei Thaynara em casa, mais de ano para ser sincero. Me entreguei a uma rotina tóxica e difícil, onde trabalho até a exaustão na sede dos hotéis, saindo de lá sempre após as 21 horas, indo direto para a boate, onde trabalho mais ainda, dando uma canseira para Alec, o gerente e Danila, seu braço direito. Quando chego em casa, porém, meus pensamentos, que seguro durante todo o dia, voltam-se para ela e só consigo esquecê-la bebendo até cair em um sono profundo, onde não sei nem quem eu sou e mesmo assim, ainda lembro-me de seus olhos. Olho para o relógio que marca 06:40 da manhã e sinto a primeira pontada de dor, causada pela ressaca. Dor essa que
- Agora chegamos ao cerne da questão, estou certo?- Virou psicólogo, agora?- Não, mas sei reconhecer quando um amigo precisa de mim.- Obrigado! – Agradeço, pois sei que se fosse ao contrário, eu faria o mesmo.- Não quero sua gratidão, quero saber por que você acha que o fato de não ter sentido remorso ao tirar a vida de Daniel, seria um empecilho para ir atrás da Thaynara.- Porra cara. – Levanto-me e passo as mãos no rosto, deixando-as cruzadas na nuca. – Eu não posso corromper a pureza dela, não posso trazê-la para a bagunça que sou. Não tenho nada a oferecer, e disse isso a ela.- Como ela reagiu?- Me mandou para o inferno. – Olho desalentado para ele.- Bom. – Sorri amplamente. – Não me enganei com ela.- Como assim?- O que, exatamente, você disse
Ouço a voz de Amanda, porém, meu olhar está fixo na morena a minha frente, com meu coração galopando dentro do peito devido a saudade que sinto dela, pois não sei qual foi a última vez que a vi.- Acho que cheguei em uma má hora. – Sua voz sai apenas um sussurro e finalmente saio do transe me afastando de Danila, ao mesmo tempo em que ela se vira e sai. Sem pensar, saio correndo atrás dela, pegando seu braço antes de ela entrar no elevador.- O que veio fazer aqui, Thaynara? – Quando a frase sai da minha boca, sei que fiz merda.- Vim entregar alguns papéis que a Nat pediu, sobre a fachada do hotel. –Retira uma pasta de sua bolsa e a bate em meu peito, que eu seguro por reflexo. – São um complemento para a reforma que você adiou a mais d