No outro dia, já no segundo do desaparecimento de William, Kali foi acordada com batidas na porta. Assim que abriu, viu um homem com a face debochada e umas correntes grossas nas mãos. Assustada, recuou dois passos, mas o homem lançou as correntes nas pernas dela fazendo-a cair.
Kali gritou enquanto o homem prendia suas pernas e depois suas mãos com as correntes. Ela estava imobilizada e acuada. Logo, com ajuda de mais um homem, puseram uma amordaça na boca da morena.
Ela não entendia nada do que estava acontecendo. Seus gritos saíam como gemidos abafados e seus protestos eram ignorados. Mas dos seus olhos não caíram lágrimas nenhuma.
–Vou te ensinar, princesinha, qual lugar que preto vive e como preto deve ser tratado.
Aquele homem não era estranho para Kali, mas ela não conseguia lembrar. Jogaram um saco em sua cabeça e suspenderam-na. Ela debatia-se, murmurava, mas os homens nem ligavam.
–Fa
Shanti estava de mochilas prontas e com o coração ansioso. Estava louca de vontade de ver o mundo por ai, principalmente um mundo onde as mulheres ditam como devem ser as coisas.A líder Ariel conversava com o pequeno grupo que veio com ela enquanto Shanti falava com Denzel.–Continue tudo que começamos. Hoje você sente-se mais confiante em fazer tudo que sempre quis e não pôde.–Ela alisa o rosto do homem com uma barba recém-crescida.–Lute pelo seu povo. E não esqueça das mulheres, por favor. Fique bem, Denzel.–Até logo, Shanti.–Até breve!Shanti despede-se de todos e segue juntamente com a líder Ariel. Os olhos extremamente claros da líder observavam com cautela as expressões faciais de Shanti. A garota estava exultante.–Quanto tempo de caminhada?–Meio dia, sem pausa alguma.&ndas
Barulho de animais, vozes exaltadas e solas de sapato batendo em uma superfície de madeira fizeram com que Kali despertasse. Ainda estava com o saco na cabeça e, desesperada, começou a mover-se.-Olha quem acordou! Bem na hora!O saco é tirado e Kali demora bastante a se acostumar com a claridade. Estava jogada em um canto, cercada por vários outros negros. Um dos homens ordena que tirem a amordaça da princesa.-Cretino! Miserável! Canalha! Filho duma...-Que princesa respondona temos aqui.-Arnold segura fortemente nas bochechas da morena.-Nem parecia aquela mulher deslumbrante no dia do coquetel. Quem diria que aquele mimadinho arrumaria logo uma preta pra casar. Blé! Péssimo gosto.-Eu sabia que te conhecia de algum lugar. Seu verme!-Grita, mas recebe um chute muito forte na barriga.-Co...varde.-Você é muito tagarela. Assim vai ficar mais caladinha.Os homens
Barulho de animais, vozes exaltadas e solas de sapato batendo em uma superfície de madeira fizeram com que Kali despertasse. Ainda estava com o saco na cabeça e, desesperada, começou a mover-se.-Olha quem acordou! Bem na hora!O saco é tirado e Kali demora bastante a se acostumar com a claridade. Estava jogada em um canto, cercada por vários outros negros. Um dos homens ordena que tirem a amordaça da princesa.-Cretino! Miserável! Canalha! Filho duma...-Que princesa respondona temos aqui.-Arnold segura fortemente nas bochechas da morena.-Nem parecia aquela mulher deslumbrante no dia do coquetel. Quem diria que aquele mimadinho arrumaria logo uma preta pra casar. Blé! Péssimo gosto.-Eu sabia que te conhecia de algum lugar. Seu verme!-Grita, mas recebe um chute muito forte na barriga.-Co...varde.-Você é muito tagarela. Assim vai ficar mais caladinha.Os homens
Anala acabou escorregando e caindo enquanto tentava desviar de um grosso galho que atrapalhava sua passagem. Assim que ia levantar, a arma foi encostada em sua cabeça.-Eu não tinha nada contra você, garota, nada! Eu até avisei, tentei te afastar da escuridão que cerca o Joseph...-Simione tremia.-Mas você quis permanecer. Quis tentar ficar ao lado desse homem nojento. Quis ser rainha, ocupar o lugar que sempre será de Pauline.-Simione...-Anala foi levantando calmamente, mantendo as mãos erguidas em rendição.-Eu não posso morrer por causa da questão que você tem com o Joseph. Na verdade ninguém precisa morrer.-Você diz isso porque não foi com você. Era meu neto, Anala...-Simione gritava e chorava.-Vi meu filho indo embora, minha nora morrer e meu neto indo para longe. O quanto você acha que isso doeu? Han? Quanto?-Eu posso tentar imaginar sua dor, Simione, mas...-NÃO TEM MAS!-A mulher puxa o cabelo de Anala fazendo-a cair e logo mira a arma em
Shanti subiu no cavalo e retornou para o ponto de encontro. Esperou um pouco enquanto Ariel não aparecia. O sol estava bem quente, fazendo seu corpo suar.-Shanti! Vamos!Ariel e as outras mulheres surgem com seus cavalos cheios de bugigangas penduradas. Shanti olha para o portão de entrada de Amrita enquanto se distancia.-Vamos parar para nos banhar. Que sol escaldante!Ariel sugeriu e logo todas acataram a sugestão. Pararam à beira de um lago límpido e de águas geladas. Enquanto Ariel tirava as coisas de cima dos cavalos para que eles pudessem comer e se refrescar, Shanti foi para a beira do lago. Começou a remover toda sua roupa e guardá-la em cima das gramas.Ariel parou para observar o corpo de Shanti com atenção. Seus seios volumosos, sua pele levemente bronzeada, sua penugem alaranjada, seus cabelos balançando com o vento...Que mulher linda!A r
Na madrugada do dia seguinte, Kali solta um gemido de dor dando indícios de que estava acordando. William não tinha saído do lado dela para nada que não fosse necessário.Estava exausto, mas correu até perto da morena assim que ouviu o sussurrar da sua esposa. Kali mantinha os olhos fechados, mas estava sentindo dor. Muita dor.-Dói.William pegou o chá que estava preparar e tentou fazer Kali tomar. Depois de duas goladas, ela rejeitou. O gosto era muito amargo e sua garganta estava queimando.-Estou aqui, ao seu lado. Você vai ficar bem, Kali. Eu prometo.Kali assente e volta a adormecer. William, mesmo a contragosto, precisaria se ausentar. Pagou a dona da pousada, Fabrícia, para que ela olhasse Kali enquanto ele saía. Precisava de roupas novas e saber o paradeiro do seu irmão. Em seu coração ele acreditava que Charles não estava envolvido nisso.Também estava indo preparado,
Na madrugada do dia seguinte, Kali solta um gemido de dor dando indícios de que estava acordando. William não tinha saído do lado dela para nada que não fosse necessário.Estava exausto, mas correu até perto da morena assim que ouviu o sussurrar da sua esposa. Kali mantinha os olhos fechados, mas estava sentindo dor. Muita dor.-Dói.William pegou o chá que estava preparar e tentou fazer Kali tomar. Depois de duas goladas, ela rejeitou. O gosto era muito amargo e sua garganta estava queimando.-Estou aqui, ao seu lado. Você vai ficar bem, Kali. Eu prometo.Kali assente e volta a adormecer. William, mesmo a contragosto, precisaria se ausentar. Pagou a dona da pousada, Fabrícia, para que ela olhasse Kali enquanto ele saía. Precisava de roupas novas e saber o paradeiro do seu irmão. Em seu coração ele acreditava que Charles não estava envolvido nisso.Também estava indo preparado,
Convencer Joseph a ir falar com o pai não foi uma tarefa difícil para Anala. O homem simplesmente acatava tudo que ela pedia. Era até engraçado todo paparico que recebia dele.O rei sabia que precisava agradecer pelo que Kenedy tinha feito. Simione deu a oportunidade dele se vingar e ele simplesmente ignorou isso e o ajudou.As masmorras não era mais seu lugar. Joseph prometeu a Anala que mais tarde o procuraria. Só que havia mais uma questão.-Você precisa se perdoar pelo que fez a Pauline. Acho que você tem muitas bagagens, Joseph.-Dá de ombros.-Que tal livrar-se de uma por uma?-Se isso me fizer ser um pouco melhor eu aceito. Tô cansado de tanto fardo.Joseph escreveu uma carta para os Montéquios avisando sobre tudo que aconteceu e solicitando a presença dos mesmos no palácio. Depois deixou Anala descansar e foi cuidar de algumas burocracias reais.***Anala e