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–Mas você se apaixonou justamente pelo jeito espirituoso dela. Por que não serviu depois que você começou a sofrer isso tudo?

–Porque ela não sabia como me ajudar e eu não ajudava também. Eu só conseguia gritar e culpá-la e... Ela foi vítima da monstruosidade que havia em mim.

Assim que minha mãe faleceu, eu me tranquei dentro de mim mesmo. Ela tentava entrar, mas eu só repelia. Mesmo amando-a muito. E doía. Meu pai também causou bastante alvoroço na minha vida, por isso tive que ser um monstro e fazer o que era certo pra mim.

–Você o matou?

–Não quero entrar nesse assunto agora.–Desconversa.–Pauline ainda aguentou muita coisa antes de desistir de mim. Ela era admirável. Eu entendi por que ela tinha feito aquilo, mas eu não soube perdoar. E acabei esquecendo que era humano e perseguindo tudo de bom que ela conquistou. Ela não aguentou tudo que fiz e suicidou-se. Acabou com a dor que eu causei.

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