Isabella

— Quando acordei, precisei de alguns minutos para me situar. Aos poucos, as memórias voltaram, trazendo uma fúria que queimava dentro de mim. Agi por puro instinto; precisava sair dali. Por mais que eu odiasse Ravena e suas atitudes, não sou uma assassina, e deixei isso claro ao poupá-la. Mas ela não entendeu a lição.

— Ártemis, você sabe onde estamos? Consegue reconhecer algo familiar? — perguntei enquanto ela corria em direção ao som de água.

Ela não respondeu de imediato. A concentração estava toda no movimento ágil das patas que atravessavam a floresta. Quando a cachoeira apareceu, senti um pequeno alívio.

— Lina disse que era só seguir o rio. Assim que chegarmos lá, atravessaremos e seguiremos. — A voz dela estava firme.

Assenti. Deixei Ártemis no controle; ela era mais rápida e decidida. Mas, assim que avistamos o rio, algo nos atacou. Uma sombra caiu sobre nós, e Ártemis reagiu sem hesitar. Com um movimento rápido, virou-se para o agressor e o derrubou.

O homem gritou